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Sem motéis? Há quem recorra de bunker a parque para transar pelo mundo

Nem todo país tem motel. Então, tem gente que usa a criatividade para transar pelo mundo - iStock
Nem todo país tem motel. Então, tem gente que usa a criatividade para transar pelo mundo Imagem: iStock

Marcel Vincenti

Colaboração para o UOL

25/04/2019 04h00

Não é incomum que, ao visitar o Brasil, estrangeiros se surpreendam com a presença de motéis ao longo de rodovias do país. Nas margens das estradas das nações de muitos destes viajantes não há estabelecimentos que cobram a estadia por hora e cuja principal função é a de receber hóspedes em busca de interação sexual.

Mas, ao redor do mundo, o brasileiro também pode conhecer países onde existem lugares bem peculiares para uma transa (e que são frequentados por parte da população nativa). A seguir, conheça alguns destes locais.

Bunkers (Albânia)

Bunker no litoral da Albânia - Sergii Zysk/Getty Images/iStockphoto - Sergii Zysk/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Sergii Zysk/Getty Images/iStockphoto

Na época em que foi líder máximo da Albânia, no século 20, o socialista Enver Hoxha mandou erguer milhares de pequenos bunkers ao longo do país, com o objetivo de ajudar a proteger sua nação no caso de um ataque armado realizado por alguma potência inimiga (situação que nunca ocorreu).

São estruturas de cimento parcialmente subterrâneas que, hoje, ainda marcam as paisagens de praças, calçadas, montanhas e até praias do território albanês.

E, com a ameaça de um bombardeio ou invasão terrestre longe do horizonte, os bunkers teriam adquirido outra função: reza a história, comentada em muitos cantos do país, que estes abrigos fortificados são usados para encontros sexuais de jovens que ainda moram com os pais e que não têm outros locais para transar. Dizem ainda que muitos albaneses perderam a virgindade dentro destes remanescentes da Guerra Fria.

"Picaderos" (Espanha)

Cidade de Madri, na Espanha - RudyBalasko/Getty Images/iStockphoto - RudyBalasko/Getty Images/iStockphoto
Imagem: RudyBalasko/Getty Images/iStockphoto

Na Espanha, o termo "picadero" se refere a um local (geralmente público) que propicia condições favoráveis para um encontro sexual às escondidas (ou, às vezes, nem tão escondido assim).

E, na internet, há um site chamado mispicaderos.com que reúne milhares de dicas sobre os melhores "picaderos" do território ibérico. Há de tudo por lá: só a cidade de Madri e seus arredores (na foto) tem mais de 1.300 "picaderos" listados (todas as sugestões são dadas pelos próprios usuários do site).

Um internauta, por exemplo, indica uma estrada que existe atrás do cemitério de Pozuelo de Alarcón, "onde dá para estacionar o carro e não há uma viva alma". Outro recomenda "o parque Ciudad de Mayari à noite" e tem até um usuário que sugere um dos banheiros do museu Reina Sofía, um dos principais centros de exposição de obras de arte da Espanha, para um encontro sexual.

Mas lembre-se: fazer sexo em grande parte dos lugares indicados é proibido.

"Ninhos do amor" (Laos)

Vilarejo akha, no Laos - aronaze/Getty Images/iStockphoto - aronaze/Getty Images/iStockphoto
Imagem: aronaze/Getty Images/iStockphoto

Fazer uma trilha pela floresta da Área de Proteção Nacional Nam Ha, no Laos, é uma das experiências mais autênticas que qualquer turista pode ter na Ásia.

Durante a caminhada no meio da selva, que chega a durar mais de uma semana, os viajantes visitam tribos habitadas por diferentes minorias étnicas que vivem no território laociano, cada uma com costumes, idiomas e superstições extremamente únicos.

Os akha são uma destas populações: em seus rústicos vilarejos no meio da mata (na foto) ainda existem xamãs e rituais que envolvem sacrifícios de animais. As mulheres, por sua vez, costumam exibir vestimentas fotogênicas, como chapéus ornamentados por moedas de prata, lantejoulas de alumínio e coloridos fios de lã.

E um detalhe curioso: em alguns vilarejos akha, aparecem no horizonte pequenas casas de bambu sustentadas por postes de madeira a aproximadamente dois metros do solo. Segundo um dos guias que conduzem passeios turísticos pela região, estas construções (às quais ele se refere como "love nests", ou ninhos de amor) são usadas exclusivamente para o primeiro encontro sexual de muitos jovens da tribo (tudo com o consentimento dos pais).

Banheiros de hostels (no mundo inteiro)

Sexo e pegação no banheiro - RuslanDashinsky/Getty Images - RuslanDashinsky/Getty Images
Imagem: RuslanDashinsky/Getty Images

Hostels são estabelecimentos que hospedam viajantes em quartos compartilhados, onde chegam a dormir, ao mesmo tempo, e geralmente em beliches, mais de uma dezena de pessoas de ambos os sexos.

E o que acontece quando, no meio desta estadia coletiva, dois (ou mais) hóspedes têm vontade de transar?

Há gente que acaba usando, geralmente no meio da madrugada, os banheiros dos hostels como solução para o impasse.

O problema é que muitos destes espaços também são de uso coletivo, com diversas privadas e chuveiros separados em compartimentos (parecido com o que ocorre em banheiros de clubes). Ou seja, provavelmente alguém vai entrar no banheiro enquanto você estiver na pegação.

Hotel do Amor (França)

A "Suíte Infernal" é um dos espaços mais inusitados do Hotel do Amor de Paris, na França - Divulgação/Love Hotel à Paris - Divulgação/Love Hotel à Paris
Imagem: Divulgação/Love Hotel à Paris

A capital francesa abriga um estabelecimento chamado Love Hotel à Paris, que oferece quartos com decorações extremamente únicas e inusitadas para clientes em busca de encontros tórridos e, ao mesmo tempo, criativos.

Um dos espaços mais chamativos é a "Suite Infernale" (na foto), com as paredes vermelhas cheias de imagens de chamas, esqueletos pegando fogo e até um pentagrama. E os ocupantes ainda podem alugar uma roupinha de diabo para apimentar o sexo.

Outro quarto se chama "A Cabine do Capitão" e é marcado por paisagens marítimas e uma decoração que busca fazer o cliente sentir que está dentro de um barco. E, no local, também existem acomodações com design inspirado em Veneza, no Kama Sutra e até nos palácios do Oriente Médio.

Uma hora no Love Hotel à Paris custa a partir de 25 euros.

Hotéis do Amor (Japão)

Love Hotels em Tóquio, no Japão - aluxum/Getty Images - aluxum/Getty Images
Imagem: aluxum/Getty Images

O Japão é um país onde os turistas também se deparam com "love hotels" (e em bem maior número do que na França).

Em cidades como Tóquio e Osaka, por exemplo, é possível encontrar diversas opções de "hotéis do amor", muitos deles com quartos donos de decorações que têm tudo para surpreender os estrangeiros.

São locais desenhados para satisfazer as mais profundas fantasias dos clientes: no meio destes "love hotels", é possível encontrar um quarto que simula uma sala de aula (com lousa, carteiras e livros, onde o casal pode brincar de professor e aluno), uma acomodação criada à imagem de um quarto hospitalar e acomodações com camas cercadas por grades, que lembram uma prisão.

Muitos destes estabelecimentos se concentram na famosa região de Shibuya, em Tóquio (na foto).

Mais lugares diferentes

Viajantes admira a paisagem grandiosa do Grand Canyon, nos Estados Unidos - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Há ainda diversos lugares inusitados pelo mundo onde pessoas afirmam haver tido relações sexuais. Em um post realizado em 2015 no famoso site de discussões Reddit, um internauta levantou a questão: "mencionem os lugares mais loucos nos quais vocês fizeram sexo".

No meio das dezenas de respostas citando casos de transas em lugares proibidos, um internauta afirma haver recebido sexo oral na área da Space Mountain, na Disneylândia. Outro diz ter transado dentro do zoológico de Toronto, no Canadá. Um turista, por sua vez, conta que fez sexo na beira de um paredão do Grand Canyon (na foto).

E, em 2018, um vídeo de um casal estrangeiro supostamente fazendo sexo sobre uma das Pirâmides de Gizé causou escândalo no Egito. A lei do país árabe proíbe que pessoas subam nas pirâmides. Poder transar lá em cima, então, está fora de questão.