UOL Viagem

02/09/2009 - 15h30

Portuguesa TAP corta 10 voos semanais para o Brasil

Lisboa, 2 set (Lusa) - A TAP vai cortar voos em todas as rotas no Brasil, com exceção de Belo Horizonte, passando de 67 para 57 voos semanais, e aumentar os voos para a África.

A redução do número de voos é uma das medidas do plano de contingência que a TAP vai lançar, em 10 de setembro, e que tem como objetivo atenuar os efeitos da crise econômica. Apesar de no Brasil a redução de voos ser de 15%, a TAP prevê, no global, cortar 10% dos seus voos.

Além da redução do número de voos, que visa adequar "a oferta à prevista redução da procura", o plano de contingência prevê também "a realização das ligações de longo curso à tarde ou à noite e a diminuição drástica dos night stops (pernoite dos aparelhos e tripulações fora da base)", reafirmou a mesma fonte da TAP.

O plano vai estar em vigor entre 10 de setembro e 10 de junho de 2010, sendo apenas suspenso no Natal, Ano Novo, Carnaval e Páscoa, períodos em que tradicionalmente há mais tráfego.

Plano

A TAP, que afirma não querer "riscar" nenhum dos atuais destinos, vai reduzir o número de frequências para todos os destinos do Brasil à exceção de um: Belo Horizonte.

Assim, o destino Rio de Janeiro perde três voos semanais (dois a partir de Lisboa e um do Porto), a rota para São Paulo perde dois (um de Lisboa e outro do Porto), enquanto Natal, Brasília, Fortaleza, Recife e Salvador perdem também um voo. No total, os 67 voos feitos atualmente para o Brasil passarão a 57 a partir de 10 de setembro.

Sinal contrário tem o mercado africano. A partir de 25 de outubro, a companhia aérea vai aumentar de 5 para 12 as frequências para Casablanca, vai aumentar para três os voos para Bissau e de quatro para cinco as frequências para a Cidade da Praia. Em 26 de novembro, passa a fazer três voos semanais para Argel.

Das 42 frequências semanais para destinos africanos previstos para 10 de setembro, a TAP passará a ter 54 a partir de 26 de novembro.

À crise econômica, que provocou a redução do número de passageiros transportados e a falência de várias companhias aéreas, veio se juntar à gripe A (H1N1), e as duas principais organizações internacionais do setor - Associação das Companhias de Aviação Europeias (AEA) e a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) - estimam que a aviação comercial possa ser ainda mais penalizada.

Por isso, a TAP, que encerrou o primeiro semestre deste ano com um prejuízo de 72,4 milhões de euros e uma queda de 6,2% no número de passageiros transportados, considera este plano de contingência "fundamental para permitir a recuperação da companhia até ao fim do ano".

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