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Lar das Cataratas, Parque Nacional do Iguaçu oferece atividades para todas as idades

Heloísa Dall'Antonia

Do UOL, em Foz do Iguaçu (PR) *

30/08/2012 18h00

Observar as quedas d'água de um dos vários mirantes do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, é uma experiência fascinante. Mas a possibilidade de entrar em contato ainda mais intenso com a natureza do local dá outro sabor ao roteiro. Rapel, passeios de barco e arvorismo estão entre as atividades que vem fazendo do destino uma opção igualmente interessante para toda a família.

Eleita uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, as Cataratas já configuram em atração conhecida para o público brasileiro (foram 748.353 visitantes 'verde e amarelo' em 2011, além dos outros mais de 645 mil estrangeiros). O número de visitantes mais jovens deve subir substancialmente com a escolha da cidade como palco dos X-Games (competição de esportes radicais) de 2013, 2014 e 2015. A chegada do evento esportivo - que deve ter no parque o cenário para algumas das competições - coroa a vocação do destino para o ecoturismo.

Conheça algumas das opções de atividades dentro da área do parque.


Trilhas
Três roteiros aliando caminhada e outras atividades são possíveis dentro do Parque Nacional do Iguaçu. A maior delas é a Trilha do Poço Preto, com nove quilômetros de extensão e que é feita combinando trechos de caminhada com ciclismo (ou em veículo especial). Com duração que pode variar de duas a quatro horas e meia, de acordo com o ritmo dos participantes, o passeio tem seu primeiro ponto de parada na Lagoa do Jacaré, que pode ser contemplada a partir da Casa da Mata, um observatório a dez metros de altura. Dali, os grupos, sempre na companhia de um guia, seguem para um passeio de barco pelo rio Iguaçu. A atração é a Ilha da Taquara (em território brasileiro), onde, se tiver sorte, você poderá avistar outros animais da fauna local, como jacarés e gaviões.

O Poço Preto que dá nome ao passeio é uma falha geológica em que a água fica mais escura do que a do restante do rio. Nesse ponto, é possível entrar em caiaques duplos infláveis - os ducks - e remar nas tranquilas águas da área. Quem não quiser se aventurar, pode continuar a fazer fotos e apreciar a paisagem do barco. Também se pode andar nos ducks na Linha Martin, trilha de três quilômetros pelo ecossistema do parque combinando navegação em barco com o esforço dos braços.

Outra das opções de rota, a Trilha da Bananeira é bem mais curta, com cerca de 1,6km. Pássaros podem ser observados durante o passeio, que inclui navegação pelo rio Iguaçu até o Porto Canoa, área de lazer com restaurante e infraestrutura próxima às cataratas.

Voo panorâmico
Quem prefere uma atividade menos cansativa pode, por cerca de dez minutos, ver o parque de cima. O sobrevoo de helicóptero é feito pela Helisul (www.helisulfoz.com.br/site/PASSEIOS) e permite uma visão privilegiada do território natural, de 185 mil hectares.

Macuco Safári
É claro que quem vai até Foz do Iguaçu quer ver as cataratas. Então, por que não aproveitar para chegar o mais próximo possível delas? O Macuco Safári é o passeio que leva os turistas pela mata (um trecho de carro e outro a pé) até o ponto de saída de barcos bimotores que chegam bem pertinho das quedas d'água (é impossível ficar seco no passeio, independentemente de qual lugar você escolha na embarcação). Se até esse ponto da viagem você ainda não tiver entendido porque o destino é patrimônio mundial da UNESCO, a força das águas, assim como o 'banho', vai deixar o conceito claro na sua mente.

  • Heloísa Dall'Antonia/UOL

    Vista de barco fazendo o passeio Macuco Safári, no Parque Nacional, em Foz do Iguaçu

Arvorismo, rapel, rafting e escalada
Mas o verdadeiro desafio fica para quem se aventurar por outras modalidades esportivas. Arvorismo, rapel, rafting e escalada podem ser praticados no local, ficando a cargo do turista a escolha por fazer uma ou todas as atividades.

O muro de escalada tem paredões de diversos níveis de dificuldade, chegando a sete metros de altura. É possível praticar o exercício tanto em um muro artificial quanto em rocha, próximo ao Cânion do rio Iguaçu.

Para quem não tem preparo físico (como esta jornalista), o arvorismo talvez seja a etapa mais exaustiva do processo, apesar de bastante recompensadora no final. O percurso começa com um treinamento nos chamados 'elementos baixos', construídos em troncos de eucalipto, cabos de aço e cordas, tendo altura máxima de 50cm. Ali você começa a perceber que seu senso de equilíbrio pode não ser dos melhores, mas já se manifesta a vontade de andar pelo circuito real, que inclui 12 obstáculos a oito metros do chão, dentro da mata.

Algumas das sequências são mais difíceis, como a que impõe a passagem de uma árvore para outra por meio de uma rede, mas o equipamento de segurança e a presença constante dos guias fazem até o turista mais sedentário acreditar que é possível chegar ao final da jornada, que termina com uma descida em tirolesa de 25m de extensão.

Os mais corajosos podem ainda dar o "Pulo do Gato", em que depois de subirem em uma árvore de dez metros de altura, devem pular para alcançar um trapézio para dali serem trazidos para o chão.

A poucos metros dali fica a estrutura que permite a prática de rapel no parque. Novamente, guias especializados (e bilíngues) cuidam de um breve curso de segurança. A descida de 55 metros de altura conta com a deslumbrante vista das Cataratas, o que torna o passeio único. Apesar de serem necessários apenas cinco minutos para executar a atividade, é fácil ficar mais tempo do que isso observando a paisagem.

O final do rapel acontece no nível da água, de onde o turista -que a essa altura já se acha um medalhista olímpico- pode decidir voltar para o ponto de início da atividade por uma escada ou encarar o rafting.

Os botes descem o rio Iguaçu em corredeiras por quase quatro quilômetros. Dois deles com dificuldade média de navegação e outros dois em águas calmas, onde é possível até mesmo mergulhar. Todo o processo é acompanhado por um barco a motor, assim como por um guia, que antes de começar a brincadeira explica com rigor quais são as ações esperadas conforme seus comandos. Dá um certo receio parar para pensar em todos os cuidados que devem ser tomados, mas a experiência é divertidissíma, ainda mais se o grupo já se conhecer.

Todas as atividades são cobradas a parte do ingresso do Parque Nacional do Iguaçu.

Mais informações:
www.cataratasdoiguacu.com.br
www.macucosafari.com.br

 

* A jornalista viajou a convite do Iguassu Visitors Convention Bureau.