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TurtleTrek usa tecnologia para mostrar vida embaixo d'água; conheça a nova atração do SeaWorld de Orlando

Mônica Souza

Do UOL, em Orlando (EUA) *

06/07/2012 09h00

"Uma aventura épica pelos mares sob o olhar de uma tartaruga..." Parece algo divertido e curioso, certo? E é mesmo! Esta é justamente a sensação para a maioria dos visitantes da mais recente atração do parque temático SeaWorld, em Orlando, na Flórida (EUA).

A TurtleTrek é uma experiência que só a tecnologia pode proporcionar. Tudo começa com um tour por dois grandes aquários de águas doce e salgada, que reproduzem o lar dos peixes-boi e das tartarugas marinhas, em que é possível admirar a beleza destes animais e saber um pouco mais sobre seus habitats.


O passeio segue por um teatro em forma de cúpula, no qual o visitante é envolvido por um filme 3D/360° hiper-realista, vivendo a incrível jornada de vida da tartaruga Nyah.

As emoções são estimuladas por todos os lados (inclusive sobre as cabeças dos espectadores), e não somente em uma tela central. Efeitos mais que especiais, que servem de ferramenta para um objetivo maior que o de simplesmente divertir, conscientizando sobre a importância dos projetos de conservação ambiental. Não é por acaso que logo na entrada se lê: "Seja um herói, comece sua aventura aqui".

 

CURIOSIDADES

• Os designers uniram um filme de animação 3D a um poderoso sistema de projeção em um ângulo de 360°. Uma fina camada prateada reveste a cúpula e permite que cada tela foque as projeções na direção dos visitantes. Cada pontinho prateado funciona como um pequeno espelho

• A animação poderia ser considerada de “alta-realidade”, pois vai muito além da alta-definição e da realidade virtual. O filme é exibido em 60 frames por segundo (duas vezes mais rápido do que a mente humana consegue registrar) e cada quadrante tem aproximadamente 26 milhões de pixels (treze vezes mais do que hoje é considerada uma imagem em alta-definição)
• A cúpula por si só cria uma imensa área de projeção. Ela é tão grande que conta com 34 projetores (15 vezes mais do que o sistema de projeção típico de um cinema digital). Quase um quilômetro de cabo de fibra óptica transporta os dados de vídeo para os projetores
• O download online do filme seria praticamente inviável, pois tem cerca de 950GB (o que levaria cerca de três meses para baixar o filme, de apenas 6 minutos)
• O sistema de som inclui 22 canais de áudio, que foram discretamente espalhados pelo local, permitindo que os efeitos de áudio 3D fiquem mais detalhados
• Mais de doze espécies de animais marinhos ganham vida na animação, e cada uma delas passou pela aprovação dos educadores e especialistas em animais do SeaWorld. Cada animal apresentado no filme, desde a tartaruga heroína até os milhares de peixes e pequenas anêmonas, foram criados na mesa de desenho de um artista, com cada movimento animado independentemente

"Faça muito ou pouco, mas junte-se a nós e faça algo para ajudar o mundo e nossos animais", convida Brian Morrow, designer-chefe do brinquedo. "A TurtleTrek é uma atração que atinge todas aquelas pessoas comuns que podem se transformar em heróis, fazendo a diferença todos os dias na natureza", complementa.

E não para por aí. Na saída há um jogo interativo sobre o tema exibido em telões e a loja de presentes, local obrigatório nos parques temáticos, traz uma novidade: um painel atrás do caixa mostra quanto a sua compra ajudará nas doações destinadas ao financiamento de pesquisas e projetos do parque para salvar espécies animais.

"Os projetos de conservação animal do SeaWorld Parks & Entertainment começaram há quase 50 anos e desde então foram resgatados mais de 20 mil animais feridos, órfãos e doentes, que são tratados e, na maioria das vezes, devolvidos à natureza", conta Dan Conklin, supervisor de aquário do parque.

O biólogo, especialista em tartarugas, explica que as espécies que vivem no aquário da atração são as que não podem voltar à natureza por problemas de genética, doenças ou por serem órfãs, encontrando assim um lar permanente no parque. Desde 1973, o SeaWorld Orlando resgatou, cuidou e devolveu à vida selvagem centenas de peixes-boi e desde 1980 auxiliou mais de 1200 tartarugas marinhas a voltarem para suas águas naturais.

Adeus às sacolas plásticas

Um dos principais riscos para os animais marinhos, como as tartarugas, são as sacolas plásticas jogadas no mar, que são ingeridas por engano ao serem confundidas com águas-vivas. Em comemoração à nova atração, o SeaWorld de Orlando eliminou o uso dessas sacolas no parque em abril de 2012.

A ação faz parte de um projeto para acabar com a utilização de sacolas plásticas nos dez parques da companhia em um período de quatro a cinco anos, iniciativa que começou em 2011 no parque SeaWorld San Diego.

Mais informações: www.seaworldturtletrek.com

 

* A jornalista viajou a convite do SeaWorld Parks & Entertainment e da American Airlines.