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Organizações "greeters" promovem passeios gratuitos com guias locais nos EUA, Europa e Argentina

À esquerda, o guia da Chicago Greeter Milan Stevanovich, conduz turista pelo Millennium Park, em Chicago - AP Photo/City of Chicago/GRC
À esquerda, o guia da Chicago Greeter Milan Stevanovich, conduz turista pelo Millennium Park, em Chicago Imagem: AP Photo/City of Chicago/GRC

DÉBORA COSTA E SILVA

Da Redação

30/08/2010 23h07

Conhecer um destino turístico com a visão e a orientação de um local pode ser valioso numa viagem: ajuda a evitar lugares lotados de turistas e a visitar as atrações nos horários mais adequados para fugir de multidões, além de receber a indicação de novos points da cidade.

 

Foi com a intenção de mostrar aos visitantes o que há de melhor em um destino de acordo com quem conhece bem o local que as organizações “greeters” (em tradução livre, algo como “aquele que dá boas-vindas”) surgiram.

 

Funciona mais ou menos como uma agência de turismo: o serviço é gratuito, as únicas despesas gastas são com a alimentação e o transporte do guia; o profissional é voluntário e não tem obrigatoriamente uma formação específica na área, mas recomenda passeios e acompanha o visitante em sua jornada, se for requisitado.

 

A primeira organização do gênero foi a Big Apple Greeter, criada em 1992, em Nova York. A fundadora Lynn Brooks teve essa idéia em uma viagem de férias, quando percebeu que as pessoas de fora viam Nova York como uma cidade “perigosa, cara e opressiva”.

 

Atualmente a organização sobrevive de doações e tem mais de 300 voluntários, que oferecem tours gratuitos em 22 idiomas. Em 18 anos, a Big Apple Greeter já recebeu aproximadamente 100 mil turistas.

 

No início, a prática foi mais difundida nos Estados Unidos, nas cidades de Houston, Chicago, além de Nova York. Mas hoje já existem organizações do tipo em cidades de outros países, como Buenos Aires (Argentina), Toronto (Canadá), Melbourne e Adelaide (Austrália), Paris, Lyon, Marselha, Pas-de-Calais e Nantes (França), Brighton e Kent (Inglaterra), Belgrado (Sérvia) e Haia (Holanda).

 

Há até uma associação virtual, a Global Greeter Network que concentra informações sobre todas as organizações “greeter” que estão em atividade no mundo. No Brasil, não há ainda uma organização do gênero, mas programas como o "Rent a Local Friend" ("Alugue um Amigo Local") e a rede "CouchSurfing" têm uma proposta parecida.

 

Mais informações
www.globalgreeternetwork.info