UOL Viagem

05/11/2009 - 20h04

O outro Brasil: Minas Gerais

SETH KUGEL
New York Times Syndicate
O mapa mostrava dois caminhos óbvios para ir de Catas Altas, uma cidadezinha serrana tranquila do Sudeste do Brasil, até nosso hotel no Parque Nacional da Serra do Cipó, uma área montanhosa com desfiladeiros vertiginosos e pinturas rupestres. Havia o caminho dos fracotes, uma rota ao redor que nos levaria até estradas confiáveis e asfalto suave. E havia o caminho de macho: uma rota direta por estradas acidentadas de terra, passando por cidadezinhas preguiçosas como Taquaraçu de Minas e Jaboticatubas.

Eu não podia culpar meus companheiros de viagem, Adam e Neil, amigos escritores de Nova York, por estarem inclinados a tomar o caminho mais fácil. Nosso carro alugado, um Chevrolet Prisma prateado com chassi baixo, não era exatamente adequado para atalhos rurais de terra. Mas estávamos no Estado brasileiro de Minas Gerais, onde sacudir por estradas de terra faz parte da emoção. Então seguimos pelo caminho reto.
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Vista de Ouro Preto, que já foi a capital do Estado de Minas Gerais


O primeiro trecho nos conduziu por pastos verdes e plantações de milho demarcadas por cercas de arame farpado e estacas de madeira pontudas. Então, virando uma curva, uma mansão branca de telhas vermelhas apareceu como uma miragem em meio ao pó. Curiosos, nós paramos, circulamos pelo gramado aparado deslocado e encontramos um gentil fazendeiro da cidade examinando seus pés de banana. Em vez de atirar em nós por invadirmos sua propriedade, ele nos convidou para um café e goiabada caseira. Para mim, foi um momento típico em Minas Gerais, o segundo Estado mais populoso do Brasil, mas considerado por muitos como sendo seu centro rural.

Eu levei meus dois amigos para Minas para lhes mostrar o que acho que viajantes estrangeiros demais como eles perdem: o Brasil que está além do Cristo Redentor no Rio, das pousadas ecológicas na Amazônia e das praias repletas de modelos de Florianópolis. Em vez de uma cruz sobre um morro, Minas possui cidades coloniais repletas de igrejas barrocas. Em vez de vastas florestas tropicais, Minas possui belas montanhas e inúmeras cachoeiras. E em vez de praias, o Estado é lar de um estilo de cozinha famoso por todo este país de mais de 190 milhões.

Nós saímos em um domingo do Rio de Janeiro e realizamos uma viagem de carro de quatro horas no sentido norte, para as montanhas de Tiradentes, uma das muitas cidades coloniais repletas de igrejas barrocas que tiveram seus dias de glória no século 18, quando Minas Gerais era uma fonte de ouro e diamantes para a coroa portuguesa.

Tiradentes é considerada a mais romântica delas, com ruas de paralelepípedos, casas e igrejas meticulosamente restauradas e vários restaurantes aconchegantes. Se você está pensando que este provavelmente não é o lugar ideal para três viajantes solteiros, você pensa como Neil e Adam, que acharam graça por eu insistir em chegar a tempo para o chá da tarde no Solar da Ponte, uma pousada onde reservei um quarto.

O Solar da Ponte é de propriedade de um casal anglo-brasileiro, John e Anna Maria Parsons, que começaram a restaurar a mansão no início dos anos 70. As áreas comuns estão repletas de livros e arte, e nossos quartos estavam no ponto agradável em que elegantes móveis rústicos de madeira se encontravam com colchões magicamente modernos. A propriedade bem cuidada abriga uma família de micos-leões-dourados, que toda manhã se aproximam das janelas do refeitório para ganhar comida.

Nós conseguimos chegar a tempo do chá, um serviço híbrido anglo-brasileiro com toalhas de mesa de algodão, chá preto com leite e pães de queijo. Eu acho que todos nós concordamos que, mesmo se a companhia não fosse ideal, o chá vespertino certamente foi.

Após o chá, nós percebemos que a sorte estava ao nosso lado. Nós chegamos por acaso a Tiradentes no dia da final estadual do futebol, assim, em vez de um fim de tarde de paradas em museus e igrejas, nós optamos por uma cerveja, acompanhados por uma clientela de maioria feminina, bêbada, em uma combinação de bar e mercadinho chamado Bar do Bizuca. Uma vitória do time azul do Cruzeiro, nos pênaltis, retirou a cidade de seu ar romântico do século 18 e a lançou no mundo dos torcedores de futebol do século 21, com buzinaços e aparelhos de som em alto volume. Depois disso, fizemos nosso primeiro encontro com a cozinha mineira, uma refeição de linguiça frita com frango cozido com ora-pro-nóbis, uma planta local, no restaurante Viradas do Largo.

Tiradentes acorda cedo, o que era bom porque, na manhã seguinte, eu tinha uma atividade perfeita para três sujeitos: uma caminhada em montanha liderada por um guia com cicatrizes de bala. Bacana. Nosso homem, Marcelo, cresceu no Rio e costumava circular de moto, como muitos fazem, até que um dia bandidos em outra moto tentaram assaltá-lo à mão armada. Ele reagiu e escapou, mas não antes de levar uma bala na coxa. Realmente estúpido, mas ao mesmo tempo incrível.

Esse incidente o levou a uma vida mais pacífica na área de Tiradentes, onde ele e seu irmão dirigem uma empresa chamada Lazer e Aventuras. A caminhada de duas horas que ele guiou nos levou para as montanhas de São José, por uma trilha relativamente fácil aberta pelos escravos nos anos 1700, para criar um atalho entre Tiradentes e outras cidades de mineração. No alto, a mata densa deu lugar a moitas e uma vista panorâmica das cidades e fazendas abaixo.

O almoço após a caminhada foi em uma pequena cidade transformada em colônia de artistas, chamada Bichinho, e eu, pensando ser o "sr. que sabe ler português e sabe tudo", sugeri um restaurante que encontrei em um guia brasileiro. Mas Marcelo insistia para irmos ao Tempero da Angela, porque era mais barato e oferecia "comida mineira real". Isso revelou ser atenuação. Eu falo sério: pode ser a maior pechincha de almoço no Hemisfério Ocidental.

Sentados à mesas de madeira em um salão de jantar coberto ao ar livre, Adam, Neil e eu nos banqueteamos com prato após prato de paleta de porco assada crocante e suculenta, frango com ora-pro-nóbis, montes de quiabo e repolho, tutu de feijão e torresmo -cujos efeitos nocivos à saúde podem ser anulados (você tem minha palavra) com uma abundância de rúcula fresca, tomate e manga do bufê de salada.
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Para cozinha mineira caseira, nada melhor do que o Tempero da Angela, em Tiradentes


Angela, com uma toca tipo rede de cabelo e camiseta vermelha, cuidava das panelas borbulhando sobre um fogão a lenha e parecia contente por repetirmos uma segunda, terceira vez, até finalmente comer, como sobremesa, queijo fresco e doce de leite -feito do outro lado da rua em uma loja chamada Doces do Bichinho, por mulheres em aventais xadrez que usam colheres de madeira para mexer o leite e o açúcar por horas, em panelas de cobre sobre o fogo. O almoço todo saiu por R$ 12 por pessoa, o que pela taxa de câmbio de maio significava US$ 5,50. Agora, com a recente alta dos preços e um dólar enfraquecido, são R$ 14, pouco menos de US$ 7, com o dólar cotado a R$ 1,78 -mas ainda assim um negócio fantástico.

Satisfeitos, nós partimos naquela tarde para Ouro Preto, antes a capital do Estado e base para o movimento mais famoso (apesar de fracassado) do Brasil contra a coroa portuguesa, um episódio do final do século 18 conhecido como Inconfidência Mineira. Apesar de ter ocorrido na mesma época e com o mesmo espírito da Revolução Americana, ela não foi igualmente bem-sucedida.

É possível descobrir mais a respeito da Inconfidência nos museus de Ouro Preto (ou na Wikipedia, a propósito), mas você vai querer passar grande parte de seu tempo andando pelas ruas de paralelepípedos, margeadas por casas coloniais muito bem preservadas e torres de igreja visíveis em todas as direções. O único problema: é exaustivo. A cidade possui tantas ladeiras que seus pulmões privados de oxigênio e pernas nutridas por torresmos poderão não apreciar.

Mas Ouro Preto não é apenas uma peça de museu. É também uma cidade universitária, lar de uma universidade de prestígio que abriga muitos de seus estudantes em repúblicas, misturas de dormitórios e fraternidades situadas em velhos prédios coloniais. Nós fomos recebidos em uma por uma clientela de bar de estudantes de arquitetura de Curitiba, em sua maioria do sexo feminino, em uma viagem de estudos. Elas nos convidaram a nos juntarmos a elas em uma festa dada por uma república composta apenas de homens. Bem, não é com frequência que sujeitos trintões são convidados para festas de fraternidade, e em geral há um bom motivo para isso. Mas eu acho que nossa rotina de estrangeiro e novidade caiu bem, especialmente quando compramos para o pessoal uma caixa de cerveja Skol e eles viram que estávamos mais interessados em testemunhar seus quartos com roupas espalhadas, porão úmido e jogos de bebedeira, do que atrapalhar seus planos para as estudantes de arquitetura.

Na manhã seguinte eu me juntei novamente às estudantes (sem meus colegas), desta vez para uma visita a uma igreja, guiada pelo seu animado professor, Cláudio Forte Maiolino, que revelou ser um guia altamente qualificado: ele dirige uma firma de restauração especializada em igrejas históricas.

E as igrejas do século 18 de Ouro Preto são espetaculares, tanto pela ostentação de arregalar os olhos de seus interiores barrocos quanto pela forma como suas torres se destacam na paisagem irregular. A história também é interessante: a primeira que visitamos se chamava Nossa Senhora do Rosário dos Brancos. Ele era uma das poucas igrejas integradas no início do século 18 e apenas recebeu o acréscimo de "dos Brancos" quando estourou um tumulto durante uma missa e um padre foi morto. Os negros foram culpados e expulsos, e eles formaram sua própria igreja, chamada Santa Efigênia dos Pretos.

Eu acompanhei os estudantes por mais duas igrejas e então parti: palestras de 45 minutos sobre histórias de igrejas em português não eram meu lance.

Durante nossa visita, uma das estudantes de arquitetura, impressionada com os prédios brancos e torres intermináveis, exclamou que Ouro Preto "parece mentira". Ela tinha razão, mas eu estava mais interessado em algo menos turístico, algo menos chamativo. Então partimos de Ouro Preto, seguindo para o norte com um plano de parar no primeiro lugar que se encaixasse nessa ideia. Ele revelou ser Catas Altas, que tinha uma igreja impressionante na praça da cidade, a montanha verde escura da Serra do Caraça se erguendo atrás dela e, até onde conseguíamos ver, nenhum visitante naquela noite de terça-feira. A poucas quadras de distância, um cavalo branco magro comia o capim. Perfeito.

Nós chegamos após o anoitecer sem qualquer ideia de onde comeríamos ou dormiríamos, mas após pedir informações e rejeitar duas pousadas medíocres, nós ficamos encantados com a Aconchego Mineiro, separada da rua por um portão de madeira. Nos fundos, uma piscina era alimentada diretamente pela água que descia das montanhas. Ela era dirigida por duas mulheres que nem se moviam rapidamente e nem falavam inglês (não que precisassem; nós fomos os primeiros estrangeiros a assinar seu registro de hóspedes). Os quartos duplos básicos, mas limpos, custavam R$ 80.

Catas Altas parece oferecer duas atividades principais para os turistas. A primeira: tomar banho em uma das cachoeiras próximas, o que fizemos na manhã seguinte. Minas está repleta deste tipo de cachoeira, nem imensa e nem deslumbrantemente linda, apenas uma piscina pitoresca alimentada por uma coluna de água branca, que transforma a paisagem de natureza morta da montanha em uma imagem em ação à medida que você se aproxima. A segunda: descobrir como ter acesso às duas igrejas fechadas, que empreendi por conta própria. Adam e Neil, aparentemente, não viam o charme de mais outra igreja (especialmente não em comparação aos seus laptops infinitamente encantadores), mas para mim, o contraste entre a beleza simples da cidade e a ornamentação exagerada de um interior barroco era bom demais para ser perdido.

O cavalo branco tinha fugido da igreja mais humilde, Santa Quitéria, e a porta estava trancada, mas descendo a quadra, um grupo de homens estava reunido em frente ao açougue, em volta de um Ford Corcel 1974 amarelo canário do proprietário. Um deles, Luiz Cláudio, 38 anos, sacrificou sua atividade social e me levou até uma casa próxima, para ver a guardiã das chaves da igreja, uma senhora de 78 anos que ele tratava por Dona Antonia. Luiz Cláudio e eu fomos juntos à igreja, destrancamos a porta principal e permitimos que a luz do sol a invadisse, para revelar seu modesto charme barroco, com suas fileiras de bancos de madeira, esculturas douradas e obras de arte que pareciam não merecer ser mantidas atrás de portas fechadas.

A igreja principal da cidade, Nossa Senhora da Conceição, só abriria às 13 horas, tarde demais para nós. Mas enquanto partíamos da cidade antes do meio-dia, nós avistamos dois ônibus do lado de fora da igreja: os estudantes de arquitetura de Curitiba tinham chegado de Ouro Preto. Nós descobrimos que a firma de Maiolino tinha restaurado o telhado da igreja, aparentemente lhe rendendo o direito de visitá-la quando quisesse. Luiz Cláudio reapareceu e me permitiu visitar o interior impressionantemente ornamentado e subir nas duas torres do sino, me fornecendo dois presentes: uma desculpa para perder a palestra de Maiolino e uma vista panorâmica da paisagem. Luiz Cláudio, eu descobri, era o tocador de sino da cidade. Ele subia lá às 6h e 18h, 365 dias por ano. Será que conheci o homem com o maior horário de almoço do mundo?
  • Kevin Moloney/The New York Times

    Luiz Cláudio toca o sino da igreja Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas


Nossa próxima parada seria a poucas horas de carro no Parque Nacional da Serra do Cipó, mas como forcei meus companheiros de viagem a aceitarem minha opção e tomarem o caminho mais curto, porém mais acidentado, pelas estradas de terra, nós paramos na pousada Rancho Cipó ao anoitecer. Em comparação aos aposentos despojados em Catas Altas, ele parecia um luxo: elegantes suítes tipo chalé com pé direito alto se espalham por mais de 80 hectares de terra, divida em gramados bem cuidados e pastos de animais. Havia uma piscina e, o melhor de tudo, uma sauna com aroma de patchuli que ainda estava funcionando quando chegamos; nós deixamos nossa bagagem e grande parte de nossas roupas e corremos para ela. O vapor enchia a sala e eu me senti como se tivesse me banhado em uma xícara de chá de ervas.

No dia seguinte, após um café da manhã tradicional de broa de milho, ovos, mamão papaia fresco e muito mais, nós partimos com um guia arranjado pelo hotel até o Cânion das Bandeirinhas e a Cachoeira da Farofa. Acompanhados por Jase, um americano que mora na capital do Estado e que conhecemos na pousada, nós caminhamos os 28 quilômetros de ida e volta até o desfiladeiro, a cachoeira e voltamos. Apesar de ser um terreno em grande parte plano, com apenas alguns ribeirões com água até a altura da cintura para atravessar, foi um passeio bastante longo. Nós logo ficamos com inveja de um casal do Rio que conhecemos e que alugaram mountain bikes. Mesmo assim, com apenas poucas nuvens no céu e as montanhas se erguendo ao fundo como cenários de filme, nossa inveja era limitada.

O desfiladeiro foi o destaque. Deixando nossos pertences e nos despindo até os calções de banho, nós nadamos e subimos nas rochas até o alto do cânion, deixando nosso guia para trás com nossas sacolas. Quando finalmente retornamos à pousada, bolhas começavam a brotar. Felizmente, doses de cortesia de cachaça, uma bebida pela qual Minas é famosa, foram servidas enquanto jogávamos um pouco de pebolim (totó) pré-sauna.

No dia seguinte, após uma manhã de cachaça e doce de leite, nós partimos para a capital do Estado, Belo Horizonte, para passar nosso último fim de semana em seus bares e conferir algumas das primeiras obras do mais famoso arquiteto moderno do Brasil, Oscar Niemeyer.

Os destaques da cidade incluem uma caminhada pelos jardins da Praça da Liberdade, no centro, e uma visita à grande feira de artesanato dominical no parque municipal. Nós também corremos em volta da Pampulha, o lago artificial ao redor do qual Niemeyer construiu sua curvilínea e sensual Igreja de São Francisco de Assis. Mas a principal atração foi o célebre festival gastronômico da cidade, com duração de um mês, conhecido como Comida di Buteco, que estava em pleno andamento.

Cerca de 40 bares por toda a cidade competem pelo melhor aperitivo, cerveja mais gelada, melhor serviço e mais. O festival atrai milhares e nós terminamos em uma noite de sábado em uma pequena mesa lotada no Agosto Butiquim, um bar animado de cores brilhantes onde os candidatos culinários eram um trio composto de fatias de berinjela fritas e crocantes, cubos de carne marinada e croquetes de farinha de milho recheados com taioba.

Acrescente a isso a reputação merecida da cidade de belas mulheres solteiras e eu senti que compensei Adam e Neil por terem começado a viagem bebendo chá naquela entrada tranquila e romântica de Tiradentes. Minas Gerais mostrou ter algo para todos.

Cidades coloniais e cachoeiras

Para chegar lá
Voar de Nova York para Belo Horizonte exige uma troca de avião ou em Miami ou em São Paulo. Uma recente pesquisa online apontou um voo da American Airlines, com conexão em Miami, a partir de US$ 721 para viagem em meados de novembro.

Se você quiser começar pelo Rio de Janeiro, como eu, a TAM oferece voos sem escala do Aeroporto Kennedy para lá. De Belo Horizonte, é possível chegar à maioria dos destinos por ônibus, mas a melhor forma de circular é de carro. O aluguel de um carro no aeroporto sai por cerca de US$ 325 por semana para um subcompacto.

Tiradentes

Em Tiradentes, o Solar da Ponte (Praça das Mercês; 32-3355-1255; www.solardaponte.com.br) oferece um adorável chá da tarde, assim como micos que pedem comida. Quartos duplos a partir de R$ 506.

Viradas do Largo (Rua do Moinho, 11; 32-3355-1111; www.viradasdolargo.com.br) serve cozinha tradicional mineira; jantar para dois por cerca de R$ 100.

Para cozinha mineira caseira, nada melhor do que o Tempero da Angela (Rua Deputado José Bonifácio Filho, 64; 32-3353-7010), onde o almoço tipo bufê custa R$ 14 por pessoa.

Ouro Preto

Há muitos hotéis medíocres em Ouro Preto; o majestosamente reformado Solar do Rosário (Rua Getúlio Vargas, 270; 31-3551-4200; www.hotelsolardorosario.com.br) não é um deles. Quartos duplos por R$ 270.

Nós não gostamos do serviço ruim no renomado Bené da Flauta, então experimente o Senhora do Rosário (no Solar do Rosário), onde o chef, Luciano Boseggia, costumava cuidar da cozinha do conhecido restaurante Fasano em São Paulo. Jantar para dois sai por cerca de R$ 130.

Catas Altas

Catas Altas não possui acomodações de luxo, mas ficamos encantados pela simplicidade limpa e pelas águas revigorantes da piscina na Pousada Aconchego Mineiro (Rua Raimundo Apolinário, 139; 31-3832-7261). Quartos por R$ 90.

Para um cardápio eclético que vai de frango tandoori até salmão com molho de maracujá, sente-se às mesas de madeira pesadas do Histórias Taberna (Rua Monsenhor Barros, 230; 31-3832-7615). Jantar para dois sem bebidas sai por cerca de R$ 65.

Serra do Cipó

Há muitas pousadas perto da entrada principal do Parque Nacional da Serra do Cipó, mas a propriedade bem-cuidada, a sauna com aroma de patchuli e as suítes espaçosas do Rancho Cipó (Rota 10, km 99, 31-3718-7200; www.ranchocipo.com.br) são difíceis de superar. Quartos duplos por R$ 110.

Belo Horizonte

Nós ficamos hospedados no bastante razoável Mercure Hotel-Lourdes (Avenida do Contorno, 7315; 31-3298-4100; www.accorhotels.com.br). Quartos duplos por R$ 210.

O Agosto Butiquim (Rua Esmeralda, 298; 31-3337-6825; www.agostobutiquim.com.br) é uma das dezenas de bares conhecidos em Belo Horizonte (e por todo o Brasil) como botecos, onde é possível beber e fazer uma boa refeição.

Seth Kugel é o correspondente no Brasil do GlobalPost.com e colaborador regular da seção Viagem.

Tradução: George El Khouri Andolfato

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