Campanha quer proibir cadeados do amor para preservar as pontes de Paris

Um dos destinos mais românticos do mundo talvez tenha que dar um basta nas manifestações de amor de seus visitantes. A tradição de pendurar cadeados nas grades das pontes de Paris e jogar fora a chave até pouco tempo era vista apenas como uma forma de selar o amor de um casal, mas há os que alegam que o ritual prejudica a estrutura desses monumentos. 

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São mais de 700 mil cadeados espalhados por toda a cidade que, concentrados em poucos pontos, aumentam o peso das pontes. Visando preservar a integridade da arquitetura da cidade, duas americanas que vivem na capital francesa criaram a campanha No Love Locks (Não aos Cadeados do Amor), cujo slogan é autoexplicativo: "Free Your Love, Save Our Bridges" (Liberte seu amor, salve nossas pontes). O projeto inclui uma petição que já ultrapassa 1.700 assinaturas. 

A Pont des Arts e a Pont de l'Archevêché são as mais danificadas, mas os cadeados já se propagaram para as outras pontes sobre o rio Sena e estão presentes também em passarelas menores da cidade. E o costume não é exclusivo dos franceses: outros monumentos do mundo, como Sevilha (Espanha), Florença (Itália) e até Seul (Coreia do Sul) também recebem a homenagem. 

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Como a polêmica não é recente, a prefeitura de Paris já vem fazendo frequentes substituições das grades que ficam abarrotadas de cadeados por outras novas. Mas segundo as idealizadoras do projeto No Love Locks, essa operação têm sido feita de duas em duas semanas, o que torna a prática inviável e cada vez mais perigosa.

Resta saber se a prefeitura de Paris vai considerar proibir os cadeados ou encontrar uma solução que não decepcione os casais que já "trancaram" seu amor nas pontes da cidade.