UOL Viagem

26/08/2009 - 14h20

TAP garante que transportará passageiros mesmo com greve

Lisboa, 26 ago (Lusa) - A TAP afirmou nesta quarta-feira que vai fazer tudo o que estiver dentro da lei para assegurar o transporte dos passageiros com viagem marcada para os dias de greve convocados pelos sindicatos dos trabalhadores.

"A TAP compromete-se com os passageiros que têm reservas para esses dias a transportá-los e nesse sentido vai fazer todo o possível para cumprir esse objetivo dentro da lei", afirmou o porta-voz da TAP, Antônio Monteiro.

Os sindicatos dos trabalhadores da TAP dizem que o governo tem planos de utilizar a empresa de handling Portway para assegurar serviços que os grevistas pretendem paralisar já na próxima sexta-feira e sábado.

Os sindicatos acusam o presidente da companhia portuguesa de "arrogância e prepotência" e esperam uma greve "histórica", com adesão de mais de 90%, nos dias 28 e 29 de agosto e 11 e 12 de setembro. Há também previsão de greve ao trabalho suplementar de 28 de agosto a 30 de setembro

Segundo Antônio Monteiro, os sindicatos romperam o diálogo ao apresentarem um pré-aviso de greve, "uma declaração de guerra", e não a administração. "A Groundforce estava num processo de diálogo com os sindicatos, que foi interrompido quando, inesperadamente, entregaram um pré-aviso de greve", afirmou o porta-voz da TAP.

Monteiro disse que esta greve se deve a motivos políticos como a aproximação das eleições legislativas, em 27 de setembro. Ele acusa os sindicatos de marcaram greve precisamente no fim-de-semana em que muitos portugueses regressam de férias do exterior e que portugueses que moram fora retornam aos países de origem.

Antônio Monteiro estranha que os sindicatos aleguem como um dos motivos para a greve a intenção da administração deixar a manutenção dos aviões aos cuidados da antiga empresa VEM, atual TAP Manutenção & Engenharia do Brasil. "É ridículo. A greve é da Groundforce. O que é que a Groundforce tem a ver com a manutenção?", questionou.

De acordo com o porta-voz da TAP, a principal questão a tratar é a sobrevivência da Groundforce.

"Essa é principal questão e não nos podemos esquecer que a Groundforce teve um prejuízo o ano passado de 36 milhões de euros e (R$ 94,8 milhões) este ano vai a caminho dos 25 milhões de euros (R$ 65,8 milhões)", afirmou. Monteiro disse que estão sendo estudadas "várias soluções, existindo caminhos diversos" para resolver a situação na empresa de handling.

A manutenção da intenção de venda da Groudforce pela administração da TAP é uma das principais questões que levou os sindicatos a marcar uma greve para a próxima sexta-feira e sábado.

Os quatro dias de greve foram propostos pelos sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (SITAVA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC).

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