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Companhias aéreas dos EUA proíbem voos com animais de caça

O norte-americano Walter James Palmer (esq.) foi reconhecido como o responsavel pela morte do leão Cecil - Reprodução/trophyhuntamerica
O norte-americano Walter James Palmer (esq.) foi reconhecido como o responsavel pela morte do leão Cecil Imagem: Reprodução/trophyhuntamerica

De São Paulo

04/08/2015 16h05

As maiores companhias aéreas norte-americanas  anunciaram nesta terça-feira (4) que proibiram o embarque de "troféus de caça" em seus voos. Em nota, Delta Airlines, United Airlines e American Airlines destacaram que está proibido o envio de animais do grupo chamado "os cinco grandes": leões, leopardos, elefantes, búfalos e rinocerontes. Segundo a Delta, a única que tem voo direto entre os EUA e Johanesburgo, também está em estudo a proibição do embarque de outros tipos de animais silvestres.   

A medida foi tomada após a grande polêmica envolvendo a morte do leão Cecil, no Zimbábue, pelo dentista norte-americano Walter James Palmer. O bicho era considerado um símbolo do país africano e era alvo de estudo há 11 anos da Universidade de Oxford. Apesar da polêmica morte em julho, outras empresas que fazem o transporte intercontinental já proibiam o embarque desses "troféus". Em junho, a Lufthansa Cargo vetou o transporte deste tipo de animal, enquanto a Emirates SkyCargo realizou a proibição em maio.   

Apesar da maior parte desses "prêmios" serem enviados por navios, o banimento deve afetar milhares de pessoas que praticam a caça como esporte. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos também está investigando as ações de Palmer no Zimbábue para saber se ele participava de uma rede internacional de tráfico de animais. Já o governo africano aguarda resposta para um pedido de extradição do dentista.