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Fernando de Noronha

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Divulgação/SETUR-PE

Paisagens preservadas e ótimos pontos de mergulho destacam Fernando de Noronha


Américo Vespúcio tinha razão. Fernando de Noronha é mesmo um paraíso. Foi essa a impressão do navegador italiano logo no primeiro contato com o arquipélago brasileiro. Conta a história, na versão considerada oficial sobre o descobrimento da ilha, que as primeiras palavras de Vespúcio ao aportar na região, em 1503, foram: “O paraíso é aqui”. De fato, motivos não lhe faltavam. Noronha é um lugar repleto de lindas paisagens e cheio de atrações.

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Noronha se gaba por ser considerada pela Unesco um Patrimônio Mundial Natural desde 2001. São 21 ilhas e ilhotas somando ao todo 26 km² de terras cravadas no meio do oceano Atlântico, distantes a 545 km de Recife, capital do Estado de Pernambuco, e a 360 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Não existe exatamente uma temporada certa para se visitar o arquipélago. Embora o verão brasileiro seja de dezembro a março, o calor predomina durante o ano inteiro na região. A temperatura média é de 28ºC. De qualquer forma, as pousadas locais consideram como baixa temporada os meses que vão de março a junho, por conta da elevação dos níveis de chuva. Ainda assim, é possível encontrar um benefício nos tempos de maior precipitação. Para os amantes de cachoeiras, é justamente nesse período que se formam as quedas d’água da ilha. Um capricho extra para um lugar já tão abençoado pelo mar.

Aliás, é justamente no oceano que estão as maiores riquezas do arquipélago. Com águas em torno dos 28ºC, o mar local agrada surfistas, mergulhadores e admiradores de uma fauna repleta de tubarões e golfinhos. Pode parecer contraditório dizer que surfistas, mergulhadores e tubarões convivem harmoniosamente no mesmo espaço, mas é exatamente isso o que acontece. Ataques por ali são inexistentes. Esses fatores fazem de Fernando de Noronha um dos melhores lugares para prática de mergulho no Brasil. Não bastasse toda a vida marinha existente por lá, ainda é possível visitar navios naufragados próximos ao litoral – inclusive com opção de mergulho noturno.


As condições de surf também não decepcionam. No entanto, existe um período certo para isso. É de dezembro a março que as ondas chegam com mais intensidade na costa da ilha, principalmente na parte que fica voltada para o hemisfério Norte. A qualidade das ondas nessa área fez com que a praia Cacimba do Padre passasse a fazer parte do calendário do World Qualifying Series (WQS), a divisão de acesso para o principal campeonato mundial de surf. A boa notícia é que a ilha possui uma locadora de pranchas (Solymar, tel. 81 3619-1965, cerca de R$ 30 por dia), o que garante aos surfistas uma considerável economia evitando as taxas de transporte aéreo dos boards, cobrados no Brasil.
 

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Geografia

O arquipélago tem 21 ilhas, sendo a maior delas e única habitada a de Fernando de Noronha, que possui um parque nacional marinho que toma 85% de seu território. Leis federais controlam os deslocamentos e cobram taxas diárias pela permanência de turistas entre os pouco mais de dois mil habitantes, para preservar este santuário ecológico onde vivem mais de 250 espécies de peixes. Um exemplo do rigor é mergulhar na praia de Atalaia: a atividade exige um ingresso, determina os minutos e proíbe o uso de filtro solar, para a química não agredir a água cristalina e as criaturas marinhas.

Fernando de Noronha é uma ilha do tipo oceânico - enquanto Ilhabela, em São Paulo, ou Itaparica, na Bahia, são ilhas costeiras, esparramadas sobre a plataforma da superfície continental, eventualmente ligadas ao continente no passado. As ilhas oceânicas são os cumes de grandes montanhas submarinas. Noronha nasceu de uma erupção vulcânica, longe da terra firme. Quem passa dias ali ainda acalenta a sensação de estar perto da areia e das tartarugas, longe de tudo. Mesmo o trecho de asfalto é curto: 6,8 quilômetros.

História
Mas se hoje Fernando de Noronha é um polo turístico, historicamente sua função foi outra. Entre 1737 e 1942 um presídio funcionou na ilha recebendo na maioria presos políticos. Fazia sentido manter um presídio naquela região, já que a distância da ilha para o continente garantia um isolamento total. Não por acaso, o mais famoso registro envolvendo a cadeia é de um presidiário que conseguiu escapar do confinamento noronhense. Não apenas uma, mas duas vezes.

Foi Sérgio Lino da Silva, que durante a década de 1940 surpreendeu autoridades e população com a proeza de fugir do presídio e chegar ao continente sem comida ou água a bordo de embarcações precárias. Por vezes recapturado, Sérgio recebeu o perdão do Governo brasileiro pela bravura de seus atos. Além de dezenas de histórias, restaram por ali as ruínas da antiga construção. Visitar esse presídio significa mergulhar em parte da memória local, muito valorizada pelos nativos.

Mas a função histórica de Noronha não se limita ao presídio. Durante a Segunda Guerra Mundial a ilha foi transformada em Território Federal e ficou subordinada ao Ministério da Guerra brasileiro. Com a sequência da Guerra Fria e do regime militar no país (1964-1985) o arquipélago só deixou de ser administrado pelo Ministério da Guerra em 1988, mas ainda hoje é possível encontrar marcas desse período caracterizadas por túneis e trincheiras ainda mantidas.

Assim, agregando história a ricas paisagens, Fernando de Noronha ganha cada vez mais valor no cenário turístico brasileiro e mundial. A população de energia intensa e sempre acolhedora, a cultura local singular e a infinita beleza da natureza nos fazem refletir: Américo Vespúcio tinha razão. Fernando de Noronha é mesmo um paraíso.

 

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Administração do Arquipélago de Fernando de Noronha - www.noronha.pe.gov.br

 

Projeto Golfinho Rotador - www.golfinhorotador.org.br

Atualizado em Outubro de 2011
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