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06/07/2007 - 21h46

Cristo Redentor vence enquete do UOL sobre as novas sete maravilhas

Da Redação

Antonio Lacerda/EFE

Cristo venceu com margem de quase 65% de diferença sobre 2º lugar, a Acrópole (Atenas)

Cristo venceu com margem de quase 65% de diferença sobre 2º lugar, a Acrópole (Atenas)

Às vésperas do anúncio do resultado das novas sete maravilhas do mundo, a maioria dos internautas do UOL demonstrou forte nacionalismo ao eleger, com 70,9% dos votos, a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro(RJ), seu monumento preferido entre os 20 concorrentes. A votação do Universo Online terminou às 21h45 desta sexta-feira (06/07). A contagem oficial de votos começou às 21h (horário de Brasília).

No total, a enquete contou com 9.379 votos. Em segundo lugar, ficou a Acrópole de Atenas, na Grécia, que registrou 5,03% dos votos (quase 65% a menos do que o primeiro colocado). Em seguida veio o Coliseu, em Roma, na Itália, com 4,22% da preferência, e, em quarto lugar, o Taj Mahal, na Índia (3,84%).

Quem tirou o quinto lugar foram as ruínas de Machu Picchu (2,71%), no Peru, e depois o castelo de Neuschwanstein (2,14%), na baviera alemã. A Muralha da China ganhou o sétimo lugar (1,61%).

Já a Torre Eiffel, em Paris, conseguiu alcançar a oitava posição (1,62%). As ruínas de Stonehenge, na Inglaterra, ficaram em 9º lugar (1,07%); os moais da Ilha de Páscoa, no Chile, em 10º (0,82%); as ruínas de Chichen Itza, no México, em 11º (0,81%); as ruínas de Petra, na Jordânia, em 11º (0,78%); a Alhambra, em Granada, na Espanha, em 13º (0,77%) e a Igreja de Santa Sofia, em Istambul, na Turquia, em 14º (0,68%).

Os últimos sete lugares foram para o Templo Angkor Wat, no Camboja, com (0,64%); a Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos, com (0,58%); a Ópera de Sydney (0,45%), na Austrália; o Kremlim (0,43%), na Rússia; as pirâmides de Gizé (0,37%), no Egito; o Templo Kyomizu-dera (0,29%) e, por fim, o Timbuktu, no Mali, com 0,26% dos votos.

As sete novas maravilhas do mundo, posto ao qual o Cristo Redentor concorre com outras 19 localidades, serão anunciadas neste sábado (07/07), às 19h30 (horário de Lisboa), em um processo que mobilizou mais de 70 milhões de pessoas. No site oficial, não era possível votar na 21ª candidata, as pirâmides de Gizé, considerada pela organização "maravilha honorária", porque já fazia parte das sete maravilhas do Mundo Antigo.

A Fundação New Seven Wonders divulgou no dia 7 de junho deste ano a lista dos dez mais votados, que incluem, por ordem alfabética, a Acrópole, Chichen Itzá, o Coliseu, o Cristo Redentor, as Estátuas da Ilha de Páscoa, a Grande Muralha da China, Machu Picchu, a cidade de Petra (Jordânia), o Taj Mahal e a Torre Eiffel.

A cerimônia será apresentada por sete personalidades do mundo do cinema, da política e do esporte, como o astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, e o jogador português Cristiano Ronaldo, além dos atores Hilary Swank e Ben Kingsley.

Polêmica

As 21 localidades foram selecionadas em janeiro de 2006 entre 77 sítios por um júri integrado por arquitetos famosos e pelo ex-diretor-geral da Unesco Federico Mayor.

A campanha para designar as sete maravilhas do mundo moderno foi organizada pelo viajante e cineasta suíço Bernard Weber, que disse ter sido motivado a defender a preservação do patrimônio histórico após a destruição dos Budas gigantes de Bamiyan pelos talibãs, em 2001.

Em junho, a Unesco tratou de se desvincular da campanha para escolher novas sete maravilhas.

"Diante do risco de que se produza uma confusão prejudicial, a Unesco deseja reafirmar que não existe qualquer relação entre o programa dedicado a proteger o patrimônio mundial e a atual campanha relativa às 'Sete Novas Maravilhas do Mundo'", declarou a agência em comunicado, enfatizando que, "apesar de ter sido convidada a apoiar essa iniciativa em reiteradas ocasiões desde seu lançamento, a Unesco decidiu não colaborar com o sr. Weber neste projeto".

Esta iniciativa, que quer recriar a popularidade das Sete Maravilhas da Antiguidade, também tem seus detratores.

"Esta campanha não é nem democrática nem científica", denunciou Nicole Bolomey, uma especialista da Unesco que trabalha na Índia.

Segundo ela, a atenção se centrou em um pequeno número de monumentos já muito célebres, o que desviou a atenção de locais que estão em perigo, o que é uma atitude oposta ao que serve de guia para Unesco definir o patrimônio da humanidade.

"O Taj Mahal não corre o perigo de ser derrubado amanhã, enquanto muitos locais na Índia estão em perigo", explicou.

Em maio, a Academia Chinesa da Grande Muralha pediu aos chineses que votassem em massa pelo monumento nacional. No Brasil, a campanha em favor do Cristo Redentor é intensa e ocupa amplo espaço nos meios de comunicação.

Já no Camboja, as pessoas ligadas ao meio cultural duvidam que os templos de Angkor estejam entre os vencedores. Poucos cambojanos têm acesso a internet e mesmo que todo o povo cambojano votasse, isto não seria suficiente, afirma.

O diretor do departamento de antigüidades egípcias, Zahi Hawass, qualificou o concurso de "operação publicitária". As pirâmides egípcias de Gizé - a única das maravilhas antigas que resistiu ao tempo - foram declaradas "fora de concurso" --já haviam sido nomeadas "maravilha do mundo de forma honorária" pelos organizadores.

Veja a lista dos 21 monumentos pré-selecionados:

1. Acrópole, em Atenas, na Grécia

2. Alhambra, em Granada, na Espanha

3. Templo de Angkor, no Camboja

4. Ruínas de Chichen Itza, em Yucatán, no México

5. Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, Brasil

6. Coliseu, em Roma

7. Moais da ilha de Páscoa, no Chile

8. Torre Eiffel, em Paris, na França

9. Grande Muralha da China

10. Igreja de Santa Sophia, em Istambul, na Turquia

11. Templo de Kyomizu, em Kyoto, no Japão

12. Kremlin, em Moscou, na Rússia

13. Ruínas de Machu Picchu, em Cuzco, no Peru

14. Castelo de Neuschwanstein, em Füssen, na Alemanha

15. Ruínas de Petra, na Jordânia

16. Pirâmides de Gizé, no Egito

17. Estátua da Liberdade, em Nova York, nos EUA

18. Stonehenge, em Amesbury, na Inglaterra

19. Ópera de Sydney, na Austrália

20. Taj Mahal, em Agra, na Índia

21. Timbuktu, em Mali

Com informações da AFP, Reuters e EFE
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