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Praias


Quem prefere praia urbana pode optar pela dos Ingleses, ao norte. Famílias de férias com crianças desfrutam de tranqüilidade nas águas calmas de Jurerê, Ponta das Canas, Lagoinha e Canasvieiras, entre outras que afastam os surfistas, mais concentrados em Matadeiro, Joaquina, Armação, Campeche, Santinho e Moçambique. A definição de onde se hospedar (os hotéis, pousadas, flats, campings, casas e apartamentos mobiliados reúnem centenas de opções) deve levar em conta este primeiro dilema: praia com ondas fortes ou tipo piscina?

Pântano do Sul é boa para quem gosta de se isolar: nesta colônia de pescadores, grande parte da hospedagem se resolve alugando por dia ou semana as próprias casas dos moradores, generosos a ponto de compartilhar talheres, louças e seus conhecimentos acerca dos ventos, amarração e ancoragem de embarcações. Joga-se frescobol, pelada ou vôlei por horas, sem medo de bolas perdidas incomodarem multidões. Na frente do Bar do Arante, arma-se uma tripla escruzilhada: de barco se pode ir à paradisíaca Ilha do Campeche; para a esquerda, uma trilha de hora e meia revela a escondida Lagoinha do Leste, cercada de Mata Atlântica; para a direita, subindo e descendo morro, chega-se à Praia da Solidão, com cachoeira e tudo.


Quer ver e ser visto? As chances são maiores na Joaquina, Praia Mole e Jurerê. Uma piada de mochileiros avisa que a cada placa sobre a localização de Jurerê Internacional existe uma recomendação anexa: "Melhor trocar de roupa, mané". Quer se esconder do mundo ou tolerar no máximo a companhia dos amigos? Praia da Solidão, óbvio.

Paulista, o escritor Marcelo Mirisola morou na ilha por uns tempos e fez sínteses sarcásticas da alquimia geográfico-populacional. Para Mirisola, Canasvieiras fica nas Malvinas, "a Lagoinha do Leste é legal (apenas isso)", "Jurerê Internacional" é redundância e a Praia Brava foi comprada pelo Guga.

Com a escolha da praia vem junto o perfil da vizinhança, das companhias passageiras e, por fim, do contorno das paisagens nas fotos para levar para casa. Ao fundo, podem estar perfilados um iate ancorado ou uma rede de pescador, um jacaré no mangue ou aquelas duas vacas na colina, mastigando como há milênios, um tanto alheias às grifes de maiôs, óculos e chinelos, afinal as modas passam, mas leite nunca pode faltar. O barato de Floripa é que estas imagens estão todas muito próximas, se não na mesma foto, pelo menos no mesmo álbum.

Lugares históricos


O forte de São José da Ponta Grossa e a fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, erguidos pelos portugueses para mirar balas de canhão contra invasores no século 18, recebem visitantes da manhã até o final da tarde, com guias e resumos ao vivo da história colonial. Os canhões ainda estão lá, plantados na grama, e dividem com as torres de pedra as atenções das câmeras digitais.

Chega-se por terra ao forte de São José da Ponta Grossa (1744), entre as belas praias do Forte e Daniela, e pelo mar à fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, na ilha de mesmo nome. Erguido em 1739, o forte abrigou um massacre de rebeldes federalistas em 1894. O nome de Florianópolis, que substituiu o de batismo da cidade de Nossa Senhora do Desterro, dado no século 17, é uma homenagem ao marechal Floriano Peixoto, cujo governo ordenou o fuzilamento.

No Morro da Cruz, pouco antes do pôr-do-sol, as cores das paisagens estão mais definidas, o verde das matas mais escuro, e o mar ganha tons prateados. Esta é a melhor hora para subir o morro e, no mirante, desfrutar da vista panorâmica de Florianópolis, com direito a binóculo e painel de fotos para identificar os pontos turísticos desde longe.

Vida noturna


Praia Mole - Na edição de Praias 2007, o Guia Quatro Rodas lista a praia Mole entre as 10 mais agitadas do litoral brasileiro, numa seleção que inclui Ipanema, no Rio, Maresias, em São Paulo, e Ponta Negra, em Natal. Seus bares e quiosques são também ponto de encontro do público GLBT. Florianópolis tem recantos que o turismo internacional classifica de "gay friendly".

Lagoa da Conceição - No centro da ilha, a Lagoa da Conceição atrai praticantes de esporte durante o dia, mas é à noite que o charme do lugar fica turbinado com miríades de pontos de luz, artificiais e naturais. Vale a pena se instalar nas pousadas rústicas da costa ou jantar em pontos inacessíveis por terra a fim de aproveitar os trajetos noturnos dos barquinhos de uso cotidiano dos moradores. Faz silêncio no meio da Lagoa, e essa é uma condição para enxergar a escuridão se instalando aos poucos na imensa abóbada recortada por morros, com a eventual bênção da luz da lua.

Na Lagoa de várias tribos e nacionalidades, há música e gastronomia para todos os gostos e bolsos, da MPB ao techno, da fatia de pizza integral aos quilos de camarão no bafo.

Museus


Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral - Os interessados em saber mais sobre a cultura açoriana em Santa Catarina podem aproveitar a estadia para uma visita ao Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral, que possui acervos de arqueologia pré-colonial e histórica, etnologia indígena, cultura açoriana e popular. Sob a guarda do museu estão mais de 2.700 peças que pertenceram ao artista Franklin Joaquim Cascaes. Entre elas, desenhos, manuscritos e esculturas que têm como objetos a religiosidade, as lendas, o folclore e as tradições dos primeiros colonizadores. O museu fica no Campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Museu Victor Meirelles - No centro da capital, num sobrado restaurado do século 19, está instalado há cinco décadas o Museu Victor Meirelles, com pinturas, desenhos e esboços do artista catarinense nascido em 1832, naquela casa, filho de imigrantes portugueses. Meirelles é o autor da famosa tela "A Primeira Missa do Brasil", de 1861. O museu também promove exposições de artistas contemporâneos. A agenda da programação está em www.museuvictormeirelles.org.br.

Museu do Naufrágio - Há ainda o Museu do Naufrágio, na Praia dos Ingleses. Tel: (48) 3284-9032. Ele guarda objetos recolhidos de uma embarcação naufragada no final do século 17 na costa de Santa Catarina.

Festas populares


Planeta Atlântida - Desde 1998, Florianópolis realiza durante o verão o Planeta Atlântida, festival de música eclético, com grupos dos estilos MPB, pop, rock, pagode, reggae e samba, entre outros. Um mar de gente comparece para dançar e cantar: foram cerca de 30 mil pessoas a cada noite, nas últimas edições. O nascimento do festival, em 1996, foi na praia gaúcha de Atlântida, daí o nome. Ele começou em Jurerê Internacional, passou por Canasvieiras e agora se realiza no Parque Planeta, no km 17 da SC 401, a 21 km do centro da capital.

Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana - Em outubro, a Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana (Fenaostra) convida moradores e visitantes à degustação do molusco no Ribeirão da Ilha, já conhecido como "Ribeirão das Ostras". São vários produtores e restaurantes engajados no preparo e na apresentação de novidades no prato (gratinadas, ao vapor, no azeite, em creme, com massas). A BR Trips Turismo oferece um passeio ao local com aulas de receitas e visitas orientadas ao criadouro de ostras e ao ecomuseu do Ribeirão.

Maristela do Valle/Folha Imagem

Personagens do Boi de Mamão
Boi de Mamão - nome da festa catarinense que em outras partes do país leva o nome de boi-bumbá ou bumba-meu-boi, é uma das principais representações dos bonecos do artesanato local. O "mamão" se refere ao material improvisado na hora de organizar a brincadeira que encanta as crianças: na falta do crânio do animal, um mamão grande e verde serve de cabeça, em que são acrescidos os chifres, as orelhas e a boca. Na capital e cidades litorâneas, as principais apresentações se realizam de julho a outubro, nas festas religiosas.


Parques


Parque Municipal da Lagoinha do Leste - As trilhas do Parque Municipal da Lagoinha do Leste levam àquela que já foi considerada a praia mais bacana de Florianópolis, devido ao seu estado selvagem.

Lagoinha do Leste - A dificuldade do acesso, a partir de Pântano do Sul ou Armação, somente a pé ou de barco, contribui para embelezar a praia de Lagoinha do Leste, incluída no roteiro de surfistas e mochileiros, brasileiros e estrangeiros de bom preparo físico. São 480 hectares de Mata Atlântica que viraram parque público em 1992 e merecem a preservação permanente, mas ambientalistas denunciam que o camping desordenado está produzindo lixo, poluindo a lagoa com xampu e ainda maltratando árvores (cortadas para fogueiras) e animais silvestres. O acesso por Pântano do Sul é o mais rápido (cerca de hora e meia) e mais cansativo: subida direto do morro.

Parque Municipal da Galheta - abriga a praia dos naturistas, entre Barra da Lagoa e a praia Mole (a dos descolados). A área de preservação tem 150 hectares e a faixa da praia da Galheta tem cerca de 1 km, com acesso por uma trilha de 300 metros a partir da praia Mole. A proteção de um morro que a isola da estrada e a ausência de infra-estrutura de bares favorece o banho e o bronzeamento "dos pelados". O naturismo ali é oficial desde 1997, mas não obrigatório.

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro - Distante 37 km ao sul de Florianópolis está o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Caldas da Imperatriz, localidade do município Santo Amaro da Imperatriz. Um pequeno paraíso para o turismo de aventura: os morros, rios, riachos e cachoeira atraem praticantes de trilha, rafting, rapel, cascading, canyoning, asa delta e vôo livre.
Atualizado em Dezembro de 2006
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