A Comissão Européia, braço executivo da União Européia (UE), denunciou nesta quarta-feira a ausência de progressos nas negociações sobre a política de vistos entre o bloco europeu e os Estados Unidos, ameaçando Washington com medidas de retaliação.
O motivo é o atraso na aplicação da plena reciprocidade na isenção da necessidade de vistos, que deveria ser feita este ano. Cidadãos de 12 dos 27 Estados-membros da UE ainda têm que requisitar autorização para entrar nos EUA.
Neste sentido, Bruxelas ameaça Washington com "medidas de retaliação", como a restauração temporária da obrigação de visto para cidadãos norte-americanos titulares de passaportes oficiais, diplomáticos e de serviço a partir de 1º de janeiro de 2009 caso a situação não evolua.
O relatório de Bruxelas constata a ausência de "progressos tangíveis em relação aos EUA, não obstante os esforços da Comissão e dos Estados-Membros [da UE] a título individual".
Os portugueses com passaporte emitido depois de 2001 estão incluídos no programa de isenção de vistos.
Cingapura é outro dos países sob ameaça de retaliação da UE caso não se alcance a plena reciprocidade em um prazo razoável.
A União Européia já alcançou a reciprocidade completa com Israel, Malásia e Paraguai, tendo chegado a progressos com Canadá e Austrália. Também foram iniciadas negociações para um acordo de isenção de vistos de curta duração com o Brasil.
Bruxelas destaca que Tóquio pondera ampliar a isenção de visto de curta duração aos nacionais romenos, mas reitera seu pedido de isenção para cidadãos de todos os países do bloco europeu.
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