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Tour pelo Estádio Azteca proporciona encontro com façanhas de Pelé e Maradona

Marcel Vincenti

Do UOL, na Cidade do México*

03/06/2012 07h00

Existe um lugar na Cidade do México que atrai e fascina brasileiros e argentinos em iguais medidas: o Estádio Azteca. Palco de alguns dos mais lendários jogos de futebol da história, o lugar viu Pelé levar a Seleção Brasileira ao tricampeonato mundial em 1970 e Diego Armando Maradona fazer, em 1986, duas de suas maiores façanhas: o gol “La Mano de Dios” e o chamado “gol do século”, em que o baixinho portenho, saindo de seu campo de defesa, driblou seis jogadores ingleses para fazer o que a Fifa considera o gol mais bonito de todos os tempos.

Inaugurado em maio de 1966, com um jogo entre América (do México) e Torino (da Itália), o Azteca é um museu a céu aberto e, para honrar sua biografia, promove visitas diárias a seus túneis, vestiários, salões, campo e arquibancadas – todos ambientes de grande atmosfera histórica que, além das Copas do Mundo de 70 e 86, abrigaram eventos como a Olimpíada de 1968, os Jogos Panamericanos de 1975, a Copa das Confederações de 1999 e a chamada “Partida do Século”, em que a Itália se classificou para a final da Copa de 70 vencendo a Alemanha por 4x3 (sendo cinco gols marcados na prorrogação da partida).

O passeio começa com uma caminhada ao redor do Azteca, onde estão fixadas placas em homenagem ao golaço de Maradona e ao tricampeonato da seleção canarinho. A escultura “El Sol Rojo” (o Sol Vermelho) decora as rampas de entrada e, após descer para os túneis do estádio, o visitante se deparada com inúmeras alusões ao futebol verde e amarelo: são fotos dos brasileiros erguendo o troféu Jules Rimet, assinaturas de Pelé gravadas no piso e menções a times do Brasil que já jogaram no estádio, como Palmeiras, Flamengo e Corinthians.

  • Marcel Vincenti/UOL

    Aberto a visitas, o Estádio Azteca, na Cidade do México, foi palco de duas Copas do Mundo

Uma visita aos vestiários do América (time mexicano que hoje manda seus jogos no Azteca) e à sala de coletivas de imprensa (onde o visitante pode tirar fotos sentado à mesa reservada aos entrevistados) também fazem parte do tour, e são o aperitivo para o clímax do passeio: a subida ao gramado do estádio.

Campo sagrado

Ao subir ao campo, os visitantes saem bem atrás das traves onde Maradona marcou seu “gol do século” e usou seu punho esquerdo para fazer o gol “La Mano de Dios”. Arquibancadas com capacidades para suportar 105 mil pessoas cercam o gramado e, colocada sobre um dos assentos, uma estátua humana de bronze, em pose de vibração fervorosa, homenageia os torcedores de futebol do mundo inteiro.   

Pisar no campo é proibido, mas os visitantes podem andar em volta de todo o gramado e, de quebra, posar, ao lado do gol, para um retrato tirado pelo guia do passeio. A foto é impressa e entregue a seu dono.

  • Marcel Vincenti/UOL

    Fotos do tricampeonato mundial da Seleção Brasileira decoram o interior do Estádio Azteca

Ao cruzar as arquibancadas e deixar o estádio, o público pode ainda passar ainda pela lojinha do América e comprar alguns produtos de um dos mais populares clubes do México. E, ao voltar para casa, é só se vangloriar de ter pisado em um dos campos mais sagrados do futebol mundial.

SERVIÇO

Horário de visita: O tour é realizado todos os dias do ano, das 10h às 18h, exceto 25 de dezembro e 1º de janeiro. Não há visitas também em dias de jogo e em dias posteriores às partidas.

Mais informações: www.k-tering.com.mx

*O jornalista Marcel Vincenti viajou à Cidade do México a convite da TAM