O segundo dia de nossa aventura, conforme nosso briefing, seria o mais tranqüilo de toda a viagem. Acordamos mais tarde do que de costume, para uma expedição longa como essa.
Logo pela manhã, a primeira surpresa, nosso equipamento de navegação apresentou problemas que dificultariam a chegada em Costa Rica, nosso destino final. A equipe de apoio nos ajudou e em 15 minutos estavámos de volta à estrada. Foram quase 100 km de estradas muito esburacadas e muito braço para segurar o carro na pista.
Em terra atravessamos enormes plantações de milho algodão, soja e milho. O visual era impresionante, a imensidão de nosso país ficou clara diante da poeira dos carros da frente. Uma de nossas paradas foi o Parque Nacional das Emas. Uma grande área de preservação que atravessa os Estados e Goiás e Mato Grosso do Sul, com vegetação rasteira, puro cerrado.
Nossa visita ao parque foi atrasada por um problema mecânico em um dos carros participantes. O atraso de quase uma hora evitou que avistássemos umas das 25 onças pintadas habitantes da área, juntamente com lobos guarás e tamanduás bandeira. Foi a comprovação da amizade e coesão do grupo que aguardou a resolução do problema técnico, com bom humor e descontração, enquanto a equipe de apoio e os mecânicos de um dos patrocinadores resolviam o problema.
Valeu a pena? Algumas araras nos esperavam enquanto subimos em um observatório no meio do cerrado. O proprietário do carro, o administrador de empresas Adauto, vulgo Calango, disse: "Sempre participo, mesmo quanto temos problemas nossos amigos nunca nos deixam na mão e sei que chegarei ao fim".
Seguimos então para Costa Rica onde parte da cidade nos aguardava com honras de chefe de estado. A maior surpresa do dia estava por vir. Depois de acompanhar a distribuição de alimentos, brinquedos e kits escolares, nos dirigimos a outro parque dentro da cidade.
O Parque Municipal do Salto do Taquari que contém uma estrutura internacional, foi palco de uma de nossas atividades, uma tirolesa de 350 m seguida por outra de 400m por cima de uma cachoeira com quase 70 metros de altitude e grande volume d'água agraciou nosso final de dia mostrando que organização e investimento com gestão fazem a diferença.
Com tamanho infinitamente menor que o parque nacional e o triplo de cuidado na exploração do turismo consciente, fomos recepcionados por papagaios, quatis e uma preparada equipe de monitoria ambiental. Ficou gosto de quero mais. Vale a pena voltar a essa cidade.
Amanhã, muito off road no areião nos aguarda rumo a Chapada do Guimarães. Alcinópolis e Itiquira serão os destinos, e se tudo der certo teremos mais uma noite de descanso e sabor de missão cumprida!
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