UOL Viagem

23/10/2009 - 17h39

Encontre boa comida e muitas atividades grátis na frugal Portland

MATT GROSS
New York Times Syndicate *
"A aparência de todo mundo aqui é ótima!" não é o tipo de comentário ouvido com frequência em Portland, Oregon, onde as roupas parecem escolhidas para combinar com o céu nublado, os tecidos tendem a ser à prova d'água e qualquer coisa com botões conta como traje formal.

Mas foram exatamente essas palavras que foram proferidas por uma mulher que passou por mim certa noite na Lizard Lounge, uma loja de roupas no rico Pearl District de Portland. E ela estava certa. O público naquela primeira quinta-feira de abril -a primeira quinta-feira de cada mês é noite de abertura de galerias de arte e festas de compras- era surpreendentemente atraente, e de uma forma bem Portland: funcional, mas chique. Uma mulher de cabelo preto e corte chanel vestia um casaco prateado, até a altura da coxa, provavelmente impermeável. Havia abundância de lã, mas adequada às formas do corpo, uma coleção limitada difícil de encontrar da Quicksilver pendurada nos cabides ao lado de roupas da Nau, uma grife local cujas jaquetas, camisas pólo e shorts se encontram no extremo esportivo do espectro da moda -ou seria o extremo da moda do espectro esportivo?

Um acessório, entretanto, era ubíquo: enquanto grupos de break dançavam e a lenda de Portland, Fogatron, realizava sua rotina de beatbox humano, toda pessoa descolada -homem, mulher e outros- segurava uma copo plástico cheio de cerveja. Cerveja gratuita.

E não apenas cerveja gratuita, mas cerveja gratuita boa. Ao lado das caixas registradoras, barmen tiravam a cerveja de barris de cerveja hefeweizen e amber, ambas feitas pela Widmer Brothers, uma das duas cervejarias mais antigas daquela que se tornou a capital americana da microcervejaria (há cervejas melhores em Portland, mas comparada à habitual cerveja de festa, a da Widmer é excelente.) As pessoas bebiam, enchiam de novo seus copos e, no final, com cerveja suficiente em seus sistemas, compravam caros acessórios da Nau -com os 20% de desconto da Primeira Quinta-feira.

O que esse viajante frugal mais gostou fora as cervejas gratuitas, entretanto, foi a total normalidade. Ninguém parecia surpreso com a distribuição das bebidas, muito menos por valerem a pena ser bebidas. E nessa aceitação casual, eu identifiquei uma característica de Portland que me encantaria ao longo da semana, à medida que explorava bares e restaurantes, cafés artesanais e vendedores ambulantes, bairros da moda e pequenos museus estranhos. Em meio à catástrofe econômica -Oregon possui a segunda maior taxa de desemprego do país- há uma indiferença geral à riqueza. Em seu lugar havia uma dedicação às coisas que realmente importam: boa comida e bebida, interesses culturais elevados e baixos, dias ao ar livre e noites com os amigos. É uma vida boa e em Portland ela ainda sai barata.

Veja o Ace Hotel, de dois anos, onde fiquei hospedado por grande parte da minha estadia. Essa reencarnação em forma de butique do antes levemente sujo Clyde Hotel fica no coração do centro, a passos dos principais pontos de transporte público. Era confortável além do que eu estou acostumado, com ricos cobertores de lã da Pendleton Woolen Mills de Portland na cama e sabonete de qualidade na pia. E, por US$ 75 a noite, oferecia bom preço, apesar de ter abdicado da suíte com banheiro e abraçado a emoção inesperada de caminhar pelo corredor -trajando apenas meus Adidas e meu roupão de banho com capuz Ace- até os chuveiros compartilhados (mas privados).

Mas foram os itens gratuitos que me seduziram. Pilhas de revistas do momento - Frank, Color, Tokion, ReadyMade- estavam disponíveis para leitura no sofás do lobby ou para levar ao quarto. Elegantes bicicletas Jorg & Olif eram oferecidas gratuitamente para os hóspedes do hotel. No adjacente Stumptown Coffee, o poderoso café espresso francês era gratuito nas manhãs de segunda-feira até o prazo final de entrega da declaração de imposto de renda. Raramente eu gosto de permanecer próximo de hotéis, mas como uma versão cosmopolita de um resort caribenho que tem de tudo (do tipo que você jura detestar, mas que acaba em uma relação codependente), o Ace me manteve em seu abraço aconchegante, cheio de valor, por mais tempo do que eu imaginava possível.
  • LEAH NASH FOR THE NEW YORK TIMES

    Portland pode ser facilmente conhecida de bicicleta. Seu hotel deve incluir uma em sua diária


No final, entretanto, eu escapava e partia -de bicicleta, a pé ou de ônibus (um passe TriMet para toda a semana custa US$ 22,50)- em busca de alimento, seja no às vezes suntuoso, às vezes surrado, centro da cidade ou ao longo do Rio Willamette, nos preguiçosos bairros valorizados do margem leste.

Essa não foi uma tarefa fácil, porque Portland possui uma abundância de ótimos restaurantes a preço acessível. Em dezenas de refeições, eu não me lembro de ter ficado decepcionado com algo, nem de ter saído com fome, nem meus amigos e eu pagamos mais que US$ 25 por pessoa. Na verdade, se lamentei algo, foi o fato de me sentir obrigado a não repetir uma visita a restaurante, independente de quanto tenha gostado do lugar e quisesse retornar.

Este estresse agradável começaria com a refeição mais importante da cidade: o café da manhã. Apesar de sua aura descontraída, Portland é uma cidade que acorda cedo, e seus ciclistas precisam de combustível para suas viagens matinais. Uma boa opção é uma parada no Bunk Sandwiches, que desde que abriu oferece uma renascença de carnes e outras coisas no pão ao combinar ingredientes de alta qualidade de formas inovadoras.

As criações da casa aparecem todo dia no quadro-negro perto da porta -um sanduíche de atum com queijo derretido, um com barriga de porco, alface e picles de tomate verde- mas às 7h da manhã só há realmente uma opção, o sanduíche clássico de café da manhã (salsicha, queijo cheddar e ovo frito em um pão com semente de papoula, US$ 5). E é maravilhoso. Mas acrescente anchovas (US$ 2) e vira algo totalmente diferente, com o salgado do peixe acentuando a doçura da salsicha e a acidez do queijo. Sete dólares pode parecer muito, mas pelo melhor sanduíche de café da manhã de todos, é uma pechincha.
  • MATT GROSS for The New York Times

    Menu improvisado do Bunk Sandwiches, em Portland, sofre alteração rápida


Em outra manhã, eu encontrei minha amiga Alison Williams Colman e seu marido, Laurence Colman, no Broder, um endereço de brunch escandinavo em um trecho quintessencialmente Portland na Southeast Clinton Street (ciclovia? Confere. Cervejaria? Confere. Cinema de arte com desconto? Lojas de artigos antigos? Lojas de disco de punk rock? Confere, confere, confere!). O Broder estava lotado, mas o café gratuito na sala de espera ao lado nos manteve animados até podermos chegar à mesa e pedir o picado de truta defumada. Quando chegou a conta de US$ 41, Alison me surpreendeu sacando um cupom de US$ 25 que comprou por US$ 2 no site Restaurant.com. O garçom aceitou sem hesitar (ele recebeu uma boa gorjeta) e me maravilhei de novo com quão bem os cidadãos de Portland vivem com tão pouco.

Os ambulantes de alimentos podem ser o melhor exemplo disso. Os carrinhos existem há aproximadamente uma década, oferecendo lanches baratos, mas nos últimos anos eles explodiram em número e ambição, com cozinhas variando de mexicana e tailandesa a coreana e cazaque, com waffles holandeses e batatas fritas belgas (um carrinho russo até mesmo ganhou fama como destino no final da última temporada de "Amazing Race", mas ele já fechou),

Hoje, há quase 400 carrinhos por toda a Portland, a maioria deles aglomerado em torno dos estacionamentos, e graças ao baixo custo e ao regime simples de licença e inspeção de Multnomah County, chefs aspirantes podem ganhar nome sem grandes investimentos. Como nova-iorquino eu fiquei enciumado; como viajante frugal, emocionado com o que consegui encontrar em um único local. As fatias (US$ 2 a US$ 3) do Give Pizza a Chance eram excelentes, com uma massa fina crocante interna, uma massa externa mais espessa e cobertura fresca e saborosa (como os tomates, manjericão, alcachofras e cebolas na fatia "Compost"). Ao lado, no Tabor, eu segui as instruções pintadas no "checar a comida tcheca" e me apaixonei pelo schnitzelwich (US$ 6,50), frango ou costeleta de porco frita em pão de forma, com ajvar (um patê de pimenta vermelha) e molho de rábano picante. O Brunch Box, virando a esquina, faz seus próprios muffins ingleses, mais hambúrgueres malucos como o OMG! (US$ 6), com ovo, presunto, carne enlatada e bacon; e o YouCanHasCheeseburger (US$ 5), com a carne inserida entre dois sanduíches grelhados de queijo (traga um medicamento redutor de colesterol).

Uma das melhores coisas a respeito dos carrinhos de comida, em Portland e em outros lugares, é poder conversar com a pessoa que está preparando sua refeição. Ziba Ljucevic, que dirige o Ziba's Pitas, é uma das vendedoras ambulantes mais simpáticas de toda Portland. Uma imigrante Bósnia, ela chegou em 2002 logo após as guerras nos Bálcãs, falando quase nada de inglês, mas fluente na linguagem culinária de sua terra natal. Diferente dos pães pitas gregos, os de Ljucevic são massas arredondadas de incrível leveza, recheadas com carne moída, espinafre, abobrinha ou (meu favorito) ovos, queijo e creme de leite. Por US$ 5,95, ela preparará um quarto de cada, mais uma salada de pepino e um pudim de ajvar, e se puder conversar com ela, como eu fiz, sobre as variações regionais do pita entre as ex-repúblicas iugoslavas, ela pode oferecer uma bebida grátis.

Os carrinhos de alimentos até mesmo oferecem a segunda bebida favorita de Portland. O Spella Caffe, ao lado do Ziba's, oferece o que considerei o melhor espresso de Portland, rico e suave. Por US$ 1,75, também o mais barato dos cafés de ponta da cidade. Nos vários endereços que servem o café Stumptown, a bebida custa US$ 2. Ele deveria ser tomado com leite, eles dizem, mas eu não bebo leite.
  • ALAN S. WEINER for The New York Times

    Entre os carrinhos que vendem comida na rua em Portland, é possível encontrar crepes, batatas fritas belgas e outros quitutes


Enquanto isso, no Barista, o campeão Billy Wilson está experimentando algo novo. Em vez de se ater a um tipo de grãos, ele coloca os da Stumptown, Intelligentsia e Ecco Caffe (entre outros) todos no cardápio (US$ 2,50 cada), juntamente com descrições de seus sabores muito diferentes. O da Ecco, por exemplo, é uma "baga escura", e de fato me lembrou que o café nasce como o fruto de um arbusto.

Após o café da manhã, almoço e café, eu deixei de lado a minha fome insaciável para explorar tanto os cantos conhecidos quanto os obscuros da cidade. Eu investi US$ 4 em um passeio no bondinho que sobe das margens do Willamette até a Universidade de Ciência e Saúde do Oregon, no alto da colina, de onde pude ver as muitas pontes da cidade, seus bairros baixos da zona leste e os picos dos montes Hood e Saint Helens no horizonte. Eu procurei livros na labiríntica Powell's Books -a biblioteca não oficial de Portland- por uma hora, sem intenção de comprar. Eu entrei no gratuito Museu de Artesanato Contemporâneo, para ver os "desenhos" bordados móveis, em grande escala, de funerais, um homem em um terno e pessoas apontando, de autoria de Darrel Morris.

Eu também fui ao Museu do Aspirador de Pó. Situado em um canto da Stark's Vacuums, é uma exposição gratuita de aspiradores antigos, de bombas pneumáticas até modelos verticais com décadas de idade, mas que quase poderiam estar a venda atualmente. E aprendi que apesar de William Hoover ser considerado por muitos o inventor do aspirador de pó, o pessoal da Stark's considera o dispositivo de foles e escovas de Daniel Hess como sendo o original (quem sabia?).

Quando soube que Beau Breedlove, a ex-estagiária que aos 17 anos começou a ter um caso com o prefeito de Portland, Sam Adams, estava autografando cópias da revista "Unzipped", na qual ela aparece 98% nua, eu corri até a Fantasy, uma loja adulta, e comprei a mais recente edição (US$ 8,99, não há imposto de venda no Oregon!) e fiquei na fila para meu autógrafo -um pedaço da história.

E -por necessidade- eu me exercitei. Com frequência, eu acordava cedo para correr, passando pelas cerejeiras floridas na margem oeste do Rio Willamette e indo até a ponte levadiça Broadway, ou descendo a Esplanada da margem leste até o corredor Springwater, uma série de trilhas onde o barulho das estradas e parques industriais desaparece, me deixando sozinho com a água, as árvores e os gansos. Certa vez eu até mesmo tomei o trem leve MAX até Beaverton, onde a sede da Nike possui uma pista de três quilômetros ao seu redor. Tecnicamente é proibida a entrada de não funcionários, mas não oficialmente este local de corrida agradável, que passa por lagos de patos margeados por junco está aberto para todos. Além disso, você pode se alimentar no café barato da Nike. Apenas não use shorts de corrida da Adidas, como eu fiz. Mesmo na informal Portland, é uma gafe.

Em uma tarde de domingo, minha colega de colégio Tee Cherry e eu visitamos o Burnside Project, um parque de skate improvisado (e gratuito) que simboliza o espírito frugal de Portland. Há dezoito anos, esse ponto sob o lado leste da Ponte Burnside era ocupado apenas por seringas usadas e colchões sujos -até alguns poucos skatistas decidirem ocupá-lo. Nos anos que se seguiram, o parque se tornou famoso por seu terreno desafiador e evolução incessante. Todo ano, seus fundadores a reconstroem, aprendendo ao longo do caminho a arte complexa (e valiosa) de despejar cimento. Hoje, ela é uma meca para fanáticos por skate, o que Tee e eu não somos mais. Em vez disso, nós levamos nossos skates rua abaixo até um local onde os tombos representassem apenas sujeira e hematomas, não concussões e ossos quebrados. Ainda assim, eu senti, eu prestei minha reverência.

Tanto exercício justificava as outras indulgências, que retomei por volta das 16h, com o happy hour. Portland exige que seus restaurantes sirvam uma certa quantidade de comida com sua bebida alcoólica, de forma que mesmo os locais mais elegantes servem pratos caros com grande desconto. Meus amigos e eu comemos ostras salgado-doces Willipa Bay (US$ 1 cada) e talharim com queijo e carne (US$ 5) no Ten01, um dos principais restaurantes da cidade, e no pan-asiático Ping, na dilapidada Chinatown de Portland, nós pedimos uma sépia seca (paradoxalmente suculenta) ao estilo tailandês e sanduíches de carne de porco macaístas.

O happy hour nem sempre significava comida. Às segundas, ele significava quartilhos de US$ 2,50 do maravilhoso chope Lompoc Strong Draft, na taverna New Old Lompoc, e às terças significava cervejas India Pale Ale por US$ 3,50 na Hopworks Urban Brewery, uma cervejaria eficiente em energia que é ponto de parada para ciclistas que voltam do trabalho para casa.

O único revés do happy hour é que ele impedia o jantar apropriado sentado. Apenas com grande esforço eu cheguei à colorida taqueria Por Que No? e ao Pok Pok, um restaurante tailandês cujo javali grelhado era quase tão bom quanto o que eu comi em Bancoc. Nenhuma refeição saiu por mais de US$ 25 por pessoa, gorjeta inclusa.

No restante do tempo, eu saía. Eu joguei pinball da Família Addams por US$ 0,50 e bebia cerveja Sessions por US$ 2,50 na Ground Kontrol, um fliperama ao estilo anos 80, então caminhava até o Backspace virando a esquina, um café-bar tecno-geeky onde ouvi uma banda quase excelente chamada What's Up?, que misturava uma onda sonora com os bips das trilhas sonoras dos videogames de 8 bits. No pub Laurelthirst, onde rolava uma jam session com a banda de bluegrass Jackstraw, eu acabei conversando com um sujeito de cabelos brancos trajando camisa tie-dye. Era Richard Milsom, conhecido como Millstone, e após cinco minutos de conversa sobre nada, ele me ofereceu usar seu chalé de madeira na Floresta Nacional do Monte Hood.

Finalmente, e como disse minha amiga Becky, por ser inevitável uma visita a um strip club de Portland, eu me vi certa noite no Acropolis Steakhouse Plus, uma casa estilo Las Vegas com couvert de US$ 3 que me foi recomendada -entre todas as pessoas- pela minha irmã caçula. Ela gostou não por causa das apresentações, mas pelos filés ridiculamente baratos. Meu filé de 230 gramas custou US$ 5,50 e veio deliciosamente ao ponto. Sendo Portland, a carne era de origem local, de gado da fazenda do proprietário.

Estranhamente, essas noites agitadas acabavam cedo e eu ia me deitar pouco depois da meia-noite. Olhando para trás, faz sentido. A vida boa tem um custo para o corpo mesmo que não tenha para o bolso, e precisamos de toda a energia para enfrentar a agenda de refeições, amigos e frugalidade do dia seguinte. E toda noite, ao me deitar na minha cama macia do Ace Hotel, sob o peso reconfortante daquele cobertor de lã, eu tentava responder à pergunta que ouvia quase todo dia, de estranhos e velhos amigos que viam quão bem me adaptei à minha rotina em Portland. "Então, quando você vai mudar para cá?"

Eu ainda não sei o que responder para eles.

Como circular

As bicicletas no Ace Hotel são gratuitas para os primeiros hóspedes que as pedirem, mas se ficar hospedado em outro lugar, é possível alugar boas bicicletas Batavus de três marchas, mais mochila, por US$ 100 por semana na Clever Cycles, 908 Southeast Hawthorne Boulevard, (503) 334-1560, www.clevercycles.com. A menos que você seja um ciclista experiente, vale a pena investir no passe para transporte público, US$ 22,50 por sete dias, que também inclui o transporte pelo trem leve (www.trimet.org) que liga o aeroporto ao centro de Portland.

Onde ficar
Ace Hotel, 1022 Southwest Stark Street, (503) 228-2277, www.acehotel.com. Se não quiser ficar em um quarto simples com banheiro compartilhado (US$ 95 por um fim de semana em maio), quartos duplos-padrão custam a partir de US$ 140 por noite para estadia no fim de semana.

Onde comer e beber
Para informações sobre carrinhos de alimentos, visite www.foodcartsportland.com.

Stumptown Coffee, múltiplos endereços; www.stumptowncoffee.com.

Bunk Sandwiches, 621 Southeast Morrison Street; (503) 477-9515; www.bunksandwiches.com.

Broder, 2508 Southeast Clinton Street; (503) 736-3333; www.broderpdx.com.

Barista, 539 Northwest 13th Avenue; www.baristapdx.com.

Ten01, 1001 Northwest Couch Street; (503) 226-3463; www.ten-01.com

Ping, 102 Northwest Fourth Avenue; (503) 229-7464; www.pingpdx.com.

New Old Lompoc, 1616 Northwest 23rd Avenue; (503) 225-1855; www.newoldlompoc.com.

Hopworks Urban Brewery, 2944 Southeast Powell Boulevard; (503) 232-4677; www.hopworksbeer.com.

Por Que No?, 3524 North Mississippi Avenue; (503) 467-4149; www.porquenotacos.com.

Pok Pok, 3226 Southeast Division Street; (503) 232 1387; www.pokpokpdx.com.

Laurelthirst, 2958 Northeast Glisan Street; (503) 232-1504; www.laurelthirst.com.

Backspace, 115 Northwest Fifth Avenue; (503) 248-2900; www.backspace.bz.

Acropolis Steakhouse Plus, 8325 Southeast McLoughlin Boulevard; (503) 231-9611.

Tradução: George El Khouri Andolfato
* Texto publicado originalmente em maio de 2009

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