Fascinante, cidade perdida de Petra já foi cenário de "Indiana Jones"
Petra, na Jordânia, não foi escolhida para ser cenário de "Indiana Jones e a Última Cruzada" à toa. Vocês se lembram quando, na parte final do filme, "Indy" e seu pai, vivido por Sean Connery, cruzam um cânion a cavalo e se surpreendem com um enorme edifício esculpido em uma montanha? Pois é, foi lá.
Nada, porém, que surpreenda: Petra, afinal, é um paraíso tanto para arqueólogos como para turistas interessados em histórias fascinantes.
Encravado no meio do deserto, o destino é composto por um conjunto de edifícios esculpidos em imponentes montanhas, cercados por encostas sinuosas e silenciosos vales.
Os nabateus, tribo que se estabeleceu na região que hoje é a Jordânia há mais de 2.200 anos, foram os principais escultores desta cidade. Souberam transformar o maleável arenito em belíssimas peças de arquitetura, tudo influenciado pelas grandes civilizações da época, como os egípcios, gregos e romanos.
O Al-Khazneh (edifício que aparece em "Indiana Jones"), por exemplo, é uma obra do século 1 a.C.: feita como mausoléu real. Sua fachada, de inspiração helenística, impressiona pelas dimensões: tem 43 metros de altura por 30 de largura.
No alto de uma das montanhas que cercam Petra está mais uma obra de arte: o Ad-Deir, outro mausoléu, mas que foi utilizado, no século 5 d.C., como igreja bizantina. Para visitá-lo, é preciso encarar 800 degraus que levam até o topo.
Petra foi uma cidade poderosa. Os nabateus a colocaram na rota das caravanas que, rumo ao Mediterrâneo ou ao Mar Vermelho, cruzavam a península arábica. Desenvolveram sistemas de irrigação e construíram represas para armazenar a água das chuvas que, de vez em quando, caia sobre o deserto. Em seu auge, o lugar chegou a ter 30 mil habitantes.
Petra foi anexada, em 106 d.C., ao Império Romano. Era a capital da província Arábia e continuou sendo uma importante cidade do Oriente Médio. Seu declínio veio nos séculos seguintes, com a mudança das rotas comerciais. Terremotos, um deles ocorrido em 551 d.C., também contribuiram para o abandono da cidade.
Após ter sido utilizada como forte pelos cruzados no século 12 d.C., Petra perdeu-se no tempo e no espaço. Seria redescoberta em 1812, pelo viajante suíço Johann Ludwig Burckhardt. Hoje, está ao alcance de turistas ávidos por uma boa aventura.
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