UOL Viagem

28/07/2007 - 01h25

Brasil Melhor - Sétimo e oitavo dias
Solidariedade na prática

De Fábio Cunha
Participante da expedição
Saímos às três da manhã no espírito dos tocadores de boiada do Pantanal para mais uma jornada de off road. Fizemos a navegação em comboio até o amanhecer, acompanhados do guia local Pablo. Ao amanhecer paramos todos para contemplar uma das mais emocionantes imagens de toda a expedição, o raiar do dia em plena planície pantaneira, visão inexplicável e indescritível.

Logo depois seguimos na trilha e, com a ajuda do guia, mudamos o percurso original para tentar acessar a remota área alagada da reserva, que ainda resiste mesmo em tempos de seca. Assim que chegamos ao primeiro trecho alagado, percebemos a força das chuvas no período de cheia. Os jipes e camionetes atravessaram quase um metro de água com alguns atolamentos. Seguimos em frente e, logo, mais trechos encharcados atrasaram o comboio, que transbordou solidariedade na retirada dos carros atolados.

Pelo rádio, brincadeiras sobre a inexperiência de uns, o sucesso de outros e alguns erros de cálculo nas travessias. Nessa parte da expedição tivemos o privilégio de ver o habitat natural de várias espécies com quase nenhuma interferência humana, devido ao difícil acesso do local.

Como saímos bem cedo, pudemos chegar ao nosso destino também cedo e acompanhar a ação social em Corumbá (MS). Lá, as empresas amigas da expedição distribuíram 400 cestas básicas com 18 kg, 2.412 kits escolares, contendo uma cartilha sobre o Brasil, dicas de saúde e higiene, além de 4.000 brinquedos.

Apesar do cansaço, os aventureiros, sem comer e dormir, ajudaram na ação. De energia renovada todos seguiram para a fronteira da Bolívia para conhecer o comércio local.

No final do dia, as forças dos trilheiros serviram apenas para fazer a primeira refeição do dia e para preparar o carro para o último trecho, com destino à famosa cidade de Bonito, em MS.

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