22/11/2008 - 07h00

Praia de Tieta, Mangue Seco tem dunas, comidas típicas e passeio de buggy

THAÍS FONSECA
Enviada a Sergipe*

A imagem de Tieta nas dunas de areia branca, exibida na TV há quase duas décadas, continua fresca na memória de Mangue Seco, povoado no litoral norte da Bahia. Embora as belezas naturais sejam evidentes, a personagem da novela da Rede Globo, inspirada no livro "Tieta do Agreste" de Jorge Amado, deu visibilidade à paisagem local e, em contrapartida, virou importante atração turística.

Fernando Cavalcanti/ UOL Paisagem vista sobre dunas em Mangue Seco (BA); cidade é uma das opções de passeio para quem visita Sergipe

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Devido à proximidade entre os Estados, as famosas dunas de Tieta também fazem parte do roteiro de agências sergipanas. De Aracaju, capital de Sergipe, o passeio começa na região do Mosqueiro e leva cerca de uma hora e meia. No caminho é feita a travessia por balsa sobre o Rio Vaza-Barris e, por terra, há a passagem por praias, como a Abaís e a do Saco, até a chegada ao Porto dos Cavalos, onde as escunas sobre o Rio Real levam os visitantes até o Mangue Seco.

A chegada

Coqueiros e pequenos restaurantes recepcionam os visitantes na chegada da escuna. A poucos passos é possível um buggy (ou bugre) para "tour" pelo Mangue Seco, que dura cerca de 40 minutos e custa R$50, preço único que pode ser dividido por no máximo quatro pessoas. A primeira parada costuma ser o pequeno povoado, com casas pequenas e simples que formam, juntas, uma espécie de círculo tomado pela areia fina no chão. Uma igrejinha branca e de portas azuis, diz o bugreiro, "é a da Perpétua", onde a personagem beata, irmã de Tieta, costumava mostrar sua devoção religiosa.

Fernando Cavalcanti/ UOL Igreja do povoado de Mangue Seco, que inspirou a novela ''Tieta''

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O cenário, segundo os locais, fez parte das gravações da novela, assim como a casa de Dona Sula, parente de Jorge Amado que "emprestou" sua casa para gravar algumas cenas. Já falecida, Dona Sula continua sendo referência no passeio, assim como sua casa, onde hoje funciona como uma loja de artesanato.

O próximo passo da rota leva às altas dunas, que chamam a atenção pelos "montes" de areia branca e fina. Além de observar a paisagem e de ver o mar no horizonte, é possível dar uma parada para brincar no "skibunda". Por cerca de R$1, o visitante senta numa prancha pequena, amarrada por um cordão, e desce a duna sentado ou em pé, como se estivesse esquiando.

O último ponto do buggy é a praia de Mangue Seco, onde há a opção de deitar na areia ou balançar nas redes penduradas de frente para o mar, embaixo de tendas de madeira e palha. Há, ainda, mesas para degustar tipos de peixes dos cardápios dos restaurantes, entre eles camarão, sururu e robalo, muitos pescados pelos pescadores locais.

Pratos com peixes também aparecem nas mãos dos vendedores ambulantes. Uma das opções é a muqueca de aratu enrolada em palha de licuri, feita com caranguejo retirado no mangue pelos próprios cozinheiros e vendedores. Cocadas de vários sabores - entre eles a "modinha de castanha", feita com castanhas de caju -, pastéis de frutos do mar e ostras produzidas em cativeiro no povoado também são opções oferecidas nas mesas, bem localizadas sob a sombra das tendas e rodeadas por coqueiros.

Como chegar:

Partindo de Aracaju, o trajeto mais comum é seguir em direção ao povoado Mosqueiro, onde é feita a travessia por balsa. Seguindo por terra em direção ao litoral sul, passa-se pela praia da Caueira, e praia do Abais, no município de Estância. Ao chegar no povoado Porto N'Angola (também conhecido como Porto dos Cavalos), em Estância, é feita a travessia de escuna para Mangue Seco.

Quem leva: Agências de Sergipe

*A jornalista THAÍS FONSECA e o fotógrafo FERNANDO CAVALCANTI viajaram a convite da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur), do Governo de Sergipe