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Populares na Europa, cruzeiros fluviais são ideais para conhecer os destinos mais a fundo

Navio Odin, uma das novas embarcações da companhia Viking River Cruises - Reprodução
Navio Odin, uma das novas embarcações da companhia Viking River Cruises Imagem: Reprodução

Elaine Glusac

New York Times Syndicate

07/10/2012 08h10

Na Europa, onde os rios forneciam o meio de transporte da era pré-automóvel, cidades como Amsterdã e Viena se desenvolveram ao redor deles. Mesmo séculos depois de terem sido suplantados por trilhos de trens e rodovias, há sempre um interesse renovado em viajar em suas águas: pelo menos onze novos cruzeiros fluviais foram lançados este ano, com um número semelhante projetado para o ano que vem. Nos últimos cinco anos, muitas linhas dobraram sua capacidade.

"É tudo uma questão do destino", diz Rick Kaplan, presidente da Premier River Cruises, em agência de Los Angeles. "O cruzeiro fluvial é indicado para viajantes mais experientes que querem explorar um lugar mais a fundo."

O destaque para as atrações além do navio não são acaso. Uma vez que eclusas e pontes dificultam a vida das embarcações gigantescas, os navios que navegam pela Europa tendem a ser menores e mais curtos, como espaço limitado para atrações. Em vez disso, o foco é para a conveniência, geralmente ancorando direto no centro e não num porto distante que precise de baldeação de ônibus, por exemplo. Vários itinerários incluem pernoite no porto, abrindo uma alternativa para passeios de trem ou carro.

Liderando esse movimento está a Viking River Cruises (vikingrivercruises.com). A companhia lançou quatro novos navios em março e mais dois durante o verão, elevando o número da frota para 30. De acordo com Torstein Hagen, presidente e CEO da Viking, a empresa vem crescendo de 30 a 35 por cento nos últimos anos. "Finalmente alcançamos o auge", afirmou Hagen falando sobre os cruzeiros fluviais, acrescentando que deve comprar mais seis navios no ano que vem. "O nosso problema é não ter capacidade suficiente para suprir a demanda."

Os novos barcos – Viking Odin, Viking Idun, Viking Njord e Viking Freya – comportam 190 passageiros cada e possuem várias suítes, terraços com portas de vidro retráteis que permitem jantar ao ar livre e até hortas na cobertura. 

Em maio, a Avalon Waterways (avalonwaterways.com) lançou dois novos navios europeus, o Vista (166 passageiros) e o Visionary (128). Ambos oferecem suítes com janelões para a sacada, piscinas, jantar ao ar livre e salões de beleza. A empresa já anunciou mais duas embarcações para 2013.

Também em maio a AmaWaterways (amawaterways.com) inaugurou o AmaCerto (164 passageiros) com destaque para as duas sacadas em praticamente todos as cabines e a piscina com bar. A companhia também planeja novos lançamentos em 2013.

Há outros rios a explorar. A exclusiva Uniworld (uniworld.com) anunciou que será a primeira operadora norte-americana a atravessar o rio Pó na Itália, saindo com o River Countess (134 passageiros) de Veneza, em abril do ano que vem, para viagens de oito dias de ida-e-volta com excursões para Bolonha e Verona a partir de US$ 2.899. Também em 2013 colocará o Queen Isabel (118 passageiros) em Portugal, com paradas no Porto e na cidade vinícola de Pinhão.

Vários pacotes da Uniworld são criados para reunir passageiros de várias idades, mas os participantes tendem a ser mais velhos que os dos cruzeiros marítimos – com o público alvo em torno dos 50 anos – e os programas destacam História e cultura. "É como eu digo, o cruzeiro marítimo é o passeio de quem bebe", diz Hagen, da Viking. "O fluvial é o de quem pensa."

* Matéria originalmente publicada pelo The New York Times em 29 de junho de 2012