A expectativa era grande, afinal estávamos indo para o lugar que era considerado um dos melhores do mundo para mergulhar. Do ferry, que cruza do continente para a ilha, vendo a cor do mar, já dava para ter uma idéia do que nos aguardava na ilha.
Mas logo nossa chegada, deu para perceber que algo estava errado. O terminal marítimo onde atracamos, e de onde chegam e saem muitos dos barcos e navios, inclusive transatlânticos, não condizia com a infra-estrutura que um destino turístico daquele porte deveria ter.
Desembarcamos no lugar e, aos poucos, nos demos conta através das conversas com nativos e da observação atenta, de o quanto Cozumel havia sido afetado pela na passagem do furacão Wilma em 2005. A praia foi a mais atingida e, apesar de todos os esforços na reconstrução, as marcas deixadas pelo furacão ainda estão por todas as partes.
Cozumel têm dois lados bem distintos. O voltado para o continente, onde se localiza a vila, tem um centro de compras focado basicamente nos turistas norte-americanos, que desembarcam aos milhares dos navios de cruzeiro, para comprar diamantes e outras pedras preciosas. Sim! Na ilha há muitas lojas de diamantes e jóias que contrastam, e muito, com a realidade da população local, ainda mais depois da passagem do Wilma. Este é o lado da ilha que tem os melhores "points" de mergulho.
O lado voltado para mar aberto é bem diferente, podendo beirar até o alternativo. Suas praias são desertas, com ondas em algumas, mas nada de especial. Aqui a cara do Caribe aparece um pouco mais, com a comida, música e o jeito das pessoas viverem, sendo um contra ponto ao lado oposto que é mais turístico.
A cor da água que banha a ilha impressiona pela tonalidade de azul e sua transparência. Mas na hora do mergulho, tivemos uma grande decepção. Depois da passagem do furacão, a atividade de mergulho ficou bem prejudicada, pois a maior parte da barreira de corais que cercava a ilha foi destruída, e quase não há mais o que ver de vida submarina. Vimos apenas alguns peixes no pouco de coral que restou, mas parecia que estávamos num deserto submerso.
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