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Euro a mais de R$ 4,30: como viajar para a Europa sem entrar em falência

Marcel Vincenti

Colaboração para o UOL

05/07/2019 04h00

Com o euro custando mais de R$ 4,30, viajar para diversos países da Europa se transformou em uma tarefa quase proibitiva para muitos brasileiros. Porém, apesar do seu alto custo de vida, o Velho Continente oferece diversas oportunidades para o turista economizar durante uma jornada por lá.

Em território europeu, é possível fugir de preços altíssimos em quesitos como alimentação, transporte e hospedagem. A seguir, saiba como fazer isso (todos os preços citados estão sujeitos a alterações).

Vá de busão

Viagem de ônibus, estrada - Milos-Muller/Getty Images/iStockphoto - Milos-Muller/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Milos-Muller/Getty Images/iStockphoto

A Europa é famosa por ter diversas companhias aéreas de baixo custo, como a Ryanair e a Vueling.

Mas, se você realmente quiser economizar em transporte, pense em usar os serviços de algumas das boas empresas de ônibus que operam atualmente no Velho Continente.

A Flixbus, por exemplo, vende passagens custando menos de 15 euros para viagens entre Londres e Paris. A Ouibus, por sua vez, oferece bilhetes por menos de 10 euros para jornadas dentro da França.E ambas as companhias possuem ônibus confortáveis (muitos deles com wi-fi gratuito).

São viagens que demoram mais do que jornadas de avião, mas nem tanto: um trajeto terrestre entre as capitais inglesa e francesa (com direito a travessia do Canal da Mancha) dura cerca de oito horas.

Mas as estações de ônibus de ambas as cidades têm localização central (o que poupa o tempo do turista) e o procedimento de embarque nos ônibus é bem mais rápido do que nos aeroportos.

Pegue uma carona

Viagem de carro na estrada - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Ainda não muito difundida no Brasil, a plataforma Bla Bla Car é outro meio que, muitas vezes, ajuda o turista a economizar na Europa.

Imagine que você queira fazer uma viagem entre Madri e Barcelona.Ao montar um perfil no Bla Bla Car, você consegue encontrar donos de veículos que irão percorrer esta mesma rota e que, por um preço geralmente módico, estão dispostos a ceder um espaço no carro para um passageiro extra. Aí, é só marcar um ponto de encontro, subir no veículo e cair na estrada.

O Bla Bla Car costuma ser mais caro do que os ônibus. Mas é mais rápido e, quase sempre, os motoristas são pessoas bem legais interessadas em bater um papo (daí vem o termo Bla Bla) e dar dicas sobre o seu país.

Em busca do menu do dia

Culinária, Gastronomia, Restaurante - AlexRaths/Getty Images/iStockphoto - AlexRaths/Getty Images/iStockphoto
Imagem: AlexRaths/Getty Images/iStockphoto

Na Europa, é possível sim comer em restaurantes sem entrar em falência. Em diversas cidades do Velho Continente, na hora do almoço, estabelecimentos gastronômicos oferecem os chamados "menus do dia", que, por um preço justo, costumam trazer um prato principal, bebida e, às vezes, até sobremesa.

Em cidades como Roma, na Itália, e Marselha, na França, é possível encontrar menus do dia (servidos por restaurantes em áreas turísticas) por menos de 15 euros.

Diversos restaurantes franceses também têm, no almoço, o "prato do dia" (plat du jour), geralmente bem servido e, às vezes, custando menos de 10 euros.

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Casal de turistas de férias em Roma, na Itália - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

A Europa está cheia de hostels, estabelecimentos onde os hóspedes dormem em quartos compartilhados e cujas diárias custam menos do que as dos hotéis.

Mas os hostels não andam com um bom custo-benefício em diversas cidades do Velho Continente. Muitas de suas diárias estão passando dos 20 euros (e, não raro, dos 30 euros) - e isso para passar a noite em uma acomodação cheia de pessoas desconhecidas.

Plataformas de aluguel de residências como Airbnb, por sua vez, possuem preços interessantes no território europeu. Se você estiver viajando acompanhado, saiba que é possível alugar um quarto privativo confortável (e, às vezes, até uma kitnete) por menos de 50 euro por noite (o que, dividindo por duas pessoas, dá menos de 25 euros por cabeça).

E o melhor: muitas das residências do Airbnb oferecem cozinha. Você irá economizar bastante comprando a comida no mercado e preparando o almoço ou o jantar por conta própria.

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Casal de turistas, viagem, turismo - Vasyl Dolmatov/Getty Images/iStockphoto - Vasyl Dolmatov/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Vasyl Dolmatov/Getty Images/iStockphoto

E não é só no Airbnb que é possível economizar se você estiver viajando com outra pessoa. Estar acompanhado por um ou mais amigos ajuda (e muito) a gastar menos no dia a dia durante uma jornada de férias.

Você poderá "rachar" um eventual táxi depois da balada e até uma refeição bem servida em algum restaurante. E isso também se aplica caso você queira se hospedar em um hotel: quartos duplos ou triplos são, via de regra, mais baratos por cabeça do que quartos individuais.

Surfando no sofá

No couchsurfing, moradores abrigam gratuitamente o turista em suas casas - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Agora, se a grana estiver realmente curta, mas a vontade de viajar pela Europa for enorme, vale a pena considerar usar os serviços do Couchsurfing.

Trata-se de uma plataforma -- com uma legião de usuários no Velho Continente -- que reúne pessoas dispostas a receber gratuitamente viajantes em suas casas.

O nome da ferramenta vem do fato de que, muitas vezes, o anfitrião tem apenas um sofá para oferecer para o hóspede dormir. Mas, apesar de o conforto nem sempre ser muito grande, o Couchsurfing é interessante porque permite que o turista tenha uma grande interação social com um nativo do país que está visitando.

E, embora gratuito, é sempre gentil fazer um agrado ao anfitrião, como lhe comprar uma garrafa de vinho ou lhe preparar um jantar.

Aplicativos úteis

Turista no celular Amsterdã, na Holanda - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Ainda há outros aplicativos que ajudam o turista a salvar uma boa quantia de dinheiro na Europa. O TheFork, por exemplo, indica restaurantes localizados perto do usuário que oferecem comidas e bebidas com desconto de até 50%.

Se a intenção for fazer uma viagem aérea pela região, cadastre-se em ferramentas de busca de passagens (como Skyscanner e Kayak) para receber seus alertas de preços: com esta ferramenta, o turista é informado sobre mudanças no preço da passagem aérea que ele está buscando. Se o valor cair muito, o viajante saberá que é a hora de adquirir o bilhete.

E, na hora de encontrar aquele bar que oferece drinques a ótimos preços, faça uma busca no site Spotted by Locals, com dicas de bares e baladas econômicas dadas por nativos de locais como Lisboa, Milão e Roterdã.

Fuja do euro

Praia de Gjipe, na Albânia - Marcel Vincenti/UOL - Marcel Vincenti/UOL
Imagem: Marcel Vincenti/UOL

E vale lembrar: há belos países da Europa que não usam o euro como moeda corrente e que, junto com isso, não têm um custo de vida muito alto.

A Sérvia, por exemplo, exibe uma fotogênica capital, Belgrado, que é banhada por dois rios (o Danúbio e o Sava) e é marcada por lindos monumentos históricos, como o forte do parque Kalamegdan.

Kiev, na Ucrânia, é outra cidade que, principalmente nas épocas mais cálidas do ano, fica belíssima: lá existem algumas das mais bonitas igrejas ortodoxas da Europa e áreas extremamente fotogênicas, como a região da praça Maidan Nezalezhnosti. E é um lugar onde se gasta bem menos do que em metrópoles como Paris ou Milão.

E a Albânia é um fascinante e econômico país do Leste Europeu que abriga uma enorme variedade de paisagens incríveis, com montanhas nevadas no norte do seu território, praias paradisíacas no sul (como a linda Gjipe, na foto) e, no centro, a animada capital Tirana.