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Estranhas ou ofensivas? 7 atrações turísticas de gosto duvidoso pelo mundo

Do UOL, em São Paulo

08/12/2016 15h50

A Fazenda Santa Eufrásia, localizada em Vassouras (RJ), viralizou nas redes sociais nesta semana ao oferecer em suas instalações, que datam do início do século 19, encenações do período da escravidão. Mais do que um passeio estranho, o tour está sendo considerado racista e gerando muita polêmica.

Este não é o único local no mundo que, apesar de menos controversos, oferece passeios de gosto duvidoso. É possível visitar, por exemplo, uma catacumba cheia de ossos, um museu da morte ou uma igreja decorada com ossos humanos. Confira algumas atrações.

"Show de Hitler"

Museu imita bunker de Hitler - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Uma réplica do esconderijo em que Adolf Hitler passou os seus últimos dias --e tirou a própria vida-- foi transformado em um museu particular. Localizado em Berlim, na Alemanha, o local foi construído em um antigo abrigo antiaéreo a cerca de dois quilômetros de onde ficava o bunker original, que foi demolido. Atualmente, existe apenas uma placa indicando sua existência.

A novidade dividiu opiniões. O curador Wieland Giebel diz que o Berlin Story Bunker não está montando um "show de Hitler". No entanto, o Museu de Topografia do Terror, que documenta crimes nazistas, criticou a reprodução como espetáculo.

Momento eca!
 
Exposição no Museu do Cocô - Reprodução/Facebook/The National Poo Museum - Reprodução/Facebook/The National Poo Museum
Imagem: Reprodução/Facebook/The National Poo Museum
 
Um dos museus mais curiosos que existem no Reino Unido é dedicado ao cocô. Exatamente o que você leu. O National Poo Museum fica na Ilha de Wight e foi criado pelo coletivo artístico Eccleston George. Reúne amostras de material fecal tanto de humanos quanto de animais. 
 
Tudo doado pelo público, zoológico local e ainda pelo museu de dinossauros da ilha. Mas nada de odores: os excrementos são expostos em cilindros de resina, após terem passado por um processo de secagem e preservação.
 
Passeio entre ossos

Catacumbas de Paris - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

A capital da França guarda em parte de seus túneis subterrâneos os restos mortais de milhões dos antigos habitantes. As Catacumbas de Paris eram antigas minas de calcário que foram transformadas em locais para sepultamento. Os restos mortais foram sendo levados pouco a pouco para o subsolo entre o final do século 18 e meados do século 19, quando os cemitérios superlotados da cidade foram fechados por questões de saúde pública.

Embora as Catacumbas de Paris estejam abertas ao público, o acesso é limitado a apenas uma pequena parte dos túneis. Desde 1955 é ilegal tentar acessar os trechos proibidos.

Decoração estranha

A menos de 80 km da cidade de Praga existe uma pequena cidade que abriga uma das atrações turísticas mais interessantes da República Tcheca, o Ossuário de Sedlec. Decorada com ossos de mais de 40 mil pessoas, a igreja foi construída no século 15 no meio do cemitério "De Todos os Santos" - Marina Vergueiro/UOL - Marina Vergueiro/UOL
Imagem: Marina Vergueiro/UOL

A menos de 80 km de Praga --e dos milhares de turistas que lotam as ruas da capital da República Tcheca-- se encontra uma pequena cidade que abriga uma das atrações turísticas mais diferentes do país, o Ossuário de Sedlec. Decorada com ossos de mais de 40 mil pessoas, a igreja foi construída no século 15, no meio do cemitério "De Todos os Santos", localizado em um bairro afastado da cidade.

No entanto, a transformação desta simples capela gótica em um dos ossuários mais conhecidos do mundo aconteceu somente quatro séculos mais tarde, em 1870, quando a família da aristocracia tcheca Schwarzenberg contratou o entalhador Frantisek Rindt para ordenar os milhares de ossos depositados no subsolo da construção.

Cara a cara com a morte

Museu da morte - Reprodução/www.palermocatacombs.com/ - Reprodução/www.palermocatacombs.com/
Imagem: Reprodução/www.palermocatacombs.com/

Um dos museus mais macabros do mundo fica na cidade de Palermo, na Itália. Conhecido como o museu da morte, está localizado em um convento de capuchinhos e expõe centenas de cadáveres, tanto de monges como de membros da comunidade local.

O corpo mais famoso ali é o da garotinha Rosalia Lombardo, que morreu vítima de pneumonia na década de 1920 e, após ser embalsamada, ficou em excelente estado de preservação até hoje. A impressão é que ela está apenas dormindo. Uma pesquisa descobriu que é tudo culpa da aspirina, técnica usada pelo médico no embalsamento.

Destino macabro

Ilha fica no lago de Xochimilco, 30 km ao sul da Cidade do México - Creative Commons/caliopedreams - Creative Commons/caliopedreams
Imagem: Creative Commons/caliopedreams

Passear pelos canais do lago de Xochimilco, no México, pode ser como um filme de terror. Não que o lugar seja feio --longe disso. Declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1987, o local é um dos melhores exemplos da engenhosidade do povo Asteca na agricultura. As chinampas são ilhas artificiais construídas para cultivar alimentos em meio às terras alagadas, sendo que algumas seguem em uso.

Até aí, tudo bem. Mas, como em todo filme de terror, tudo vai bem até que algo aterrorizante aparece. É essa a sensação ao chegar à Ilha das Bonecas. Elas estão por todos os cantos: penduradas em árvores, presas às cercas, jogadas pelo chão ou nos cantos de construções abandonadas. Quase sempre descabeladas, sujas, com pedaços faltando, decapitadas. Cabeças de bonecas estão presas em estacas por todos os lados. "O Brinquedo Assassino" é coisa de criança perto dessa ilha.

Selvagem, só que não

No Zoo de Lujan, na Argentina, os turistas têm contato mais próximos com os animais - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

A proposta do Zoológico de Luján, na Argentina, de permitir o acesso de visitantes às jaulas de leões e tigres volta e meia é alvo de críticas e denúncias de maus tratos. O zoo, que fica a 70 quilômetros ao oeste de Buenos Aires, tem filas diárias adultos e crianças que esperam para poder acariciar por alguns instantes um dos bichinhos selvagens como se fossem de estimação.

Os donos do Zoológico de Luján garantem que se trata de "animais domesticados" e "não há risco" para quem se aproxima deles. Apesar disso, em 2012, um pônei mordeu uma menina de quatro anos neste zoo. Os ativistas alegam que esse tipo de turismo é degradante para os animais.