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Lawrence Wabba

Mergulhador e cinegrafista indica destinos de mergulho no mundo inteiro

Da Redação
O mergulhador e cinegrafista Lawrence Wabba recomenda as profundezas oceânicas mais remotas e de difícil acesso em todo o planeta na hora de viajar. Entre os destinos escolhidos por ele, há sempre muita natureza em destaque e dicas que atiçam a curiosidade dos viajantes acostumados a roteiros turísticos tradicionais.

A pedida favorita de Wabba são as Ilhas Galápagos (ou Arquipélago de Colombo), situadas no oceano Pacífico, a aproximadamente mil quilômetros a oeste da costa do Equador. "Já fui sete vezes. É uma dos pontos mais imprevisíveis do mundo pela variedade de animais e porque é difícil de imaginar um lugar acima da linha do Equador que tenha pingüins". A riqueza de beleza natural chama a atenção no exuberante grupo de 58 ilhas. "É especial para mim e para qualquer mergulhador", diz.

Wabba recomenda o aluguel de um barco pequeno, o "liveaboard", onde até 16 mergulhadores podem se reunir para curtir as aventuras que as ilhas reservam. "Nesses barcos, você dorme, come e durante o dia faz caminhadas em terra", conta. O arquipélago apresenta uma biodiversidade elevada e é o habitat de uma fauna peculiar que inclui muitas espécies endêmicas (que só existem lá), como as tartarugas das Galápagos.

Outra parada nada convencional é a Papua Nova Guiné, país da Oceania que ocupa a metade oriental da ilha da Nova Guiné e que possui uma série de ilhas e arquipélagos. "Para mergulhar é o máximo! Tem as paisagens submarinas mais belas do mundo. O fundo de corais é uma explosão de cores e de peixes exóticos. Há também várias tribos pouco aculturadas", explica.

Segundo Wabba, mergulhadores de "carteirinha" tampouco podem deixar de conhecer os penedos de São Pedro e São Paulo, ilhotas que ficam a um terço do caminho entre o Brasil e a África. "É do tamanho de cinco campos de futebol. Saindo de Fernando de Noronha, você passa dois dias e três noites de barco para chegar lá. Existe uma confluência dos peixes do Caribe, Brasil e África no local, porque as ilhas estão justamente no triângulo entre os continentes. Muitos bichos endêmicos se concentram lá", afirma.

Outro sonho é a península Antártica, onde Lawrence passou uma temporada com o navegador Amir Klink, dirigindo documentários para o canal de TV a cabo National Geographic. "Cada dia é diferente. A cada hora, as cores mudam, há diferentes tons de branco refletidos nas paisagens. É um lugar de uma paz sem igual. É o único ponto do planeta imaculado pelo ser humano".

No Brasil, Wabba indica o Pantanal, em especial a Fazenda Barra Mansa, no rio Negro, ou a Fazenda São Francisco, em Miranda. "Fora o visual, a fauna deslumbrante, a hospitalidade dos donos faz qualquer um se sentir em casa" recomenda.

Outro "xodó" no país é a praia do Forte, na Bahia. "Sou amigo dos fundadores do projeto Tamar, o casal Guy e Neca Marcovaldi. É um lugar mais para relaxar. Vou bastante com a minha mulher e meu filho de dois anos e quatro meses. Saímos todos juntos de barco para ver as tartarugas marinhas".