UOL Viagem

28/03/2008 - 14h13

Mais caro, acesso rodoviário ao Cristo Redentor, no Rio, será feito só por vans

Do Rio de Janeiro

Antônio Gaudério/Folha Imagem

Cristo Redentor foi eleito uma das Novas Sete Maravilhas em 2007

Cristo Redentor foi eleito uma das Novas Sete Maravilhas em 2007

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, inaugurou ontem o novo sistema de cobrança e acesso ao Cristo Redentor. O visitante pagará R$ 13 para chegar ao monumento --a cobrança de ingresso, que custava R$ 5, estava suspensa havia dez meses.

O principal acesso rodoviário, a Estrada do Corcovado, está interditado para veículos particulares; o transporte é feito exclusivamente por vans de uma empresa que venceu licitação aberta pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), responsável pela administração do Parque Nacional da Tijuca. "É a continuidade do grande esforço para que este lugar maravilhoso, que é o cartão de visitas do Rio, possa funcionar de acordo com a expectativa da população", disse Marina.

A ministra disse que os recursos arrecadados nas bilheterias, estimados em R$ 5 milhões ao ano, serão investidos na recuperação do parque, onde estão outros pontos turísticos como a Pedra da Gávea e o Parque Lage. Além de recuperação de encostas e replantio de árvores nativas, está prevista a instalação de 32 câmeras de vigilância. "Quatro já foram instaladas. O trabalho atrasou porque roubaram a fiação", revelou o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco.

Apesar das melhorias na sinalização para motoristas até a entrada do Corcovado, na Estrada das Paineiras, a bifurcação mais perigosa continuava até ontem sem placa. O motorista que vem pelo Cosme Velho, ao chegar ao final da Rua Conselheiro Lampréia, deve dobrar à direita --se virar à esquerda, entra na Favela do Cerro-Corá.

Motoristas de vans de uma cooperativa que atuava no local protestaram antes da inauguração. Eles entraram com ação na 23ª Vara da Justiça Federal para anular a concorrência que escolheu a empresa Beltur para explorar o transporte de passageiros. "Não tivemos acesso ao edital de licitação e entendemos que o processo foi fraudulento", disse Fernando da Silva, da Corcovado Carro Service. Anteontem, o Batalhão de Choque foi até a entrada do monumento para retirar os motoristas que se negavam a deixar o local. Acusados de cobrar acima da tabela para os visitantes, os motoristas da cooperativa são investigados por formação de quadrilha na Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, (AE)

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