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13/06/2007 - 21h00

Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana reunirá 68 oficinas e shows de Cordel do Fogo Encantado, BNegão e Teatro Mágico

Da Redação

Flavio Florido/Folha Imagem

Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado, que se apresenta dia 21 de julho, em Ouro Preto

Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado, que se apresenta dia 21 de julho, em Ouro Preto

Com o objetivo de celebrar a identidade afro-brasileira em 2007, o festival de inverno de Ouro Preto e Mariana (Fórum das Artes) oferecerá 68 oficinas e atrações de peso da música, cinema, teatro e artes plásticas do país, de 8 a 29 de julho. O evento é gratuito e este ano homenageará o escravo Chico Rei, que, de acordo com a lenda, teria trabalhado para comprar sua alforria e a de centenas de escravos daquela região de Minas Gerais.

A programação musical começa a partir do dia 14 de julho, com a apresentação do Teatro Mágico, em Ouro Preto. Entre os shows, destacam-se os grupos Cordel do Fogo Encantado (21/07, em Ouro Preto), A Barca (20/07, em Ouro Preto), Cidade Negra (16/07, em Mariana), além de BNegão e os Seletores de Freqüência (20/07, em Ouro Preto), Berimbrown (em Mariana, no dia 21/07, e em Ouro Preto, no dia 22/07), Farofa Carioca (28/07, em Ouro Preto), Marcus Viana e a Orkestra Transfônica (22/07, em Mariana), Orquestra Tabajara (dia 27/07, em Ouro Preto, e dia 28/07, em Mariana) e Sandra de Sá, no último dia do evento, em Ouro Preto.

Para os interessados em teatro, o solo "Primeiro Amor" é o espetáculo que inaugura as apresentações da área, com estréia no dia 14, em Ouro Preto. A peça rendeu o Prêmio Shell 2006 - SP de melhor ator para Marat Descartes. O grupo Giramundo mostrará o "O auto das pastorinhas" (15/07, em Ouro Preto), e a atriz Clarice Niskier, vencedora do Prêmio Shell 2006 - RJ, apresentará o solo "A alma imoral" (17/07, em Ouro Preto). O Grupo Galpão fará "Pequenos Milagres", em duas apresentações no dia 19, em Ouro Preto. O grupo Moitará, um dos mais importantes grupos de teatro de máscara do país, se apresenta em Ouro Preto no dia 23, com a peça "Quiprocó". Segundo a organização do festival, também está confirmada a apresentação do Pia Fraus, um dos mais conceituados grupos de teatro de bonecos do país, com o espetáculo "100 Shakespeare" (data a confirmar).

Já área cinematográfica, películas africanas serão exibidas em duas mostras. De acordo com a assessoria de imprensa do festival, uma delas é sobre o cineasta Jean Rouch, que produziu documentários em solo africano. No total, o Cine Vila Rica, em Ouro Preto, exibirá seis filmes. Ainda de acordo com a assessoria do evento, a outra mostra "deverá apresentar o que há de mais recente na produção cinematográfica da África, entre documentários e filmes de ficção".

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, a organização do evento destaca a exposição "ressonâncias@rtesnegr (as)", que terá a curadoria do artista plástico Antônio Sérgio Moreira, e reunirá trabalhos de escultura, fotografia, vídeo, objeto, performance e instalação, do dia 8 ao 29.

Em Mariana, no Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, a partir do dia 9, acontece a exposição coletiva "Prato Feito", na qual vários artistas locais irão expor o resultado da experiência de fazer arte em pratos de cerâmica. No mesmo espaço, será realizada a exposição coletiva de serigrafia "Mariana palavra - imagem - memória", de 20 a 29 de julho. De 14 a 29, a Câmara Municipal de Mariana receberá a exposição "Diáspora Negra: resistência e ousadia".

O artista mineiro Guilherme Mansur ainda exibirá a exposição "Bandeiras: Territórios Imaginários", que será realizada durante todo o festival. No dia 10, o artista Jorge dos Anjos abre a exposição de esculturas em madeira e ferro no Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

As gravuras também terão espaço no evento com a exposição da artista plástica Rosana Paulino, na Fundação de Arte de Ouro Preto, de 12 de julho a 5 de agosto.

Oficinas

No total, 400 vagas serão distribuídas entre as oficinas de literatura, artes plásticas, artes visuais, artes cênicas, música, patrimônio e infanto-juvenil. A novidade este ano é que iniciantes (pessoas sem experiência no ramo) poderão participar das oficinas.

No campo das artes cênicas, destacam-se "Dança e Perfomance Afro-brasileira", "Manipulação de bonecos" e "Maquiagem de Época".

Quem preferir literatura, além das oficinas, poderá participar do "Seminário de Tradução, Vanguarda e Modernismos".

Segundo a organização do festival, o curador da área de música, Chiquinho de Assis, irá trazer o som dos tambores e das choromelas, que desfilarão pelas ladeiras e ruelas das cidades. Com oficinas de percussão, canto, dança e ritmos africanos, a área se volta também para a produção técnica com o tema "Produção, gravação e edição" e o "3º Encontro de Musicologia Histórica e Etnomusicologia".

A área de patrimônio oferecerá duas oficinas de gastronomia, uma de conservação de livros, além do seminário "Raça e Identidade: Diálogos pela igualdade".

A curadoria infanto-juvenil destinará trabalhos ao mundo circense, na oficina "Curto-Circuito", do Grupo Trampulim, e em oficinas de dança, quadrinhos e criatividade.
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