UOL Viagem

07/03/2010 - 08h18

A experiência de esquiar nos confins da Colúmbia Britânica

MARK SUNDEEN
New York Times Syndicate *
Na primeira noite, eu abri uma fresta na janela ao lado da cama e acordei, quem sabe quando, com flocos de neve no meu rosto. Ao amanhecer, tinha nevado 30 centímetros e nós subimos desde o lago congelado, próximo de nossa pousada, abrindo caminho pela trilha em meio a neve profunda e abetos espessos, esquiando pelas rampas entre as faixas escarpadas. A neve explodia como nuvens frias em nossos rostos. Era mais como cair em câmera lenta do que considero como 'esquiar'.

Enquanto almoçávamos na campina, nossos amigos provocaram acidentalmente uma avalanche sobre os rochedos. Era apenas uma pequena, sério, não maior que um elefante. Ela bateu na encosta, ganhando massa ao avançar na nossa direção.

"Ela não vai chegar até aqui", disse Shelly.

"Ela vai parar", disse Lena.

"Talvez nós devêssemos sair do caminho", disse eu. "Para não arriscar."

A neve retumbava gentilmente na nossa direção.

"Boa ideia."

Nós puxamos nossas mochilas e enfiamos nossos esquis nas árvores, enquanto a avalanche de estimação avançava até parar 60 metros acima de nós.

"Quer esquiar de novo?" disse Shelly.

"É claro."
  • Jeff Pflueger/The New York Times

    A única forma de chegar á pousada Sol Mountain, na Colúmbia Britânicaé de helicóptero


Eu estava fora do meu elemento. Eu não sou um esquiador muito bom, e quando se trata de chegar ao topo de uma montanha, eu geralmente sou pão-duro para comprar uma passagem de bondinho ou teleférico, quanto mais fretar uma aeronave. Quando minha amiga Shelly Higgins me convidou para ir esquiar em um local remoto, nas Montanhas Monashee da Colúmbia Britânica - ela reservou a pousada de esqui Sol Mountain por uma semana inteira - a proposta me pareceu tanto perigosa quanto extravagante. A pousada é tão remota na vastidão coberta de neve que, a menos que você tenha disposição para o calvário de percorrer 48 quilômetros usando moto de neve, a única forma de chegar é de helicóptero. As temperaturas caem a 34ºC negativos e o terreno - grande, vasto, selvagem - é um hábitat de avalanches destruidoras que rasgam as encostas das montanhas à vontade.

Eu comprei minha passagem imediatamente.

Assim, no final de fevereiro, 14 velhos amigos se reuniram na minúscula Cherryville, Colúmbia Britânica, um vale isolado a cerca de 480 quilômetros de estrada a leste de Vancouver, onde a neve pesada cobre duas lojas de bebidas alcoólicas e um punhado de casas rústicas, algumas feitas de madeira compensada; se os seus habitantes buscavam escapar de tudo, eles certamente conseguiram. Nós reservamos a pousada com um ano de antecedência e agora estávamos reunidos em um celeiro rural caindo aos pedaços e assistimos a um helicóptero espalhar neve seca para todo lado. Foi a minha primeira vez em um helicóptero. O piloto deu um breve aviso de segurança. O que eu gostei foi de seu sotaque suíço, referindo-se a aeronave como a "máquina". Isso fez toda a operação parecer teutonicamente eficiente, e benigna, como escolher a ferramenta certa em um canivete. O que eu não gostei foi de alguns dos itens de segurança que ele nos mostrou, como um rádio de emergência armazenado em uma escotilha.

"Caso a gente pouse a máquina em um vale e você não tenha recepção, pode caminhar até um ponto alto para uma melhor transmissão", ele disse.

"E pra que serve o machado?" eu perguntei.

"Caso precise cortar madeira!" ele disse, acrescentando em seguida: "Ha ha!"

O voo durou apenas 12 minutos. Nós passamos por sobre as Rochosas, por entre duas montanhas longas - os Picos Gêmeos e o Monte Sol - e então descemos até um vale com mata fechada, emergindo em um prado branco onde se encontrava um objeto muito incongruente: uma pousada moderna de três andares, envolta por janelas panorâmicas.

O helicóptero foi para casa e lá estávamos, presos nos próximos sete dias: a quilômetros de qualquer pavimentação, no auge do inverno, no coração da natureza. De repente, a pequena pousada cheirava a excesso de confiança, como se aquela mancha quadrada, com seus ângulos retos presunçosos, fosse capaz de desviar as ondas caóticas de neve vindas de todas as direções.

A pousada era confortável e acolhedora, cheia de luz e reforçada com vigas de 30 centímetros de espessura. Um bar dava para as janelas do chão ao teto, que convidavam as montanhas para a sala de estar. Havia uma ampla cozinha e um par de sofás sobre pisos polidos de madeira. O andar superior foi dividido com divisórias em seis quartos compartilhados e uma abundância de banheiros. O piso térreo abrigava vários beliches adicionais. Você não chamaria isso de sofisticado, a menos que você tenha estado em outras cabanas de esqui; neste caso, você a consideraria um palácio. Água quente de fato saía das torneiras - uma espécie de milagre de esquiador de lugares remotos. Visitar o Monte Sol me propiciou minha primeira oportunidade de usar as palavras "avalanche" e "duvet" na mesma conversa.
  • Jeff Pflueger/The New York Times

    Tempestade de neve na Colúmbia Britânica


Mas agora não era hora de se deleitar. Ainda restavam algumas poucas horas de luz do dia. Vamos aos mapas! O terreno do Monte Sol é de 11 km por 11 km. Nós tínhamos mais de 12 mil hectares só para nós, mais de seis vezes maior do que o vasto resort Vail nos Estados Unidos. O problema é que não há bondinhos ou teleféricos de qualquer tipo. Então nós desenrolamos nossas peles - tiras de tecido aderente para subir encostas - as fixamos na parte de baixo de nossos esquis e deslizamos pela campina nevada.

Nós partimos para o cume mais próximo. As nuvens estavam altas e com uma grande ameaça de tempestade, poderia ser nossa última chance de obter uma visão do que se encontrava além. Nós subimos com os esquis, arrancando casacos, chapéus e luvas à medida que o esforço nos aquecia.

Ao chegarmos ao cume, um vento frio nos envolveu. A tempestade estava chegando. Nós demos uma olhada nos infinitos picos, cadeias e vales que seriam nosso lar durante a semana. Era um território que uma pessoa levaria dias para esquiar, carregando uma carga gigantesca. E aqui estava eu passeando com apenas uma mochila. Além do mais, tão logo voltasse para a pousada, alguém me entregaria um uísque com soda e cubos de gelo tilintando, assim como alguém me informaria que a sauna estava quente.

Uma sombra fria cobriu todo o cume. Nós tivemos que descer antes de escurecer. Nós fechamos nossos casacos e começamos a descer. Não nevava há uma semana e o sol já tinha assado as encostas em uma crosta. Meus esquis trepidavam sobre o gelo soprado pelo vento, escorregando em vez de abrindo sulcos. Eu fiz duas voltas e quebrei a superfície, com a ponta do meu esqui penetrando na neve macia por baixo, caindo de cara no que parecia concreto.

Eu esquiei como um novato de volta à pousada, avançando com dificuldade na neve, me reclinando para trás para manter as pontas para cima. Não havia muito o que fazer naquelas condições, exceto rezar por neve.

Cuidado com o que você deseja. Durante as 48 horas que se seguiram, caiu quase um metro de neve. Em um resort de esqui onde os patrulheiros causam explosões nas encostas para liberar as avalanches, este seria um dia perfeito de neve. Mas, no interior, é perigoso: esse volume de neve fresca está apenas à procura de um gatilho. Então começamos em uma encosta branda. Mas a neve era tão profunda que mal podíamos nos mover. Nós encontramos algo um pouco mais íngreme e sentimos a deriva diante dos grandes fluxos de neve que se acumulavam à nossa volta enquanto descíamos.

No dia seguinte nós fomos ainda mais conservadores. Nós nos limitamos a terreno protegido pelas árvores. Nós vimos algumas aberturas onde avalanches tinham se desprendido. Nós esquiamos um de cada vez, para que em caso de deslizamento uma só pessoa fosse soterrada e as demais pudessem começara a cavar. Ao aceitar que um componente do meu plano de férias poderia ser escavado para fora de uma avalanche me fez repensar as prioridades da minha vida. De volta à pousada, eu aguardei pacientemente na sauna até que a neve assentasse.

E é aí que se encontra a verdadeira arte de esquiar em locais remotos - não quão rápido, longo ou íngreme, mas sim quão bem julgar o que é seguro. Avalanches são um risco sério, que matam dezenas de esquiadores e condutores de motos de neve por ano na América do Norte. É por isso que a maioria das pessoas que procuram pousadas em locais remotos contrata um guia, que não só evitará avalanches, como também saberá apontar onde está a melhor neve.

Mas meus amigos eram guias, peritos em avalanche, patrulheiros e instrutores de esqui, com anos de experiência, por isso fomos sem um guia local. Lena Wilensky, por exemplo, deu aulas de avalanche por seis anos e trabalhou como uma guia de montanha. Shelly foi voluntária como enfermeira da equipe de busca e resgate do parque Denali, fazendo dela a médica mais graduada acima de quatro mil metros. Ela ensinou esqui em Crested Butte, Colorado, e nos Alpes Suíços por mais de uma década. Filha de um irlandês que imigrou para Denver, ela é uma loira sardenta que sorri com facilidade. Ela e eu já dividimos uma tenda por 52 dias, enquanto dava um curso no Alasca. Uma vez, ela caminhou sozinha pelo território dos ursos para chegar ao acampamento base com um dia de antecedência, para assar para nós cookies de chocolate.

O que a torna a companheira perfeita para uma viagem para esquiar - uma combinação de talentos extremos e conforto. A nevasca chegou no Carnaval e Shelly assegurou que todo mundo estivesse usando um colar de contas de plástico enquanto bebia white russians (russos brancos) e gim com tônica. Nós trouxemos nossas próprias refeições, por isso a cada noite duas pessoas se ofereciam para preparar o jantar: lasanha ou vegetais, frango e arroz fritos ou, certa noite, filés de salmão grelhados na churrasqueira lá fora, em meio a uma tempestade de neve. Uma boa refeição seguida por uma sauna à lenha e então por rolar na neve me deixava tonto e reflexivo, o que me levou a um entendimento profundo: talvez a diferença mais importante entre vir "esquiando" e "voando" é que em um helicóptero você pode trazer um monte de drinques.

  • Jeff Pflueger/The New York Times

    Vista geral da região da Montanha Sol, na Colúmbia Britânica

Antes do advento das viagens de helicóptero acessíveis, uma viagem para esquiar em locais remotos era primitiva. Se você quisesse se distanciar o bastante de uma estrada para ter o terreno só para si, você teria que fazê-lo esquiando. Seus confortos eram limitados ao que pudesse carregar nas costas. As viagens tendiam a ser curtas e as refeições eram os itens básicos de mochileiros, miojo e salame.

As cabanas em si eram rústicas. A maioria não tinha água corrente - você tinha que pegá-la com baldes em meio ao gelo quebrado dos lagos ou derreter a neve em um fogão a lenha. O banheiro era uma casinha congelada do lado de fora e beliches eram frequentemente no estilo quartel, com todas as pessoas compartilhando o mesmo quarto. A experiência clássica em cabana consistia de colegas barbudos e embolorados de ceroula, amontoados em torno de um fogão jogando cartas e tomando sopa, enquanto polainas e blusões úmidos ficavam pendurados em um varal improvisado no alto.

Pousadas como a Sol Mountain estão mudando isso. Os proprietários, Dave Flear e Aaron Cooperman, eram parceiros de esqui em locais remotos e, há dez anos, na barraca deles durante uma viagem de esqui, eles tiveram a ideia de construir sua própria pousada. Enquanto Flear era basicamente um empresário do setor madeireiro, Cooperman era um guia certificado de montanha no inverno. Eles então começaram a explorar os hectares remotos das Monashees.

"No inverno de 2002, nós montamos em motos de neve e passamos algumas semanas acampando e esquiando", me disse Flear, bebendo um drinque ao lado do fogão a lenha. Atualmente com 55 anos, ele nasceu em Ontário, mas mudou-se ainda garoto na direção oeste, para a cidade ferroviária da Moose Jaw, Saskatchewan, e na idade adulta se estabeleceu no interior despovoado e escarpado da Colúmbia Britânica.

No ano seguinte, os dois homens sobrevoaram de avião e fotografaram o terreno, procurando as melhores trilhas de esqui. Então eles fretaram um helicóptero para levá-los e passaram mais algumas semanas em solo. No verão de 2004 eles já tinham se decidido.

Seu paraíso de esqui ficava em terras públicas - "terra da coroa", como dizem no Canadá - de forma que obtiveram um contrato de arrendamento por dez anos e iniciaram as obras. Eles construíram um galpão para o gerador e uma cabana: três andares, 6 X 7 metros, com três quartos e uma cozinha. Eles estavam abertos para os negócios. Em 2006, eles aumentaram a cabana para seu tamanho atual: 350 metros quadrados e 18 leitos.

Os dois homens se orgulham se sua pousada, e um ou ambos estão na propriedade o tempo todo. Ao longo dos anos, eles exploraram todos os cantos de seu pequeno reino, com os hóspedes dando os nomes para as várias rampas: Fé Cega. Visão Tunelada. Visão Cristalina. Shazam.

"A única regra", disse Flear, "é que você precisa esquiar nelas antes de poder batizá-las".

Sol Mountain é tão confortável quanto as áreas populares. A água para os chuveiros é aquecida por um tanque ao lado da fornalha a lenha que aquece o prédio. Propano - entregue pela estrada de terra no verão - alimenta os fogões e o gerador que é responsável pelas luzes, pelo aparelho de som e até mesmo pela Internet sem fio, útil para a previsão do tempo e de avalanches. E apesar da pousada certamente ser mais cara do que uma cabana estilo quartel, ela não é tão cara. Nossa semana faça você mesmo custou por semana 1.200 dólares canadenses por pessoa (US$ 1.125, na época) - aproximadamente o mesmo que um único dia de heli-skiing (transporte de helicóptero para esquiar). Se você pagar por guias e refeições, a coisa toda custa cerca de 2.225 dólares canadenses (cerca de US$ 2.160, com o dólar americano cotado a 1,03 dólar canadense) por pessoa, ainda menos do que uma semana em Aspen -e em Cherryville você não ficará tentado a comprar uma jaqueta de esqui Prada.

No 4º dia, a tempestade passou. Chegar ao topo das rampas em meio a três metros de neve fresca foi um desafio. Nós alternávamos a tarefa de abrir caminho, na qual a pessoa na frente avançava deslocando os flocos brancos até a altura da cintura. Aqueles que queriam mais neve partiram para a floresta. Aqueles à procura de grandes vistas subiram acima da linha das árvores até os cumes.

À medida que a neve assentava, nós nos lançávamos em terrenos mais íngremes e expostos. Agora até mesmo eu me sentia como um grande esquiador, com manobras levantando neve ao meu redor, esculpindo curvas em S por algumas áreas virgens. Bem, às vezes minhas trilhas bonitas eram estragadas por crateras no formato de um homem - mas quem se importava? Eu caía esparramado no fundo, com as narinas tampadas de neve, não sentindo que tinha descido por uma rampa, mas que tinha esquiado em uma montanha.

No último dia, saí com Lena e minha namorada, Cedar, para subir o próprio Monte Sol. Estatisticamente, é mais seguro esquiar com mulheres do que com homens - elas correspondem a apenas cerca de 7% de todas as mortes por avalanche. Nós esquiamos da pousada até o lago próximo, então abrimos uma trilha na floresta. Os abetos estavam carregados de neve, mas quando você se aproximava e olhava para cima, a parte inferior dos galhos estava exposta, como palmas das mãos abertas umas sobre as outras, com os dedos esticados. Ao chegarmos acima das árvores, uma espessa nuvem nos cobriu. Podíamos ver apenas algumas poucas dezenas de metros à frente. Mas continuamos subindo, escalando com esqui um monte arredondado com uma crosta de gelo soprada pelo vento. Pensávamos o trajeto nos levaria ao cume.

De repente, o sol brilhou por entre as nuvens e o céu azul brilhante se revelou. Era como emergir do oceano. Até onde podíamos ver na Colúmbia Britânica, um mar de nuvens cinzentas ocupava os espaços entre as cordilheiras dentadas, com seus cumes brotando como ilhas. O sol estava mais próximo do que a terra.
  • Jeff Pflueger/The New York Times

    Vista geral da região da Montanha Sol, na Colúmbia Britânica


Acima de nós, o pico do Monte Sol era como um domo branco reluzente.

Nosso cume suave ficou mais escarpado, abetos anões se agarravam ao seu flanco, que depois se transformou em penhasco. Agora, ao longe, nós vimos uma rota mais fácil, mas então ela foi envolta em neblina quando estávamos em posição de escolhê-la.

Nós demos um passo ao lado, nos apoiando para não escorregarmos para trás. O vento começou a soprar. Nós estávamos a poucas dezenas de metros do pico. O trecho final era íngreme, cheio de gelo e exposto. Nós o estudamos por um tempo. Eu bem que queria ter um machado de gelo.

Bem, já era longe o suficiente.

Nós puxamos os casacos das mochilas, retiramos nossos esquis e nos protegemos do vento em uma vala rasa. Nós almoçamos. O mar de nuvens rolou pelo vale abaixo. Nós recolhemos nossas coisas. Era uma descida vertical de mais de 600 metros até o lago e nós o teríamos apenas para nós. Nós colocamos nossos óculos e recolocamos nossos esquis.

Sem filas (porque não há bondinho e nem teleférico)


Acomodações em Cherryville estão disponíveis no Inn Lodge Cherryville (888-547-0110; www.lodgeinnretreat.com), com quartos por 65 dólares canadenses por pessoa (cerca de US$ 63, com o dólar americano cotado a 1,03 dólar canadense). O Inn Lodge também oferece serviço de translado do Kelowna a Cherryville (45 dólares canadenses por pessoa).

O Sol Mountain Lodge (250-674-3707; www.solmountain.com) fica aberto do começo de dezembro até meados de abril, com datas ainda disponíveis para esta temporada. Três noites com guia e refeições custam 1.125 dólares canadenses por pessoa, enquanto uma estadia de sete noites sai por 2.225 dólares canadenses. Aqueles que nunca praticaram esqui ou snowboard em áreas remotas podem fazer um curso de quatro noites com refeição, que inclui treinamento de segurança para avalanche e aluguel de equipamentos (1.525 dólares canadenses). É possível alugar a pousada sem guia e sem serviço de bufê, mas isso é recomendado apenas para esquiadores experientes em lugares remotos (14 convidados, sete noites, 16.800 dólares).

Os preços não incluem impostos, mas incluem o custo da viagem de ida e volta de helicóptero até a pousada.

* Artigo publicado originalmente em dezembro de 2009.
Mark Sundeen é autor dos livros "Camping Car" e "The Making of Toro". Ele mora em Montana.

Tradução: George El Khouri Andolfato

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