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Exposição de Sherlock Holmes traz passagem secreta e objetos do detetive

Rafael Mosna

Do UOL, em Londres

03/12/2014 07h01

Após ter o ingresso conferido, é o próprio visitante que empurra uma porta em formato de estante repleta de livros na mostra "Sherlock Holmes - O Homem que nunca Viveu e nunca Morrerá". A entrada, que imita uma passagem secreta, dá acesso ao universo de um dos detetives mais famosos da ficção.

Em cartaz no Museu de Londres até 12 de abril de 2015, a exposição entra no mundo daquele descrito como capaz de "resolver casos que a polícia e seus clientes consideram impossíveis de serem solucionados", mostrando sua relação com a capital inglesa, sem deixar de lado a literatura e o cinema.

Logo de cara, telas exibem imagens dos atores que interpretaram o papel - de Tom Baker (1982) ao atual Benedict Cumberbatch, da série “Sherlock Holmes”, cuja terceira temporada foi lançada neste ano pela BBC.

Os mais aficionados ficarão loucos com raros manuscritos do escritor Arthur Conan Doyle, criador do personagem. Estão lá, por exemplo, páginas de “Um Estudo em Vermelho” (“A Study in Scarlet”), de 1885, e “A Casa Vazia” (“The Adventure of the Empty House”), de 1903. Próximo também está a edição original de 1891 com ilustrações de “Um Escândalo na Boemia” (“A Scandal in Bohemia”).

A exposição percorre Londres de diferentes maneiras, sempre buscando a conexão com Holmes e seu amigo Dr. Watson. Em uma das paredes está a quinta edição do mapa ferroviário da metrópole, editado em 1892. É baseado nele que algumas viagens do detetive e seu colega aconteciam, a partir do famoso endereço Baker Street, 221B. 

Chapéu típico, que pode ser visto na exposição sobre o detetive Sherlock Holmes - Matt Alexander/Divulgação - Matt Alexander/Divulgação
Figurino exposto na mostra sobre o detetive Sherlock Holmes
Imagem: Matt Alexander/Divulgação

Em seguida, fotos da década de 1890 mostram como pontos turísticos londrinos, como o Parlamento, The Monument, Trafalgar Square e a National Gallery, eram há mais de um século.

O grande nevoeiro de Londres nessa época, resultado da intensa atividade industrial e do uso de carvão pela população em suas casas, tem um destaque especial. Um quadro do artista francês Claude Monet (1840-1926) mostra a região da ponte Charing Cross em tons amarelos, verdes e azuis, destoando do restante dos trabalhos em tons escuros (como acontece em um dia cinzento e nublado).

Nova geração

Também estão por lá objetos e roupas que foram usados por atores, expostos em uma vitrine em formato de U - bom para poder ver cada item de todos os ângulos.

Além de violinos, bengalas, roupões e máquinas de escrever dos anos 1900, o visitante encontra o sobretudo que o ator Benedict Cumberbatch utiliza na série da BBC, em que o detetive mora na Londres dos dias de hoje. Contemporânea, mas ainda carregada de mistério e suspense.

Sherlock Holmes - O Homem que Nunca Viveu e Nunca Morrerá
Até 12 de abril de 2015. Diariamente, das 10h às 18h (entrada permitida até 17h30).
Ingressos para adultos: 12 libras (cerca de R$ 49) ou 10,90 libras sem doação (cerca de R$ 44).
Museu de Londres (London Wall, 150)
Tel.: +44 20 7001 9844
www.museumoflondon.org.uk