Número de turistas em Cuba sobe 17% após reaproximação com Estados Unidos
O número de turistas que visitam Cuba aumentou 17% depois da restauração das relações diplomáticas entre Washington e Havana, interrompidas por 50 anos. De acordo com o jornal The Telegraph, os números divulgados esta semana pelo ministro cubano do Turismo, Manuel Marrero, mostram que o degelo nas relações entre o país comunista e os Estados Unidos tem dado à indústria turística cubana um ótimo impulso.
Marrero afirmou que cerca de dois milhões de pessoas viajaram para o país caribenho durante o primeiro semestre deste ano, um aumento de 17% sobre o mesmo período em 2014. Canadá, Reino Unido, Espanha, México, França e Itália foram as principais origens dos turistas que viajaram para a terra de Fidel Castro.
Para os jornalistas, ele ainda afirmou que há uma demanda crescente de formação na indústria de serviços na capital Havana, mas que existe uma estratégia de desenvolvimento visando aumentar ainda mais o número de visitantes, que inclui a construção de novos hotéis, além da manutenção dos estabelecimentos existentes.
"Sabemos que há muitas coisas a fazer, mas estamos indo na direção certa, respondendo a demanda de forma gradual", ressaltou ele.
Ocidentalização
Sarah Bradley, diretor-gerente da Journey Latin America, empresa especializada em Cuba, afirmou que havia uma ótima procura por interessados em passar férias no país, com três vezes mais reservas neste último ano.
"Isso é um desenvolvimento bem-vindo para Cuba e sua indústria do turismo, embora a velocidade da mudança, sem dúvida, coloque uma pressão sobre os recursos em algumas áreas, pois encontrar disponibilidade para atender tal demanda nem sempre é fácil", disse ela.
Em meio as preocupações de que o país poderia se tornar mais "ocidentalizado" com as suas fronteiras abertas e, portanto, perder o apelo, Sarah ressaltou: "São tempos positivos e emocionantes para Cuba. É um destino com uma riqueza de história política e natural, juntamente com uma cultura única. Até agora, não há nenhum sinal de mudança neste sentido".
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