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"Monstros" e peixes assassinos estão nos melhores destinos de pesca

15/11/2015 12h18

Aquele ditado que manda os estressados irem pescar nem sempre funciona. Ou você acha mesmo que dá para relaxar na busca por um peixe carinhosamente apelidado de "monstro do rio"? Às vezes um dia de pesca pode ser uma aventura, enfrentando animais gigantescos e agressivos. A sorte de quem encarar o desafio é que esses seres aquáticos normalmente vivem em lugares paradisíacos. Conheça os melhores destinos de pesca do mundo de acordo com o site de viagens Lonely Planet.

Os salmões do rio Umba, na Rússia

Pelo menos cinco vezes por ano um grupo dos maiores salmões do Atlântico adentram 123 km da península de Kola, no extremo norte da parte europeia da Rússia, pelas águas do rio Umba, atraindo pescadores do mundo todo, que chegam para disputar os peixes com os ursos da isolada região. O número de salmões, porém, vem caindo a cada ano. Não pelo impacto do turismo, já que é obrigatório devolver o animal para a água depois de pegá-los, mas pela pesca para o consumo da própria população. A região sofreu com altas taxas de desemprego nos últimos anos. A temporada de salmão no rio Umba vai de maio ao final de outubro.

O marlim-preto de Cairns, na Austrália

Um dos maiores desafios de qualquer pescador fica mais fácil nos 250 km de Oceano Pacífico que separam a cidade costeira de Cairns e as ilhas Lizard, na Austrália. O sucesso na tentativa de fisgar o marlim-preto, que chega a pesar 750 kg e nada a uma velocidade de 130 km/h, é maior ali que em todo restante das águas subtropicais dos oceanos Atlântico e Pacífico, habitat da espécie, juntos. Isso sem contar que está no meio da Grande Barreiras de Corais: quando cansar de buscar o peixe gigante, basta colocar um snorkel e admirar os pequenos e coloridos. A temporada de pesca do marlim-preto vai de setembro a dezembro.

Leia mais: http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/fauna-marinha-envolve-e-encanta-turista-na-grande-barreira-de-corais/index.htm

O peixe-gato do sul dos EUA

Essa com certeza é a modalidade de pesca mais assustadora da lista. Afinal, no lugar de vara e anzóis, sua mão é a isca. O "noodling" consiste em enfiar a mão em um buraco escuro dentro dos rios da região sul dos EUA e esperar que o peixe-gato, uma espécie de bagre americano, morda sua mão. Aí é só se atracar com o bicho em uma luta na lama até tirá-lo da água - isso se for realmente um peixe-gato dentro daquele buraco.

A prática é uma tradição dos nativos americanos, passada de geração a geração. Quem quiser encarar o desafio pode buscar por uma das agências de turismo da região que oferecem a atividade. A prática é legal nos estados de Alabama, Arkansas, Geórgia, Illinois, Kansas, Kentucky, Mississipi, Carolina do Norte, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Texas e Wisconsin, de maio a agosto.

A truta gigante do rio Eg-Uur, na Mongólia

Ir até a Mongólia para pescar truta, comum no prato dos brasileiros, parece não fazer muito sentido. Mas, nesse caso, tamanho é documento. Enquanto por aqui esse peixe da família dos salmões, criado em cativeiro, chega a no máximo 2kg e 60cm de comprimento, nos rios do distante país asiático vive a maior espécie de truta do mundo, com até 90kg e 2m. As trutas da espécie taimen são conhecidos como “lobo do rio”, não só pelo tamanho, mas por serem carnívoras. Por isso, para fisgá-las, é preciso usar a técnica "fly fishing", ou pesca com mosca, onde linha e isca simulam o movimento de um inseto no ar antes de cair na água.

Leia mais: http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/na-asia-central-mongolia-oferece-capital-frenetica-e-vastidao-das-estepes/index.htm

As piranhas do rio Amazonas

Se o tamanho não impressiona, a fama sucede as assustadoras piranhas. Com seus dentes em forma de serra, esses peixinhos carnívoros e superagressivos já motivaram até filmes de terror. Mas se você gosta de viver perigosamente, tours guiados partindo de Manaus levam os turistas para fisgar alguns desses peixes. Apesar das histórias, o passeio não é tão perigoso assim: basta deixar os dedos (e todo o resto do corpo) fora da água. Vale evitar também os meses de julho a outubro, quando é temporada de seca no Amazonas e os peixes estão famintos e ainda mais agressivos. 

Leia mais: http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/manaus/

Os camarões de Oostduinkerke, na Bélgica

No litoral da Bélgica, mais precisamente na vila de Oostduinkerke, a pesca é reconhecida como Patrimônio da Humanidade da Unesco. Há 500 anos pescadores adentram o mar da região dos Flandres com seus cavalos, que puxam redes durante a maré baixa em busca de camarões. A prática foi caindo em desuso ao longo do tempo, com técnicas mais modernas de pesca, mas segue viva no pequeno vilarejo. Tornou-se um evento local, atraindo turistas curiosos com a peculiar estratégia. São duas temporadas de pesca por ano, nos meses de fevereiro a maio e de setembro a novembro.

Leia mais: http://viagem.uol.com.br/noticias/viagens-36-horas/2012/05/25/36-horas-em-bruges-belgica.htm

O peixe-tigre-golias na bacia do Rio Congo

Se as piranhas te assustam, imagina aqueles dentes afiados em um bicho de 1,5 metro e até 70 kg, com o simpático apelido de “Monstro do rio”. É o peixe-tigre-golias, que habita a bacia do Rio Congo, na África. Esse agressivo predador costuma pegar pássaros durante o voo e tem histórico de atacar humanos, tornando ainda mais emocionante a difícil batalha para pescar um desses. Excursões são realizadas para garantir toda a segurança dos turistas, sendo mais fácil pegá-los durante a temporada seca, de julho a outubro. Mas vá preparado, já que a perigosa disputa com o “monstro” pode durar o dia todo.

Pesca no gelo em Brainerd, EUA

Você deve conhecer a prática dos filmes ou desenhos animados: pescar por meio de um furo em um lago congelado. Na pequena cidade de Brainerd, no estado de Minnesota, a modalidade é levada a sério. Durante todo o mês de janeiro, quando as águas do lago Gull estão congeladas, acontece o maior festival de pesca sobre o gelo do mundo. A competição dá prêmio de até US$ 150 mil para quem tirar o maior peixe de dentro do buraco. Somente para começar, a organização já deixa 20 mil furos prontos, o suficiente para os cerca de 12 mil participantes.

As lulas da baía Ha Long, no Vietnã

Não faltam motivos para visitar a bela baía de Ha Long, com suas três mil ilhotas e incontáveis praias, grutas e cavernas, sendo considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1993. Mas quem quiser mergulhar na cultura local, pode provar a principal iguaria gastronômica: a linguiça de lula. Mais que isso, pode se aventurar em uma das jornadas para capturar o animal. Nas noites sem lua, pescadores e turistas saem de barco munidos de uma rede presa em um bambu e uma lanterna. As lulas são atraídas pela luz, facilitando a pesca. A temporada vai de abril a janeiro, mas é em outubro e novembro que as maiores são pegas.

Leia mais: http://viagem.uol.com.br/noticias/2012/11/22/mochileiro-das-maravilhas-faz-passeio-de-barco-e-explora-cavernas-de-halong-bay-no-vietna.htm

A truta marrom da Tierra del Fuego, no Chile

As trutas também são atração no fim do mundo. Na Tierra del Fuego, extremo sul do Chile, o mar que circunda o arquipélago é considerado o melhor lugar do mundo para a pesca da truta marrom. A média de peso das trutas lá fisgadas é de 4kg, podendo chegar a até 11kg. Apesar de serem muito numerosas nas águas da região, por lá ninguém quer correr o risco de exterminar um dos maiores orgulhos regionais - tanto que existe uma estátua gigante do peixe na cidade de Rio Grande. É obrigatória a liberação após a captura. A temporada vai de dezembro até meados de abril.