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Museu Rodin, em Paris, reabre suas portas após três anos de reforma

Catherine Chevillot, diretora do museu Rodin, junto da escultura "O Pensador", uma das mais famosas do escultor francês  - Philippe Wojazer/Reuters
Catherine Chevillot, diretora do museu Rodin, junto da escultura "O Pensador", uma das mais famosas do escultor francês Imagem: Philippe Wojazer/Reuters

De Paris

13/11/2015 12h13

O célebre Museu Rodin, localizado na capital francesa, reabriu suas portas na quinta-feira (12), após três anos de intensa restauração, que custou mais de 16 milhões de euros.   

"Estamos em um lugar magnífico, renovado de modo majestoso. Em um mundo cheio de dúvidas, há mais do que nunca a necessidade de cultura. Mas, para realmente vivê-la, ela deve ser aproveitada por um grande número de pessoas", afirmou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, durante a reinauguração. "Em uma sociedade onde o virtual não tem mais limites, a obra de Rodin nos devolve o significado artístico da matéria", completou o premier.

O museu era um dos 10 mais visitados na França. A diretora do local, Catherine Chevillot, explicou que a residência do escultor entre 1893 e 1917 "estava em um estado muito preocupante, o piso, as paredes e os tetos davam sinais alarmantes de fadiga".   

A estrutura datada de 1730, que se transformou em museu apenas em 1919, era um ponto obrigatório para os turistas mais exigentes e refinados e contava com uma média de 700 mil visitas por ano.   

"Além das fortes intervenções na estrutura, trabalhamos de modo profundo na apresentação das obras. O trajeto de 18 salas está mais fluido e o visitante terá, sem dúvidas, uma visão mais completa para refletir sobre o artista", explicou a diretora, ressaltando que foram realocados mais de 500 trabalhos.

"Não se trata de uma revolução, mas sim de um renascimento", completou Chevillot. Dos 16 milhões de euros investidos na restauração, 51% foram cedidos pelo Estado francês, e o restante, pelo próprio Musée Rodin, o único museu nacional do país a autofinanciar atividades e salários.   

Já entre as principais mudanças no interior do local, está uma iluminação em LED, um mobiliário "inspirado nos instrumentos de um ateliê" e a cor das paredes, que passou de branco para cinza, o que impede que os "mármores desapareçam e os bronzes fiquem contra a luz".