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Parque erótico explora variadas formas de sexo na Coreia do Sul

Do UOL, em São Paulo

28/04/2015 08h05

Rotina, filhos e contas a pagar podem ser letais para um casamento. Quando a coisa já não é mais a mesma, é hora de buscar um algo a mais que esquente a relação. Tem gente que recorre a um sex shop ou apela para uma casa de swing. Outros entram em um avião e cruzam o mundo até a pequena ilha de Jeju, no ponto mais austral da Coreia do Sul. É lá que fica a Love Land, ou Terra do Amor, em português.

Na Ásia, continente com fama de recatado, as 140 esculturas que compõe o parque coram até o mais descolado dos visitantes. São pênis gigantes, vaginas de pedra, casais se amando, trios se contorcendo, tudo para destacar a forma mais carnal do amor. As esculturas chegam a ter até 10 metros de altura. Tem até um bebedouro em que torneiras substituem o órgão sexual em estátuas de homens.

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Mas a existência de um parque com dois hectares de pornografia tem um bom motivo - e se confunde com a história e cultura sul-coreana. Antes da década de 90, as condições econômicas do país não eram das melhores, tornando difícil uma viagem para o exterior. Então restava aos recém-casados passar a lua de mel na parte mais quente e agradável do país, a Ilha de Jeju.

Depois da Guerra da Coreia, no início da década de 50, com a necessidade de reestruturar a sociedade coreana, cresceu muito o número de casamentos arranjados. Sendo assim, dois jovens que mal se conheciam eram mandados para a lua de mel na ilha de Jeju. Cabia aos hotéis oferecer entretenimento para ajudar a quebrar o gelo entre os dois, incluindo apresentações de danças eróticas para tentar animar o casal.

Até quem, em 2002, 20 jovens recém-formados em artes plásticas na Universidade Hongik, em Seul, iniciaram a criação das apimentadas obras. Em 16 de novembro de 2004 o parque foi inaugurado, com o objetivo de quebrar os tabus da sociedade sul-coreana e proporcionar educação sexual aos visitantes.

Para os pais, tem até uma área de recreação para deixar as crianças, enquanto os maiores de idade se esbaldam entre orgasmos, fetiches, variações do Kama Sutra, masturbação e órgãos sexuais que deixariam até o Kid Bengala com inveja. Mas é bom fazer uma ressalva: o parque é só para olhar e inspirar. Os casais precisam esperar chegar ao hotel para liberar os instintos mais primitivos.