UOL Viagem

28/08/2006 - 22h56

Mexicom Brasil: as águas azuis do lago Atitlán em San Marco

ANDERSON ESTAVSKI
Colaboração para o UOL

Anderson Estavski

Vista do vulcão San Pedro

Vista do vulcão San Pedro

Era finalmente segunda-feira em Xela. O que significava bancos abertos e o fim da pendura do fim de semana. Na Guatemala, não existem casas de câmbio e praticamente nada funciona aos domingos. Com alguns Quetzales no bolso pudemos seguir caminho. O nosso próximo destino seria San Marco La Laguna, místico vilarejo do lago Atitlán.

De volta à pan-americana dirigimos até o km 148, onde iniciamos o trajeto que nos levaria a um dos treze pequenos povoados às margens do lago. Logo após a saída da grande carreteira nos deparamos com uma estreita e sinuosa estrada em declive entre montanhas e vulcões. Atitlán está em um nível bem mais baixo do que a estrada principal e é rodeado por três vulcões: o San Pedro, o Toliman e o Atitlán.

O dia era de neblina e chuva, mas no percurso era difícil definir o que nos surpreendia mais, a natureza a nossa volta, a velocidade que o chichen bus a nossa traseira fazia as curvas, o cheiro de pneu queimado pelas constantes e necessárias freadas ou a força com que crianças, adultos e velhinhos indígenas, vestidos em seu típico traje, faziam ao carregar montanha abaixo, pesadas trouxas de lenha nas costas, curiosamente presas na cabeça como suporte. Essa última cena era, infelizmente, o retrato da condição do indígena na Guatemala, o de uma vida difícil e sofrida.

A chegada no lago Atitlán é deslumbrante. Apesar da chuva, pudemos perceber alguns quilômetros antes de chegar em San Marco a imensidão do lago. A cor azul de suas águas foi uma surpresa guardada para a manhã ensolarada do dia seguinte. Depois de nos perdermos um pouco pelo primeiro povoado indígena que passsmos, achamos nosso caminho até a San Marcos do turista.

Os indígenas não moram a beira das águas, tementes das enchentes na época das chuvas. Diz-se que o lago sobe bastante, levando tudo. A área destinada ao turista, entretanto, está exatamente situada às margens do lago.

Por um pequeno caminho na natureza e ainda debaixo de forte chuva, encontramos um adorável hotel entre as inúmeras árvores, que nos ofereceu três camas em uma pequena casa de madeira bem parecida com as da Branca de Neve do Walt Disney, além de aulas de yoga ministradas por uma brasileira e as facilidades de uma sauna maia.

Fomos checar o que seria a sauna maia. Tratava-se de uma construção pequena em forma de uma casa bem baixa, com uma porta de entrada tão pequena que um adulto tem que se encolher todo pra passar. Curiosamente, apesar do tamanho por fora, por dentro a sauna é confortável e o aroma de ervas, agradável.

San Marco é um pequeno e calmo vilarejo. As poucas construções existentes localizadas perto do lago e em meio às árvores, são pequenos hotéis, na sua maioria de propriedade estrangeira. Nesses lugares, são oferecidos, além da hospedagem, cursos de meditação, aulas de yoga, jogo de tarô, massagens de todos os tipos e a sauna Maia. A mais mística das pousadas oferece até cabanas na forma de pirâmides e curso de um mês de meditação lunar.

As águas do lago são limpas e se pode nadar. O visual é o da água azul do lago e dos vulcões a sua volta. Os povoados são interligados pela estrada que chegamos, mas é bem mais interessante cruzar a lagoa de barco de um vilarejo para outro. As embarcações são baratas e funcionam ate às 5 da tarde. Nossos dias neste centro holístico foram de descanso e contato com a natureza.

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