Com o objetivo de celebrar a identidade afro-brasileira em 2007, o festival de inverno de Ouro Preto e Mariana (Fórum das Artes) oferecerá 68 oficinas e atrações de peso da música, cinema, teatro e artes plásticas do país, de 8 a 29 de julho. O evento é gratuito e este ano homenageará o escravo Chico Rei, que, de acordo com a lenda, teria trabalhado para comprar sua alforria e a de centenas de escravos daquela região de Minas Gerais.
A programação musical começa a partir do dia 14 de julho, com a apresentação do Teatro Mágico, em Ouro Preto. Entre os shows, destacam-se os grupos Cordel do Fogo Encantado (21/07, em Ouro Preto), A Barca (20/07, em Ouro Preto), Cidade Negra (16/07, em Mariana), além de BNegão e os Seletores de Freqüência (20/07, em Ouro Preto), Berimbrown (em Mariana, no dia 21/07, e em Ouro Preto, no dia 22/07), Farofa Carioca (28/07, em Ouro Preto), Marcus Viana e a Orkestra Transfônica (22/07, em Mariana), Orquestra Tabajara (dia 27/07, em Ouro Preto, e dia 28/07, em Mariana) e Sandra de Sá, no último dia do evento, em Ouro Preto.
Para os interessados em teatro, o solo "Primeiro Amor" é o espetáculo que inaugura as apresentações da área, com estréia no dia 14, em Ouro Preto. A peça rendeu o Prêmio Shell 2006 - SP de melhor ator para Marat Descartes. O grupo Giramundo mostrará o "O auto das pastorinhas" (15/07, em Ouro Preto), e a atriz Clarice Niskier, vencedora do Prêmio Shell 2006 - RJ, apresentará o solo "A alma imoral" (17/07, em Ouro Preto). O Grupo Galpão fará "Pequenos Milagres", em duas apresentações no dia 19, em Ouro Preto. O grupo Moitará, um dos mais importantes grupos de teatro de máscara do país, se apresenta em Ouro Preto no dia 23, com a peça "Quiprocó". Segundo a organização do festival, também está confirmada a apresentação do Pia Fraus, um dos mais conceituados grupos de teatro de bonecos do país, com o espetáculo "100 Shakespeare" (data a confirmar).
Já área cinematográfica, películas africanas serão exibidas em duas mostras. De acordo com a assessoria de imprensa do festival, uma delas é sobre o cineasta Jean Rouch, que produziu documentários em solo africano. No total, o Cine Vila Rica, em Ouro Preto, exibirá seis filmes. Ainda de acordo com a assessoria do evento, a outra mostra "deverá apresentar o que há de mais recente na produção cinematográfica da África, entre documentários e filmes de ficção".
Artes PlásticasNas artes plásticas, a organização do evento destaca a exposição "ressonâncias@rtesnegr (as)", que terá a curadoria do artista plástico Antônio Sérgio Moreira, e reunirá trabalhos de escultura, fotografia, vídeo, objeto, performance e instalação, do dia 8 ao 29.
Em Mariana, no Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, a partir do dia 9, acontece a exposição coletiva "Prato Feito", na qual vários artistas locais irão expor o resultado da experiência de fazer arte em pratos de cerâmica. No mesmo espaço, será realizada a exposição coletiva de serigrafia "Mariana palavra - imagem - memória", de 20 a 29 de julho. De 14 a 29, a Câmara Municipal de Mariana receberá a exposição "Diáspora Negra: resistência e ousadia".
O artista mineiro Guilherme Mansur ainda exibirá a exposição "Bandeiras: Territórios Imaginários", que será realizada durante todo o festival. No dia 10, o artista Jorge dos Anjos abre a exposição de esculturas em madeira e ferro no Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).
As gravuras também terão espaço no evento com a exposição da artista plástica Rosana Paulino, na Fundação de Arte de Ouro Preto, de 12 de julho a 5 de agosto.
OficinasNo total, 400 vagas serão distribuídas entre as oficinas de literatura, artes plásticas, artes visuais, artes cênicas, música, patrimônio e infanto-juvenil. A novidade este ano é que iniciantes (pessoas sem experiência no ramo) poderão participar das oficinas.
No campo das artes cênicas, destacam-se "Dança e Perfomance Afro-brasileira", "Manipulação de bonecos" e "Maquiagem de Época".
Quem preferir literatura, além das oficinas, poderá participar do "Seminário de Tradução, Vanguarda e Modernismos".
Segundo a organização do festival, o curador da área de música, Chiquinho de Assis, irá trazer o som dos tambores e das choromelas, que desfilarão pelas ladeiras e ruelas das cidades. Com oficinas de percussão, canto, dança e ritmos africanos, a área se volta também para a produção técnica com o tema "Produção, gravação e edição" e o "3º Encontro de Musicologia Histórica e Etnomusicologia".
A área de patrimônio oferecerá duas oficinas de gastronomia, uma de conservação de livros, além do seminário "Raça e Identidade: Diálogos pela igualdade".
A curadoria infanto-juvenil destinará trabalhos ao mundo circense, na oficina "Curto-Circuito", do Grupo Trampulim, e em oficinas de dança, quadrinhos e criatividade.
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