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05/11/2009 - 12h33

Alentejo é Toscana de trinta anos atrás, diz New York Times

Nova York, 5 nov (Lusa) - O jornal norte-americano The New York Times descobriu o Alto Alentejo, um destino, diz, "ignorado, mas não por muito tempo, que nos últimos anos se tornou refúgio de um sofisticado jetset internacional", com os seus hotéis de charme, adegas e restaurantes.

Na seção de viagens da edição de fim-de-semana, o jornal conta a história de Doug Smith, americano cansado da gestão do seu hotel na Califórnia e à procura de novos projetos "num local exótico", que acabou por descobrir o "Além-Tejo", e comprar uma quinta do século 18 na cidade de Campo Maior.

Estremoz, e a Pousada Rainha Santa Isabel, "de um luxo anacrônico", Crato e o Convento da Flor do Rosa, que "traz a arte contemporânea a um castelo do século 15", a vila de Marvão e a sua muralha mourisca, ou a Capela dos Ossos de Campo Maior, são entre os monumentos apontados.

Além disso, a oferta gastronômica é longamente detalhada, dos queijos de Nisa à grande variedade de vinhos regionais, passando por especialidades com as migas ou as várias formas de cozinhar o bacalhau.

Como na Toscana, Itália, ou na Provença, França, a comida e o vinho estabelecem laços entre as famílias locais e os visitantes, escreve o jornal, que recomenda alguns restaurantes destacando a genuinidade dos produtos e o poder atrativo de uma cozinha que nos últimos anos tem vindo a cativar "um número crescente de amantes dos prazeres da vida".

As perspectivas de desenvolvimento regional que "a planeada ligação" por TGV entre Madrid e Lisboa, com uma estação em Elvas, são também apontadas como um atrativo para a região.

Por enquanto, "é um destino sem complicações, em conta e agradável", conclui o periódico nova-iorquino, uma espécie de Toscana há trinta anos atrás.

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