Caverna gigante abriga maior parque de diversões coberto para bikes

Mais de 40 anos de atividade mineradora deixou um buraco de 370 hectares sob as ruas de Louisville, no estado americano do Kentucky. A área é mais do que o dobro do tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Desativada na década de 70, enfrentou anos de abandono até que um grupo de empresários decidiu adquirir o espaço e dar alguma utilidade à gigantesca caverna artificial. O resultado não podia ser mais radical: surgiu o maior complexo do mundo de diversão para bicicletas - e o único subterrâneo.

Inaugurado em fevereiro de 2015, o local oferece 45 trilhas para todos os níveis de ciclistas, cobrindo uma área de 33 hectares: o equivalente a 46 campos de futebol. São 19km de rampas, pistas de corrida e manobras para BMX e Mountain Bike. Tudo isso, 30 metros abaixo da superfície. Mas a vocação aventureira da caverna não para por aí.

Com o teto da caverna a 20 metros de altura, os turistas ainda podem se divertir com um circuito de aventura que envolve seis tirolesas, pontes suspensas e cordas aéreas, totalizando 76 desafios para crianças e adultos. Quem quiser simplesmente conhecer uma das maiores cavernas do mundo feitas pelo homem pode embarcar em uma espécie de trenzinho que roda as estradas subterrâneas. 

Outra atração é vista apenas no fim do ano. Mais de dois milhões de luzes são instaladas no interior da caverna, em um espetáculo de Natal. A Mega Caverna se orgulha de ter o único espetáculo do tipo no mundo. Os visitantes podem entrar com seus próprios carros, em um passeio de 30 minutos pelas luzes de Natal, enquanto algumas dezenas de metros acima fica o zoológico de Louisville e algumas das principais ruas e rodovias da cidade.

Além das atrações turísticas, a caverna também abriga 12 grandes escritórios de alta segurança. Depois do ataque às Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001, algumas empresas encontraram na caverna um local extremamente seguro para manter seus negócios, já que a profundidade faz a caverna naturalmente segura contra um ataque de bomba ou à queda de um avião.

Durante a crise dos mísseis na década de 60, em meio à Guerra Fria, o governo americano fez planos para abrigar até 50 mil pessoas na caverna, em caso de um ataque nuclear. A umidade e temperatura constante também fizeram do local um bom depósito. Tudo para manter ocupado o que as autoridades de Kentucky consideram, de longe, a maior construção do Estado.