Estranhas ou ofensivas? 7 atrações turísticas de gosto duvidoso pelo mundo
A Fazenda Santa Eufrásia, localizada em Vassouras (RJ), viralizou nas redes sociais nesta semana ao oferecer em suas instalações, que datam do início do século 19, encenações do período da escravidão. Mais do que um passeio estranho, o tour está sendo considerado racista e gerando muita polêmica.
Este não é o único local no mundo que, apesar de menos controversos, oferece passeios de gosto duvidoso. É possível visitar, por exemplo, uma catacumba cheia de ossos, um museu da morte ou uma igreja decorada com ossos humanos. Confira algumas atrações.
"Show de Hitler"
Uma réplica do esconderijo em que Adolf Hitler passou os seus últimos dias --e tirou a própria vida-- foi transformado em um museu particular. Localizado em Berlim, na Alemanha, o local foi construído em um antigo abrigo antiaéreo a cerca de dois quilômetros de onde ficava o bunker original, que foi demolido. Atualmente, existe apenas uma placa indicando sua existência.
A novidade dividiu opiniões. O curador Wieland Giebel diz que o Berlin Story Bunker não está montando um "show de Hitler". No entanto, o Museu de Topografia do Terror, que documenta crimes nazistas, criticou a reprodução como espetáculo.
A capital da França guarda em parte de seus túneis subterrâneos os restos mortais de milhões dos antigos habitantes. As Catacumbas de Paris eram antigas minas de calcário que foram transformadas em locais para sepultamento. Os restos mortais foram sendo levados pouco a pouco para o subsolo entre o final do século 18 e meados do século 19, quando os cemitérios superlotados da cidade foram fechados por questões de saúde pública.
Embora as Catacumbas de Paris estejam abertas ao público, o acesso é limitado a apenas uma pequena parte dos túneis. Desde 1955 é ilegal tentar acessar os trechos proibidos.
Decoração estranha
A menos de 80 km de Praga --e dos milhares de turistas que lotam as ruas da capital da República Tcheca-- se encontra uma pequena cidade que abriga uma das atrações turísticas mais diferentes do país, o Ossuário de Sedlec. Decorada com ossos de mais de 40 mil pessoas, a igreja foi construída no século 15, no meio do cemitério "De Todos os Santos", localizado em um bairro afastado da cidade.
No entanto, a transformação desta simples capela gótica em um dos ossuários mais conhecidos do mundo aconteceu somente quatro séculos mais tarde, em 1870, quando a família da aristocracia tcheca Schwarzenberg contratou o entalhador Frantisek Rindt para ordenar os milhares de ossos depositados no subsolo da construção.
Cara a cara com a morte
Um dos museus mais macabros do mundo fica na cidade de Palermo, na Itália. Conhecido como o museu da morte, está localizado em um convento de capuchinhos e expõe centenas de cadáveres, tanto de monges como de membros da comunidade local.
O corpo mais famoso ali é o da garotinha Rosalia Lombardo, que morreu vítima de pneumonia na década de 1920 e, após ser embalsamada, ficou em excelente estado de preservação até hoje. A impressão é que ela está apenas dormindo. Uma pesquisa descobriu que é tudo culpa da aspirina, técnica usada pelo médico no embalsamento.
Destino macabro
Passear pelos canais do lago de Xochimilco, no México, pode ser como um filme de terror. Não que o lugar seja feio --longe disso. Declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1987, o local é um dos melhores exemplos da engenhosidade do povo Asteca na agricultura. As chinampas são ilhas artificiais construídas para cultivar alimentos em meio às terras alagadas, sendo que algumas seguem em uso.
Até aí, tudo bem. Mas, como em todo filme de terror, tudo vai bem até que algo aterrorizante aparece. É essa a sensação ao chegar à Ilha das Bonecas. Elas estão por todos os cantos: penduradas em árvores, presas às cercas, jogadas pelo chão ou nos cantos de construções abandonadas. Quase sempre descabeladas, sujas, com pedaços faltando, decapitadas. Cabeças de bonecas estão presas em estacas por todos os lados. "O Brinquedo Assassino" é coisa de criança perto dessa ilha.
Selvagem, só que não
A proposta do Zoológico de Luján, na Argentina, de permitir o acesso de visitantes às jaulas de leões e tigres volta e meia é alvo de críticas e denúncias de maus tratos. O zoo, que fica a 70 quilômetros ao oeste de Buenos Aires, tem filas diárias adultos e crianças que esperam para poder acariciar por alguns instantes um dos bichinhos selvagens como se fossem de estimação.
Os donos do Zoológico de Luján garantem que se trata de "animais domesticados" e "não há risco" para quem se aproxima deles. Apesar disso, em 2012, um pônei mordeu uma menina de quatro anos neste zoo. Os ativistas alegam que esse tipo de turismo é degradante para os animais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.