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Lindo, perto e barato: veja 10 passeios incríveis para fazer na Bolívia

Marcel Vincenti

Colaboração para o UOL

27/10/2017 04h00

Ao viajar para a Bolívia, você entrará em contato com montanhas, lagos e cidades que parecem tocar as nuvens, muito acima do nível do mar. Trata-se de uma nação onde as paisagens surpreendem os visitantes com suas cores e formas fascinantes. E o melhor: é um lugar bem mais barato do que países vizinhos, como Chile, Argentina e Peru. Abaixo, veja dez destinos bolivianos que devem estar no roteiro de sua viagem.

Salar do Uyuni

Na seca, o Salar do Uyuni adquire uma paisagem extraterrestre - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Na Bolívia está o maior deserto de sal do mundo, o Salar do Uyuni. Com um solo salino completamente branco, em uma paisagem que parece pertencer a outro planeta, esse destino turístico fascinante fica a mais de 3.500 metros de altitude e ocupa uma área com mais de 10.000 km². Na época das chuvas, entre dezembro e março, as águas formam um espelho sobre o deserto de sal, refletindo perfeitamente as nuvens no solo do lugar. Em um tour pela região do Salar (feito geralmente com veículos 4x4), os turistas também visitam uma ilha de cactos e lagos repletos de flamingos.

Sucre

Destinos alternativos de intercâmbio e viagem: Bolívia - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Capital constitucional da Bolívia, Sucre é a cidade mais linda da Bolívia. Por causa de seus lindos e bem preservados edifícios históricos, o centro urbano está na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco. Entre eles se destacam o convento de San Felipe de Neri (fundado por carmelitas no século 18), a Casa de la Libertad (com linda arquitetura colonial e que foi sede do poder legislativo boliviano) e a Basílica de San Francisco, erguida no século 16. Sucre é uma cidade perfeita para ser explorada a pé, com a maioria de seus atrativos próximos uns dos outros. No trajeto, faça uma caminhada pelas lindas praças Bolívar e 25 de Mayo.

Tiahuanaco

Turistas no complexo arqueológico Tiwanaku, considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e a 71 km a oeste da cidade de La Paz - OGD La Paz-Beni/Divulgação - OGD La Paz-Beni/Divulgação
Imagem: OGD La Paz-Beni/Divulgação

Tiahuanaco é o principal sítio arqueológico da Bolívia. Localizado a cerca de 70 km de La Paz, o lugar foi a capital administrativa e ritualística de uma civilização que exerceu poder sobre o que é hoje Bolívia e partes de Peru e Chile há milhares de anos. Tiahuanaco ainda exibe monumentos milenares em ótimo estado de conservação como a Pirâmide de Akapana, o Monólito Benett, a Porta do Sol e o Templo de Kalasasaya. Em Kalasasaya destaca-se o portal que antes recebia, em perfeita orientação astronômica, os primeiros raios solares dos dias de equinócio (o monumento ainda se encontra dentro do templo, mas em posição diferente). A face solar de Viracocha, o "Deus Criador", decora sua fachada. 

Lago Titicaca

Copacabana, Bolívia - Juan Karita/AP - Juan Karita/AP
Imagem: Juan Karita/AP

Situado a mais de 3.800 metros sobre o nível do mar (e dividido entre a Bolívia e o Peru), o Titicaca é um dos lagos mais altos do mundo (e passeio imperdível para quem explora o território boliviano). Trata-se de uma obra da natureza cercada por imponentes montanhas e pontuada por ilhas que abrigam vilarejos pitorescos, como a Isla del Sol, onde o turista encontra pousadinhas aconchegantes, ruínas de templos incas e trilhas para caminhadas no meio de muita natureza. Nas margens do lago, está a cidade de Copacabana (na foto), ponto de partida perfeito para as viagens de barco pelo lago. 

La Paz

Cidade de La Paz, na Bolívia - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Se você gosta de passear em metrópoles agitadas, não deixe de passar pelo menos cinco dias em La Paz durante uma viagem à Bolívia. A cidade, que chega a estar a quase 4.000 metros sobre o nível do mar, tem em seu horizonte a linda montanha nevada Illimani e, em suas ruas, o turista encontra atrativos como a vibrante Plaza Murillo (praça onde está o palácio presidencial boliviano), a Calle Jaen (charmosa ruazinha com bares e casas de música folclórica) e a Calle de las Brujas (via onde é possível comprar belos artesanatos andinos). Merece também uma visita o Valle de la Luna, uma área repleta de formações rochosas que realmente lembram uma paisagem lunar.  

Cerro Rico

Cerro Rico, na Bolívia - Rodoluca/http://www.panoramio.com/photo/48083921 - Rodoluca/http://www.panoramio.com/photo/48083921
Imagem: Rodoluca/http://www.panoramio.com/photo/48083921

A montanha conhecida como Cerro Rico, localizada na cidade de Potosi, não é um passeio para quem busca beleza, mas sim um lugar para o turista que está interessado em entrar em contato com um dos lugares históricos mais importantes da Bolívia. Dentro da montanha ainda funciona uma mina de onde os espanhóis tiraram, entre os séculos 16 e 17, milhares de toneladas de prata. Nos dias de hoje, não sobrou quase nada do nobre metal, mas a mina está ativa e é aberta a visitas turísticas. Por cortesia, os visitantes devem levar folhas de coca e dinamites (que podem ser compradas nas ruas de Potosi) para os mineiros que continuam a trabalhar lá dentro. O tour não é aconselhável para claustrofóbicos. 

Parque Nacional Madidi

Parque Nacional Madidi, na Bolívia - Dirk Embert /WWF/Creative Commons - Dirk Embert /WWF/Creative Commons
Imagem: Dirk Embert /WWF/Creative Commons

Além de paisagens montanhosas, a Bolívia oferece excelentes opções de passeio no meio do mato. Uma delas é o Parque Nacional Madidi, localizada na região noroeste da Bolívia e onde os turistas entram em contato com paisagens recheadas de rios, cachoeiras, florestas e animais selvagens, como o urso-de-óculos e a onça-parda (além de diversas aves coloridas). A melhor base para explorar toda esta área é a cidade de Rurrenabaque, que conta com infraestrutura de hospedagem, agências de viagens e uma atmosfera animada por mochileiros do mundo inteiro.  

Estrada da Morte

Estrada da Morte, na Bolívia - Eduarod Vessoni/UOL - Eduarod Vessoni/UOL
Imagem: Eduarod Vessoni/UOL

A Bolívia oferece uma das experiências turísticas mais cheias de adrenalina da América do Sul. Trata-se da Carretera de la Muerte (Estrada da Morte), estrada precária que desce da região do Altiplano (a cerca de 4.700 metros de altitude) até a zona dos Yungas (a menos de 2.000 metros sobre o nível do mar) passando ao lado de precipícios (e também de lindíssimas paisagens de selva). Este trajeto é percorrido por viajantes aventureiros a bordo de bicicletas, em jornadas que chegam a durar quatro horas. O passeio deve ser feito com a presença de guias, que podem ser contratados em agências turísticas de La Paz. 

Rota do Che

Busto gigante de Che Guevara adorna a praça central de La Higuera, o remoto vilarejo boliviano no qual o guerrilheiro argentino foi executado em 9 outubro de 1967 - Marcel Vincenti/UOL - Marcel Vincenti/UOL
Imagem: Marcel Vincenti/UOL

Ame ou odeie a figura de Che Guevara, este passeio é interessantíssimo para o turista que gostam de história. No departamento de Santa Cruz, no leste da Bolívia, está a Ruta del Che (Rota do Che), área onde o argentino tentou (sem sucesso) instalar uma guerrilha que fosse o foco de uma revolução na América do Sul. Na área, os viajantes caminham bastante no meio do mato para conhecer (com a ajuda de um guia) a área da selva onde Guevara combateu as forças armadas bolivianas, o local onde ele foi capturado e até o lugar onde ele foi fuzilado a tiros, no vilarejo de La Higuera. O tour pode ser contratado na cidade de Vallegrande. 

Carnaval de Oruro

Carnaval de Oruro, na Bolívia - Aizar Raldes/AFP - Aizar Raldes/AFP
Imagem: Aizar Raldes/AFP

Localizada a cerca de 400 km de La Paz, a cidade de Oruro está longe de ser o centro urbano mais bonito da Bolívia. Mas vale muito a pena visitar o local na época do Carnaval, quando Oruro é tomada por uma das celebrações populares mais divertidas da América do Sul. Os festejos carnavalescos da cidade contam com inúmeras apresentações de danças folclóricas bolivianas, como a diablada e a morenada, que percorrem as ruas locais embaladas por muita música e chicha (bebida alcoólica fermentada feita à base de milho). É uma atração imperdível para quem quiser cair na gandaia.