Armas e réplica de colete-bomba: veja itens barrados em aeroportos dos EUA
Responsável por cuidar da segurança dos sistemas de transportes dos Estados Unidos, a Transportation Security Administration (TSA) acaba de divulgar uma lista impressionante de objetos que foram barrados ou confiscados de passageiros em aeroportos norte-americanos na última semana de outubro.
Além de 65 armas de fogo (55 carregadas com munição), a entidade achou uma réplica de colete-bomba e granadas na bagagem de pessoas que estavam prestes a embarcar em aviões na terra de Donald Trump.
O colete foi encontrado em uma mala que havia sido despachada no balcão de check-in do aeroporto de Richmond, no estado da Virgínia. Junto, havia o que parecia ser duas armas e um manual militar para o uso de dispositivos incendiários.
"Uma equipe de técnicos em explosivos da TSA e a polícia local correram para analisar esses objetos", relata Bruce Anderson, porta-voz da Transportation Security Administration. "Felizmente, constatou-se que todos os itens eram réplicas. O dono da bagagem, porém, logo foi encontrado e interrogado pelo FBI. Ele contou que iria usar as imitações do colete-bomba e das armas em um jogo com seus amigos".
Anderson conta que o homem acabou perdendo seu voo, mas não sofreu nenhum tipo de sanção.
Já as granadas foram achadas, nesta mesma semana de outubro, em duas localidades: uma no aeroporto de Las Vegas e outra no aeroporto de Syracuse, este no estado de Nova York. Ambas estavam na mala de mão de passageiros e, apesar de não terem mais capacidade de explosão, causaram distúrbios nos terminais de embarque. "Era impossível saber se as granadas estavam realmente inoperantes até que especialistas em explosivos as analisassem de perto", informa a TSA. "São procedimentos que podem atrasar o fluxo dos passageiros e até gerar evacuações de pessoas".
A entidade, porém, não informou por que esses passageiros estavam carregando granadas e eles se foram submetidos a algum tipo de punição.
"Esses incidentes servem para lembrar aos passageiros que eles são os responsáveis pelas coisas que trazem para o aeroporto", avisa Anderson. "A TSA pode ajudar a penalizar viajantes que perturbem a segurança do processo de embarque".
Milhares de armas de fogo
A notícia de que, em outubro, a TSA achou 65 armas de fogo com passageiros em aeroportos dos EUA não chega a surpreender. Semanalmente, a entidade barra dezenas destes instrumentos letais em terminais de embarque de todos os cantos do território norte-americano.
Só em 2015, foram encontradas 2.653 armas de fogo em bagagens de mão de passageiros aéreos nos Estados Unidos. As descobertas foram realizadas principalmente no momento em que os viajantes passavam pelo raio-X dos aeroportos, pouco antes do embarque na aeronave, e 83% das armas estavam carregadas com munição. A maioria pertencia a pessoas que têm posse de arma e que alegaram não saber que era proibido entrar com elas no avião.
Nos Estados Unidos, se tiver uma licença, o viajante pode colocar sua arma de fogo descarregada na bagagem despachada no check-in. Embarcar com ela na bagagem de mão é terminantemente proibido. Caso não tenha licença e tente levar o armamento para a aeronave, a pessoa pode ser presa.
Em 2014, uma granada foi encontrada na bagagem de mão de um passageiro no aeroporto de Los Angeles. Equipes de segurança foram chamadas para recolher o explosivo e cinco voos foram atrasados por mais de duas horas por causa do ocorrido, afetando mais de 800 passageiros. O dono do artefato foi preso.
A TSA cuida de 440 aeroportos nos Estados Unidos e, por dia, controla o fluxo de cerca de 2 milhões de passageiros.
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