07/10/2008 - 17h16

Hotel Bambu Indah, em Bali, oferece ecoturismo em ambiente rústico

ELISABETTA POVOLEDO
New York Times Syndicate

Divulgação/Bambu Indah

As casas usadas como acomodações do hotel têm, em média, 100 anos

O designer de jóias nascido no Canadá John Hardy, e sua esposa americana, Cynthia, abriram o Bambu Indah -ou "belo bambu" em balinês- após venderem sua empresa, a John Hardy, em 2007. Moradores de Bali há muito tempo, eles transformaram quatro casas transplantadas de Java (cada uma delas uma ex-residência de um nobre javanês e cada uma com mais de 100 anos de idade) em um retiro rústico, vizinho da casa de árvore deles em pau-ferro, ao longo dos montes Sayan, no centro bucólico de Bali.

Rio abaixo, a minutos dos resorts mais decadentes de Ubud, o complexo à beira do rio do Bambu Indah dá vista para as cascatas impressionantes do Rio Ayung, para plantações de arroz, um templo hindu chamado Pura Dalem Gede Bongkasa e, além, para as múltiplas cordilheiras vulcânicas que cercam o Monte Batu Kau.

A aparência

Eco-luxo. Caminhos de pedra levam à área da recepção envolta em bambu, passando por pés de arroz em vários estágios de crescimento e por uma alta estrutura de bambu preto de múltiplas finalidades, lembrando um navio antigo.

A piscina natural do Bambu Indah é virtualmente indistinguível de um lago natural, graças a uma membrana de borracha reciclável e minúsculos peixes de rio.

Os quartos

Isolados de forma discreta de outras estruturas recicladas que abrigam os hóspedes pessoais dos Hardys, os quatro chalés com um dormitório são feitos de teca trabalhada artesanalmente. Batizados de Padi (arroz), Kuno (antiguidade), Kuning (amarelo) e Afrika por Carina Hardy, 12 anos, eles estão repletos de tesouros reunidos nas viagens da família, incluindo tapetes vegetais tingidos tibetanos, escudos de Kalimantan e bancos de couro cru etíopes.

As camas de quatro colunas cobertas com mosquiteiro se beneficiariam de mais travesseiros, mas a iluminação noturna sensível ao movimento em cada quarto é um belo toque. O ambiente rústico dos interiores é completado por outros acréscimos modernos, como ar condicionado, internet sem fio e banheiros com pias de cobre artesanais, toalhas felpudas e chuveiros ao ar livre.

Confortos

É possível marcar massagens de ponto de pressão (US$ 40 a hora), assim como sessões particulares com a iogue Therese Poulsen, que antes trabalhava na YogaWorks em Nova York (US$ 100 por hora).

Os hóspedes recebem um questionário de duas páginas sobre comida para ajudar a personalizar os cardápios. O café da manhã com frutas locais, como manga e rambutão, mais pão caseiro e o forte café Toraja da Indonésia, é servido em varandas, enquanto o almoço piquenique (US$ 15 por pessoa) à margem do rio pode consistir de pimentas grelhadas, cogumelos e couve-flor em um guisado de frango. O jantar (US$ 25 por pessoa) pode consistir de verduras orgânicas seguidas por peixe grelhado local.

Para uma excursão, o mais recente empreendimento dos Hardys, a recém-inaugurada Green School ( www.greenschool.org ), é um feito de eco-engenharia que vale a pena ser visitado. Construída com materiais naturais sustentáveis como bambu e capim, a escola serve crianças em idade pré-escolar até oito anos.

Se você for

O Bambu Indah é uma boa parada para ecoturistas à procura de acomodações descomplicadas e uma chance de passear em meio a plantações de arroz ou sob as estrelas. Mas viajantes mais mimados, com aversão a lama e mosquitos, devem procurar outro destino.

A diária do chalé Kuning é de US$ 200, a do Kuno é US$ 250, Padi custa US$ 395, e Afrika, o maior, custa US$ 495. As diárias não incluem taxas e serviço.

Bambu Indah, Banjar Baung, Desa Sayan, Ubud, Gianyar, Bali; (62-361) 975-124; (1-718) 874-8419 nos Estados Unidos; www.bambuindah.com .

Tradução: George El Khouri Andolfato