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Confira as gafes mais cometidas por brasileiros em viagens internacionais

Precisa mesmo levar quatro malas para uma viagem de uma semana? - Getty Images
Precisa mesmo levar quatro malas para uma viagem de uma semana? Imagem: Getty Images

Louise Vernier e Amanda Sandoval

Do UOL, em São Paulo

26/03/2015 07h00

Quem viaja pela primeira vez para outro país e não está habituado com a cultura e os costumes locais pode cometer alguns deslizes, mesmo sem intenção. E se passar vergonha já é ruim, aborrecer outras pessoas é ainda pior. Para não ser pego de surpresa, e nem surpreender alguém negativamente, uma estratégia é já sair de casa preparado, tendo em mente o que pode não pegar bem, independentemente do lugar que visitar.

Para ajudá-lo nessa difícil tarefa, o UOL Viagem conversou com profissionais de turismo, que contam quais são as gafes mais comuns cometidas por brasileiros lá fora. Conheça essa lista e saiba como terminar o seu passeio sem entrar em nenhuma saia-justa.

Exagerar na bagagem $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/nao-exagere-na-bagagem-ao-viajar-1427228527966.vm')

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Em aeroportos e rodoviárias, não é incomum deparar-se com passageiros levando mais bagagem do que conseguem carregar. Segundo a guia turística Elvira Menezes, sócia da agência Rio Trakking Tour, a atitude pode ser tomada como uma verdadeira gafe. “Não há necessidade de carregar a casa dentro da mala. Separe duas trocas de roupa por dia e escolha peças-coringa, que possam ser combinadas de diferentes maneiras e usadas mais de uma vez durante a viagem”, sugere a especialista. Além disso, considere que, se precisar, poderá utilizar a lavanderia do hotel, o que ainda sai mais em conta do que pagar excesso de bagagem.

A orientação também é válida para a bagagem de mão. Malas grandes ocupam mais espaço e, por consequência, atrapalham os outros passageiros. “Já vi pessoas sendo barradas no raio-x porque a mala excedia as medidas permitidas. Daí, é aquela correria para tentar despachar a tempo e para não perder o embarque”, conta Elvira. “Dentro do avião, leve o básico: pasta e escova de dentes, frascos em miniatura de cremes, uma blusa fina para não passar frio, documentos e um travesseiro para o pescoço”, indica a guia turística.

Caprichar no calor humano $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/caprichar-no-calor-humano-abraco-exagerado-1427228350681.vm')

O povo brasileiro é internacionalmente conhecido pelo seu jeito descontraído de ser. Mas isso não significa que a característica agrade a todos; pessoas mais reservadas poderão estranhar – e até repelir – as nossas demonstrações de carinho. “Muitos dos estrangeiros não estão acostumados com o jeito caloroso do brasileiro”, afirma Luciana Fioroni, gerente de vendas da agência de turismo CVC. “Na maioria dos locais, ao conhecer uma pessoa, deve-se apenas estender a mão. Abraçar e dar beijo no rosto só é comum quando já há uma relação de intimidade”, explica a especialista.

Esquecer a gorjeta $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/gorjeta-em-restaurantes-e-viagens-1427228360101.vm')

No Brasil, após almoçar ou jantar em um restaurante ou simplesmente petiscar e beber alguns drinques em um bar, a taxa do serviço do garçom é cobrada na conta, o que não acontece em países como os Estados Unidos. Por lá, é de praxe dar gorjeta aos prestadores de serviços, que se sentem bastante ofendidos quando o cliente vai embora sem deixar a caixinha.

Segundo Luciana, a regra vale inclusive para taxistas, carregadores de malas em hotéis e balconistas. “Garçons e taxistas esperam receber de 10 a 15% do valor total da conta ou da corrida”, afirma a especialista. “Nos bares, os clientes costumam deixar no balcão um dólar por pedido. E, para os carregadores de malas, é de bom grado dar um ou dois dólares por volume”, completa.

Atrasar além da conta $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/nao-atrase-alem-da-conta-em-viagens-no-exterior-1427228368609.vm')

Você já deve ter ouvido falar na pontualidade britânica. Mas não é só na Inglaterra que as pessoas apreciam quem respeita os horários assumidos para os compromissos. De acordo com Douglas Assis, professor de Turismo da Universidade Anhembi Morumbi, embora os brasileiros sejam mais maleáveis com relação a pontualidade, nativos de países como Canadá, Estados Unidos, Alemanha e a maioria das nações asiáticas e do Oriente Médio costumam ficar aborrecidos com quem se atrasa.

Por isso, se estiver viajando em grupo, respeite os horários marcados para a saída dos passeios e para o retorno ao hotel. O mesmo vale para quem está viajando por conta e fez reservas em restaurantes. Procure chegar com, no mínimo, 15 minutos de antecedência ao local, para evitar constrangimentos. 

Não interagir com o grupo $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/turista-faz-selfie-com-bastao-durante-viagem-1427228548148.vm')

Tem gente que gosta tanto de tirar fotos e fazer selfies que até se esquece de aproveitar o que o destino tem a oferecer. E, com isso, acaba não curtindo a viagem. A situação torna-se constrangedora quando o passageiro está acompanhado ou em uma viagem de grupo. Afinal, ele poderá tornar-se uma companhia desagradável, por interagir pouco e dedicar-se apenas a tirar fotos e a manipular o celular. “O que se leva de uma viagem é o que fica na memória, a foto é apenas uma lembrança”, diz Elvira.

Correr para a fila de embarque $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/passageiros-aguardam-o-embarque-no-aeroporto-1427228537495.vm')

Depois de passar meses planejando a viagem, é natural ficar ansioso e querer chegar ao destino o mais rápido possível. O que não pega bem é correr para a fila de embarque para ser o primeiro a entrar na aeronave, desrespeitando, inclusive, os passageiros que têm prioridade. Além de gestantes, idosos e pessoas com deficiência, podem ter preferência para entrar no avião as pessoas que compraram passagem para a primeira classe ou que vão se acomodar mais próximo às janelas da aeronave.

“Muitas pessoas desrespeitam essas medidas por falta de conhecimento e o embarque vira uma bagunça. Mas respeitar as orientações da companhia aérea não só facilita a entrada como também evita longas filas nos corredores do avião”, afirma Elvira.

Levar a sério demais as gafes cometidas $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2015/turista-perdido-inconformado-1427229310102.vm')

Evitar cometer gafes é válido e, para isso, é interessante pesquisar a cultura do local para onde está indo. “Certas atitudes podem ou não ser mal interpretadas, dependendo do país”, explica Luiza Vianna, gerente de produtos da agência de intercâmbio CI.

Porém, se mesmo com todos os cuidados, você acabar sendo mal interpretado por uma atitude impensada, o negócio é relaxar. “Gafes em viagens não são um privilégio dos brasileiros. E, depois de cometê-las, basta pedir desculpas e seguir em frente, sem deixar que elas estraguem a sua viagem”, finaliza Assis.