Busch Gardens inaugura montanha-russa inovadora inspirada no animal mais rápido do mundo
A Cheetah Hunt, montanha-russa aberta ao público nesta sexta (27) no Busch Gardens, Tampa (EUA), não é a mais alta, mais radical ou mais veloz atração do gênero na Flórida, região famosa pela grande concentração de parques temáticos - entre eles os que formam os complexos da Disney World, Universal e SeaWorld. Em compensação, é uma das mais originais e prazerosas de todas.
Ninguém que viaja por ela enjoa, fica com a perna bamba, tem dor de cabeça ou algo do tipo. Pelo contrário: ao sair, tudo mundo quer ir de novo. E na mesma hora.
Tudo graças a uma geringonça chamada Linear Synchronomous Motor (LSN), que faz o carrinho disparar três vezes em alta velocidade ao longo de um percurso de 1.350 metros de comprimento. O objetivo é simular uma corrida do animal mais rápido do mundo: o guepardo.
A brincadeira começa com um disparo relativamente tranquilo, que leva a Cheetah Hunt da imobilidade aos 50 km/h em poucos segundos. Após uma queda leve, o carrinho desliza por uma reta e tem uma segunda estilingada alucinante, que atinge 100 km/k e o direciona rumo a uma subida de 31 metros.
É exatamente aí que a nova montanha-russa do Busch Gardens revela a sua originalidade. Ao contrário de todas as atrações desse tipo no mundo, seu grande momento se dá na arrancada para cima, e não para baixo. A sensação, depois do impulso em alta velocidade e da entrada na subida, é a de que sairá voando.
Quem vai na frente vê o trilho sendo incrivelmente devorado. E quem vai atrás não vê nada, só o céu, o que também leva a adrenalina a mil. Ambas as situações são diferentes e divertidas, e vale apena encarar as duas.
Depois da subida insana, uma parábola faz todo mundo sair ligeiramente do banco antes de encarar algumas curvas e alcançar a primeira descida do trajeto, que também é uma delícia. A sequência é excelente: serpenteia-se por valas subterrâneas e o carrinho realiza manobras como over-banked turns (aclive seguido de declive acentuado, que proporciona a sensação de gravidade zero), air-time parabolas (tempo de flutuação) e heart line rolls (giro 360º no próprio eixo), além de manobras laterais repetidas que o fazem realmente sentir-se como um guepardo.
E não pense que para por aí. Há ainda um terceiro disparo, que atinge 70 km/h, seguido de uma nova subida estarrecedora, outra descida gostosa e muitas curvas em alta velocidade.
Pouco mais de 90 segundos após o início da aventura, todos chegam ao final sorrindo, em êxtase. E a pretensa radicalidade vendida pelos três picos de adrenalina e pelas manobras de nomes difíceis não afeta em nada o corpo, como ocorre em muitas montanhas-russas. A única coisa que passa pela cabeça é: preciso ir de novo. Aí, o jeito é encarar a fila novamente. Sem medo e feliz da vida.
Terra dos guepardos
A Cheetah Hunt fica em uma nova área do Busch Gardens, a The Realm, que também abriga o Cheetah Run, espaço em que é possível observar 14 guepardos - de verdade, no caso. Através de um vidro, dá para fotografar os animais e ver apresentações diárias em que treinadores os conduzem a exercícios de corrida.
Quem vai ao parque ainda pode curtir uma série de outras atrações, entre elas mais sete montanhas-russas (inclusive a Sheikra, que tem uma descida em 90 graus de 61 metros, a maior da Flórida), um safári em que é possível dar comida na boca de girafas, uma área infantil tematizada na Vila Sésamo e uma série de pontos de observação dos mais variados tipos de animais.
Mais informações www.buschgardens.com/bgt
O jornalista Paulo Basso Jr. Viajou a convite do Busch Gardens.
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