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Estudo revela que viajar frequentemente pode trazer riscos para a saúde

O fotógrafo russo Murad Osmann criou a série de fotos "Follow Me" (Me siga para), onde registra suas viagens pelo mundo - Reprodução/Instagram
O fotógrafo russo Murad Osmann criou a série de fotos "Follow Me" (Me siga para), onde registra suas viagens pelo mundo Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

10/08/2015 16h06

Basta dar uma olhada nas redes sociais para identificar aquele amigo que adora uma viagem: fotos de lugares diferentes a cada semana no Instagram  e constantes check-ins em aeroportos no Facebook, entre outros exemplos. Contudo, de acordo com um estudo realizado pelas Universidades de Surrey, no Reino Unido, e Lund, na Suécia, as pessoas que se envolvem em viagens frequentes - a tal "hipermobilidade" - podem ter reações psicológicas, emocionais e físicas adversas.

Segundo a Fox News, embora pareça divertido online, este tipo de comportamento tem seu "lado obscuro". "A mídia social incentiva a concorrência entre os viajantes, que fazem "check-in" e compartilham conteúdo de destinos longínquos", explica o co-autor da pesquisa, Dr. Scott Cohen. "A realidade é que a maioria das pessoas que são obrigadas a se envolver em viagens frequentes sofrem altos níveis de estresse, solidão e têm problemas de saúde a longo prazo."

Entre outras consequências, estão jet lag, privação do sono, trombose venosa profunda [coágulos de sangue], e exposição à radiação. Cohen também menciona os riscos ambientais do aumento das emissões de gases de efeito estufa, além da fadiga e do aumento da exposição a germes e radiação. O risco de câncer também seria mais elevado do que quando estamos em terra.

Em relação as questões emocionais e sociais, a hipermobilidade pode gerar "desorientação de viagens", que vem a ser a combinação de uma constante mudança de lugar e o estresse de planejamento de viagens, como o de antecipar quantos e-mails que você vai ter que ler quando voltar.

O estudo ainda menciona que viagens frequentes, principalmente para negócios, provocam solidão, amizades enfraquecidas, e "uma redução da capacidade de participar na vida da família". "A sociedade precisa reconhecer que o estilo de vida jet-set não é tudo que poderia ser", acrescenta o Dr. Cohen. "A tentativa de viajar para longe frequentemente está prejudicando o meio ambiente, nós mesmos, e, potencialmente, nossos entes queridos mais próximos."