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Quem nunca? Internautas contam micos e perrengues enfrentados em viagens

A Lei de Murphy é justa: ninguém escapa de um contratempo no meio da viagem - Getty Images
A Lei de Murphy é justa: ninguém escapa de um contratempo no meio da viagem Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/09/2015 21h31

Conhecer novos destinos, visitar os parentes que moram em outra cidade, descansar da rotina agitada ou ir em busca de novas aventuras. Motivos para viajar não faltam, mas nem sempre o passeio acontece do jeito que você planejou.

Pode ser desde uma hospedagem que não parece em nada com as fotos que você viu na hora de reservar ou aquele "piriri" durante o trajeto de ônibus. Quem nunca passou um aperto durante uma viagem?

O UOL perguntou em suas páginas do Facebook quais foram os pepinos mais memoráveis que os internautas já encararam. Confira abaixo algumas das histórias que nossos leitores contaram.

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Imagem: Getty Images

Faca no travesseiro
"Eu e um grupo de amigos alugamos uma casa em Boiçucanga para passar o Carnaval. Chegando lá, descobrimos que o imóvel parecia um cativeiro: ficava no meio de um matagal, não tinha portão e, para botar mais medo, a vizinhança avisou que outras casas no bairro já tinham sido assaltadas. Minha amiga ficou tão aterrorizada que dormia com uma faca (sem ponta) debaixo do travesseiro e com o celular pré-discado no 190. Qualquer barulho, era só apertar um botão".
(Enviado por Elaine Kawagoe)

Resgatados pelos Bombeiros
"Fui a Ubatuba em uma excursão, chegando lá colocamos os biquínis e fomos para a praia. Tinha uma montanha bem alta ao nosso lado e resolvemos subir pra ver o mar lá de cima. Quando já estávamos lá no alto, começou a chover e não conseguimos descer. Ficamos o dia todo no topo do morro, até que sentiram nossa falta e chamaram o Corpo de Bombeiros, que tirou a gente de lá usando cordas. Conclusão: fizemos uma viagem de São Paulo até Ubatuba pra ficar no topo de um morro tomando chuva, com fome e sede, e ainda levamos uma baita bronca".
(Enviado por Ivete Mendes)

Acabou a verba
"No Carnaval de 2011 fui passar no interior de Goiás, em São Simão. Eu e meus amigos nos empolgamos demais e no segundo dia a grana acabou. Trocamos nossa barraca por três espetinhos para comer e tivemos que dormir no banheiro, mas deu tudo certo, graças a Deus".
(Enviado por Victor Alves)

Marmita, salada - Getty Images - Getty Images
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Coitado do motorista
"Indo para Aparecida do Norte (SP), meu irmão passou mal e teve um 'piriri'. Ele usou o banheiro do ônibus e, depois, o cheiro no ar era como se tivéssemos um animal morto dentro do veículo. Para disfarçar, meu pai levantou, pegou a marmita do motorista, cheirou e disse: 'Nossa, é isso que está com cheiro ruim'. Então jogou a marmita pela janela! Mas a tática não deu muito certo, porque o cheiro ainda permaneceu ali".
(Enviado por Aline Queiroz)

Trabalho dobrado
"Fui viajar para Vila Velha (ES) de carro, com três crianças pequenas. No meio do caminho das nove horas de estrada que nos aguardavam, eu olho para trás e uma criança tinha vomitado na outra! Agora eu consigo rir, mas na hora dava vontade de chorar! Dei banho neles na pia do banheiro de um restaurante".
(Enviado por Karla Novais)

Dieta da folha
Foi em um campeonato de surf. Para começar, pegamos o ônibus errado. Tivemos que descer na cidade mais próxima e ir andando pela praia até o nosso destino. Isso às 19h e eram mais de duas horas de caminhada com mochila, prancha e barraca. Chegamos a comer folha de seriguela para amenizar a fome. Enfim chegamos, mas o perrengue não parou. Dormimos em barracas durante cinco dias, nos alimentando de biscoito de maizena e leite frio com rapadura. O lado bom é que o nosso amigo que participou do campeonato foi campeão da categoria amadora. Com a grana da premiação almoçamos em um bom restaurante no último dia.
(Enviado por Patrício Mota)

Filhote, cão, husky siberiano - Getty Images - Getty Images
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Ninguém segura esse filhote
"Sempre viajava com minha irmã mais nova, pois éramos atletas em outra cidade. No local em que treinávamos havia um casal vendendo filhotes de husky siberiano. Com a autorização da minha mãe, compramos um . E para trazer ele no ônibus? O colocamos em uma toalha, feito boneca. Ele estava calmo, quase dormindo, e o motorista nem percebeu quando embarcamos.

Na hora que esse cachorro começou a querer brincar, fez xixi em todo o ônibus, fez um cocô enorme no corredor (e como tinha ar-condicionado, imagine o fedor) e todos os passageiros pedindo pra tirar o animal dali. Enquanto minha irmã ficava com ele dentro do banheiro, eu ia limpando tudo para não ter mais confusão. Depois o ônibus parou e o cachorro saiu correndo e todo mundo assustado. O motorista nos olhou com uma cara super nervosa, deu um sermão na gente e disse que só não iria fazer nada porque nos conhecia. O ônibus ficou destruído e mordido".
(Enviado por Fabiana Garcia)

Sequência de trapalhadas
"No ônibus de viagem escorreguei no vômito de uma criança. Logo depois fui ao banheiro com minha mãe e não fechei a porta direito enquanto ela usava. Todo mundo do fundo do ônibus pôde vê-la".
(Enviado por Suuh Cavalcante)

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Entre o bandido e o mosquito
"Fui com a família do meu namorado para Caraguatatuba (SP) passar o Ano-Novo. Teve um arrastão perto da meia-noite, sem falar das muriçocas. Entramos no mar, ficamos cheios de areia, e, para tomar banho ou usar um banheiro, tínhamos que pagar. Como não alugamos quarto de hotel, acabamos "dormindo" os cinco dentro de um carro.

Se abríssemos a janela, as muriçocas atacavam ou poderíamos ser roubados; com a janela fechada, morria todo mundo sufocado. Passei a noite acordada, num calor dos infernos. Ainda passou um garoto e quebrou o retrovisor do carro. Fomos embora cheios de areia pelo corpo. O carro também quebrou no meio do caminho e tivemos que chamar o guincho. Acabamos indo embora de táxi".
(Enviado por Daniela Farias)

Câmera voadora
"Eu e meu marido estávamos em um hotel com uma vista linda e não queríamos perder o amanhecer. Até dormimos com a cortina aberta para poder registrá-lo desde o comecinho. O Luiz levantou bem cedo e decidiu colocar a câmera do lado de fora do vidro, para filmar melhor. Ainda sonolenta na cama, escuto: 'Meu Deus, o que eu fiz?'. O aparelho não tinha fixado bem no vidro e despencou telhado abaixo.

Ele saiu desesperado pelo corredor do hotel, atrás de alguém ou algo que ajudasse. Acabou encontrando uma vassoura, que não era suficiente, pois a câmera estava bem longe da janela. Então ele colocou praticamente o corpo todo para fora da janela e eu fiquei segurando pelos pés. O detalhe é que eu estava grávida de três meses e não podia fazer força. Por fim, o Luiz conseguiu puxar a câmera de volta e todos os nossos dias passeando pelo Chile estavam sãos e salvos. Inclusive o aparelho chegou a registrar parte da queda. Foi tenso, mas no final rimos muito".
(Enviado por Karla Cortez Ortiz)

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Onde embarcar, eis a questão
"Em abril de 2012, estava passeando na Inglaterra e decidi ir de Liverpool a Stratford-Upon-Avon, pois queria a todo custo conhecer a cidade onde nasceu e morreu Willian Shakespeare. Lugar lindo! Na volta, o trem que ia para Liverpool partia em um único e específico horário. Adivinhem? Perdi. Não por ter chegado atrasada, mas por ter olhado e achado que não era. Resolvi perguntar a um funcionário da estação e a resposta foi: 'Era aquele que acabou de sair'.

Já com uma foto do mapa de todas as baldeações possíveis, chego na nova estação, erro o lado e perco o segundo trem. Com a dica de um outro funcionário, peguei um táxi para Birminghan, tentando chegar na estação a tempo do último trem para Liverpool. Desci na estação principal de Birmighan, paguei o tíquete para o trem das 21h37. Chegando à plataforma no horário, cadê o trem? Quando pergunto ao guarda, ele me aponta para o outro lado... consegui perder pela terceira vez!"
(Enviado por Nelita Rocha)

B.O. no aeroporto
"Eu e uma amiga íamos embarcar de Congonhas para Porto Alegre. Quando a Leila passou pelo detector de metais, ele apitou por causa da bota. Nisso, me distraí e não prestei atenção que nossos documentos e cartões de embarque haviam sumido. No desespero total, voltamos para a esteira por onde havíamos passado e começamos a procurar que nem loucas. Perguntamos a várias pessoas e até os funcionários começaram a nos ajudar. Como não encontramos, nos orientaram a fazer um boletim de ocorrência e nos liberaram para sair e ir na sala da Polícia Civil.

Com o B.O. em mãos, reimprimimos as passagens no guichê da companhia aérea. O voo já estava na última chamada quando anunciaram o nome da Leila em outro portão. Ela foi correndo e achamos tudo com uma mulher, que pegou por engano. No fim deu tudo certo e fomos as últimas a embarcar".
(Enviado por Selma Costa)

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Considerado suspeito
"Fiquei um ano morando na Austrália e no caminho de volta resolvi passar uns dias na Nova Zelândia, um erro que me arrependo até hoje! Pra começar, chegando lá já fui mandado direto para 'salinha' da alfândega. O motivo alegado é que eu ficaria apenas três dias no país e essa atitude foi considerada suspeita. Após explicar que estava apenas de passagem, fui liberado, mas já tinha perdido meu primeiro dia de passeio.

No segundo dia, amanheci com um baita 'piriri'! Comi algo estragado e passei dois dias no banheiro do hostel. Assim, lá se foram todos os meus outros passeios programados. No terceiro dia, ainda me recuperando, era hora de voltar ao Brasil. No aeroporto, uma nova surpresa: excesso de bagagem. Sem dinheiro para pagar extra, fui obrigado a abrir as malas e deixar algumas coisas ali mesmo no chão do aeroporto... e ainda tive que ver outras pessoas escolhendo minhas peças!"
(Enviado por Alexandre Gonçalves)

Hotel do "amor"
"Reservei um hostel em Barcelona por um site. As avaliações eram boas, diziam ter um ótimo custo-benefício. Quando chegamos lá, era uma pocilga: imundo, janelas presas com arame e travestis trazendo os clientes de mãos dadas e perguntando qual era o preço do quarto por hora. Tivemos que brigar para nos devolverem nosso dinheiro (só devolveram a metade) e aí fomos atrás de outro lugar.

Como era alta temporada, só encontramos um lugar um bom tempo depois e nem foi lá essas coisas: o ar condicionado era central e congelava! Tivemos que colocar toalha na saída do ar para poder dormir. Até hoje não tenho uma boa impressão de Barcelona por causa disso!"
(Enviado por Camila Gonçalves Della Negra)

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Cadê meu quarto?
"Eu e meu irmão fomos para Londres em 2011, na mesma semana do casamento do Príncipe William. Todos os hotéis estavam com preços superfaturados, mas encontrei o easyhotel, da mesma companhia easyjet, que tinha preços ótimos. Fomos informados que o quarto era pequeno. Ao chegarmos lá com todas as malas, descobrimos que ele ficava no 4º andar e não tinha elevador. Deram a chave e fomos para o quarto, onde estranhamos o fato de só ter uma cama. Também não cabiam as bagagens e o banheiro era menor que cabine de navio.

Enfim, como era apenas para dormir, tomamos um banho após 15 horas de viagem e fomos passear. Quando voltamos, já de noite, a chave não abria a porta. Descemos para reclamar e descobrimos que colocamos nossas malas e tomamos banho no quarto errado! Quando subimos, estávamos tão cansados que confundimos o número. Como a porta estava aberta, achamos que era lá mesmo. Ainda bem que ninguém entrou nele enquanto estávamos fora. Depois, mudamos pro outro quarto ligeiramente maior e ficamos os outros dois dias".
(Enviado por Renata Fleming)