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Passageira da econômica é algemada após usar banheiro da classe executiva

Oficialmente não existem regras que permitam - ou proíbam - os passageiros de utilizarem qualquer banheiro dentro da aeronave - Getty Images
Oficialmente não existem regras que permitam - ou proíbam - os passageiros de utilizarem qualquer banheiro dentro da aeronave Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

02/11/2015 13h43

Assentos apertados, falta de alimentação e inúmeras taxas extras não são os únicos obstáculos que os passageiros que optam por voar na classe econômica de muitas companhias aéreas precisam enfrentar. Agora, eles também podem ser algemados. Foi o que aconteceu com Edita Kmetova, que recentemente viajava de Viena (Áustria) para Abu Dhabi (Emirados Árabes) em um avião da Niki, uma subsidiária low-cost (baixo custo, em tradução livre) da Air Berlin.

De acordo com o site da FoxNews, ela afirmou ter passado mal durante o voo. Após perceber que o banheiro da classe econômica estava ocupado, Edita foi até o da classe executiva. Quando deixou o local, a passageira encontrou a tripulação e os outros passageiros irritados. Após discutir com o comandante, Edita acabou algemada e o avião fez um pouso de emergência no aeroporto de Erzurum, na Turquia.

Na versão da Air Berlin, o banheiro da classe econômica estava disponível sim, mas a passageira apresentou "comportamento agressivo para com a tripulação e os outros viajantes", incluindo gritos, chutes e mordidas. Já Edita contou outra história, dizendo que, após passar mal, correu para o banheiro. "Eles discutiram comigo e acabaram me algemando e abandonando em Erzurum, um lugar que eu não poderia encontrar em um mapa mesmo se tentasse. Fui deixada sozinha", alega.

Guerra de classes

Esta não foi a primeira vez que o uso do banheiro acabou em confusão. Em 2009, João Correa alegou problemas intestinais ao tentar utilizar o lavado da classe executiva, durante um voo Delta de Honduras para Atlanta. Pela "ousadia", ele passou dois dias na cadeia e enfrentou acusações federais antes de topar um acordo judicial.

Oficialmente não existem regras que permitam - ou proíbam - os passageiros de utilizarem qualquer banheiro dentro da aeronave. São as companhias aéreas que fazem suas próprias políticas.

No caso de Edita, o administrador do Aeroporto Erzerum, Abubekir Özcan, arranjou um hotel para ela ficar até conseguir ajudá-la a completar sua viagem a Abu Dhabi, onde a passageira planejava visitar a filha.