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Festas populares


O Carnaval de Olinda é uma das mais animadas festas do verão brasileiro. O desenho das ladeiras estreitas submete os foliões a um aperto único, e a concentração da energia saltitante provoca a sensação de que a cidade inteira chacoalha ao som do frevo, maracatu, baião e outros ritmos populares. Segundo números oficiais, a festa reúne 800 mil participantes, mais que o dobro da população olindense, de 370 mil pessoas. Os bonecos gigantes são uma das marcas do Carnaval da cidade, sede do primeiro Museu do Mamulengo do país.

Artesãos e artistas plásticos em profusão, morando e trabalhando lá, contribuíram para recentemente dar à antiga capital da província (no Brasil Colônia) o título de Primeira Capital Brasileira da Cultura. São cerca de 80 ateliês em atividade, a maioria nos bairros do Carmo, Varadouro e Amparo, sendo que uma única ladeira, a rua do Amparo, reúne uma dúzia de ateliês. Inspirados pela colorida beleza do lugar, que condensa morro, mata, mar e construções ancestrais, os artistas trabalham com materiais e técnicas distintos da carpintaria, escultura, fotografia, pintura, cerâmica e artesanato.

O evento Olinda Arte em Toda Parte chegou à sexta edição, no final de 2006, integrando o calendário cultural da cidade. Havendo agenda disponível, é o caso de fazer coincidir a viagem a Pernambuco a esta celebração popular que, em dois finais de semana, da tarde à noite, abre as portas das casas dos artistas para o contato direto com moradores, turistas e interessados em arte em geral. Também os restaurantes, bares, pousadas, mercados - e as igrejas, claro - se integram à programação do evento, que em 2006 fez o primeiro intercâmbio interestadual, convidando artistas plásticos do bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro.

Igrejas


Olinda foi invadida (e depois incendiada) por holandeses em 1630. Nessa época, a colonização portuguesa já havia erguido as igrejas da (1537), do Carmo (1580), o Convento de São Francisco (1577) e o Mosteiro de São Bento (1582), entre outros exemplares da arquitetura barroca. Várias das igrejas abrem regularmente, da manhã à tarde ou aos sábados, para permitir a contemplação das imagens de santos, esculturas, entalhes, altares, pinturas a óleo e revestimentos em ouro.

As ladeiras exibem exemplares da história de cinco séculos, desde as décadas pouco posteriores à descoberta do Brasil, em 1500. Pertencem ao século 16, por exemplo, as fundações do Mosteiro de São Bento, da igreja Santo Antônio do Carmo, da Igreja de São Salvador do Mundo e do Convento de São Francisco, este o mais antigo convento franciscano do país, cujo forro contém pinturas do século 18.

Também tem origem na arquitetura quinhentista o Seminário de Olinda e a Igreja de Nossa Senhora da Graça, testemunho da passagem dos jesuítas no Brasil Colônia, construção originalmente inspirada na Igreja de São Roque, de Lisboa.

No século 17, foram erguidas a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, a Igreja de São Sebastião, a Igreja e Convento de Santa Tereza, para as Carmelitas Descalças, que atualmente abriga orfanato e escola. Nos altares, imagens talhadas por santeiros pernambucanos lembram uma época de opulência em Olinda. Também exala riqueza a imagem barroca de Nossa Senhora da Conceição, na igreja de mesmo nome, revestida em ouro e policromia, com bloco de anjos no pedestal e coroa de prata na cabeça.

A Igreja do Bom Jesus do Bonfim foi erguida no século 18, em 1758, e a Igreja de Nossa Senhora da Boa Hora em 1806, já no século 19. Uma das construções mais recentes na cidade nasceu com o século 20, em 1901, ano em que a Igreja de São José dos Pescadores foi tornada capela, segundo registra a pintura na fachada.

O altar do mosteiro beneditino é especialmente valioso e passou pela aventura de cruzar o oceano desmontado para ser remontado no Museu Guggenheim, em Nova York, para a exposição "Brasil, Corpo e Alma", no final de 2001. A peça de cedro, do final do século 18, tem 14 metros de altura, oito de largura e pesa cerca de 24 toneladas. Tanto corpo e tanta alma levaram três semanas para serem reencaixados, do alto dos andaimes, por 23 marceneiros no museu norte-americano, sete deles brasileiros. Houve quem considerasse o desmonte, em Olinda (o conjunto estava bichado de cupins), e a restauração da Fundação Joaquim Nabuco um providencial milagre de São Bento.

Museus


O Museu do Mamulengo, o primeiro dedicado ao tema dos bonecos no país, ganhou vida nova em setembro de 2006, quando deixou a rua do Amparo e foi reinaugurado num casarão na rua de São Bento, 344. Em 11 anos, desde a fundação, em 1995, o acervo já soma 1.500 bonecos, alguns preservados há mais de cem anos, agora dispostos em sete salas para exposição. O Museu do Mamulengo também conta com auditório, jardim, biblioteca, salas de aula e de oficina. A visitação é das 9h às 17h, de terça a sexta, e das 13h às 17h, aos sábados e domingos.

Também vale visitar o Museu de Arte Contemporânea (rua 13 de Maio, 149), num prédio tombado do século 18, que possui no acervo obras colecionadas pelo pernambucano e magnata da imprensa Assis Chateaubriand, o Chatô.

No Museu de Arte Sacra (rua Bispo Coutinho, 726, Alto da Sé), concentra-se um acervo único de arte e objetos religiosos que fazem o visitante passear por meio milênio de história brasileira, dos séculos 16 ao 21.

Praias


Olinda não impressiona neste tema. De qualquer forma, o mar compõe a paisagem, especialmente quando visto do alto da cidade. Entre os 12 quilômetros de orla, as mais freqüentadas por banhistas são as praias de Casa Caiada (3,2 km), com boa faixa de areia, águas calmas e recifes artificiais; a do Carmo (1 km); do Bairro Novo (2,7 km), a preferida dos turistas; e Rio Doce (1 km), de águas mais revoltas.

A praia de Maria Farinha fica 15 quilômetros ao norte de Olinda. Ela tem águas calmas e um parque aquático com piscinas e toboáguas.


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