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Semana gay em Aspen é cheia de brasileiros e perfeita pra arrumar casamento

James Cimino

Colaboração para o UOL, em Aspen (EUA)

14/01/2017 13h00

“Acho que a terceira língua mais falada aqui em Aspen é o português.” É assim que Kevin McManamon descreveu a atmosfera internacional e tolerante de Aspen, cidade de pouco mais de 6 mil habitantes no Estado americano do Colorado e que tem uma das estações de esqui mais badaladas do mundo. Segundo a assessoria de imprensa local, o Brasil é segundo maior grupo de estrangeiros que frequentam a cidade, perdendo apenas para os australianos.

Nesta semana e neste ano, no entanto, um evento especial toma conta do lugar: será o 40º aniversário da Gay Ski Week, a semana gay de esqui, que começou em 1976 com um grupo de amigos de San Diego, Los Angeles e Nova York liderados por John Bush, que ainda hoje vive na cidade.

“Tudo começou muito orgânico. Aspen sempre foi uma comunidade muito receptiva e tolerante, então, mesmo há 40 anos, quando ser gay não era algo muito aceito, os LGBTs encontravam aqui um refúgio. Inclusive foi por isso que o evento se tornou tão grande conforme os anos foram passando e perdura até hoje”, conta McManamon, um dos organizadores.

Por que é ideal para achar um bom marido?

Aspen, cidade de pouco mais de 6 mil habitantes no Estado americano do Colorado (EUA), tem uma das estações de esqui mais badaladas do mundo. - Divulgação - Divulgação
Animação dá o clima ao evento
Imagem: Divulgação

O perfil dos frequentadores da semana é de gays, lésbicas e transgêneros de certo poder aquisitivo, na faixa etária dos 40 aos 50 anos, já que Aspen é um local de turismo de luxo, tendo em seu cardápio hotéis e restaurantes caros, além de lojas de grife como Prada, Gucci, Louis Vuitton e Ralph Lauren.

Por isso, brinca McManamon, o local é um ótimo lugar para arrumar um bom casamento. “Esta é uma época em que a caça aos maridos está em alta por aqui.” Mas frequentar Aspen nesta semana não é barato. Os pacotes incluindo sete dias de hospedagem, traslado do aeroporto ao hotel, seis dias de esqui e cartão de assistência ao viajante custa entre US$ 3.000 e US$ 3.200* (R$ 9665 e R$ 10.309)

Se você não souber esquiar, não tem problema. O viajante pode pagar aulas de esqui e aluguel de equipamentos. Obviamente isto também custa caro. Para adultos iniciantes, um dia de treinamento de esqui fica entre US$ 136 e US$ 167* (R$ 439 e R$ 539) . Adicione a isso o aluguel do equipamento, que varia entre US$ 30 e US$ 60* (R$ 97 e R$ 193), também por dia.

E mais uma coisa importante, o lift (teleférico que leva o turista ao topo da montanha) também pode custar de US$ 112* (R$ 361) por dia. No entanto, há pacotes que você pode pesquisar no site do evento. Quatro dias de lift custam US$ 285* (R$ 918), o que reduz o preço por dia para cerca de US$ 70 (R$ 225).
Eventos da semana gay saem até por US$ 5.000 (R$ 16.108)

Happy Hour animado

Se você não souber esquiar, não tem problema. O viajante pode pagar aulas de esqui e aluguel de equipamentos.  - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Ok, você já garantiu os esquis, o transporte, o hotel, separou um bom dinheiro para a comida. Agora é pensar em todos os eventos que acontecem ao anoitecer.
Todo dia o hotel Limelight é local do “après ski”, ou seja, happy hour após o longo dia de subida e descida da montanha. Este acontece todos os dias e a entrada é gratuita.

Mas para quem quiser ir à recepção de abertura da semana no domingo, é bom adicionar mais US$ 50* (R$ 161). A noite só para mulheres que acontece nas quintas-feiras (mais US$ 40 ou R$ 129*), o show de comédia e dança também na quinta (US$ 125 ou R$ 402*), a festa de sexta à noite no topo da montanha (US$ 150 ou R$ 483) e a pool party de sábado (US$ 135 ou R$ 435*).

Há passes que incluem todos esses eventos, que variam de US$ 375* (R$ 435) por pessoa a US$ 5.000* (R$ 16.108) para duas pessoas (neste caso incluindo entrada VIP e assentos reservados em todos os eventos), mas todos já estão esgotados.
 

* Preços pesquisados em janeiro de 2017 e convertidos em 13/01/2017)