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10/11/2006 - 20h24

Após mais de 20 anos de viagens, velejadora revela maravilhas intocadas no mundo

Da Redação

Após passar dez anos ininterruptos num veleiro e com um currículo de mais de 20 anos em viagens mundo afora, Heloísa Schürmann seleciona os lugares mais marcantes por onde já passou - a maioria quase intocados pelo homem, de natureza selvagem e muito tranqüilos.

Em todos esses anos, o primeiro "lugar favorito" que vem à cabeça de Schürmann é Moorea, na Polinésia Francesa, ilha que disputa com Bora Bora o título de mais bonita do mundo, segundo o guia da jornalista Patrícia Schultz "1.000 Lugares Para Conhecer Antes de Morrer" (recorde de vendas pelo ranking do jornal New York Times).

"Os nativos conseguiram manter a cultura local. Os hotéis não tomaram conta do lugar. Tem águas maravilhosas, limpas, de um azul turquesa incrível. Parece uma piscina! Você pode mergulhar de snorkel e ver raias, peixes coloridos. Além disso, os nativos são superamigos, acolhedores, te levam para a casa deles. Você assiste às danças típicas, aos rituais... Eu moraria lá de graça!", conta a velejadora.

Na lista de destinos imperdíveis de Schürmann, também consta a Patagônia, local que ainda preserva uma natureza selvagem da época pré-colombiana, com montanhas cobertas de neve, lagos de águas claras e limpas e florestas intactas. "Apesar de não gostar muito de frio, me fascina aquela beleza intocada, aquele silêncio. É um local bem inóspito. Nós ancoramos lá uma vez e ficamos três semanas sem ver ninguém", diz.

Heloísa destaca ainda a Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile, no Oceano Pacífico. A Rapa Nui, descoberta pelo navegadores da Companhia das Índias Ocidentais da Holanda em 1722, é a mais remota ilha habitada no mundo - a 1.900 km da sua vizinha Pitcairn. Também chamada de "Umbigo do Mundo", é um museu de história natural e berço de tesouros arqueológicos. Lembrado por sua associação com as estátuas dos "Moai" (mais de 600 figuras de pedra, com 15m de altura e até 250 toneladas de peso, de aspecto sobrenatural e sem olhos), o local reserva mistérios nunca desvendados pelo homem. E isso é justamente o que mais atrai Schürmann.

"Enigmática, a ilha parece um imã. Os 'Moai' foram esculpidos no tufo de um vulcão, que é profundo e íngreme para se sair de dentro. Como foram transportados por mais de dez quilômetros em montanhas é realmente intrigante. Lá os nativos vão se energizar e pegar "manás" (força). Todas as estátuas olham para o oeste da ilha. Nenhuma para o mar. Além disso, de uma montanha, pude ver pela primeira vez a linha do horizonte completamente curva", explica.

Mais um "xodó" da navegadora, é a ilha Coco's Keeling, próxima a Indonésia, mas que pertence a Austrália (a 5 km da cidade de Perth). "É o sonho de todo navegador. Há choupanas com toda a infra-estrutura para quem veleja: lugar para lavar roupas, com mesas, churrasqueiras, entre outras coisas. Você pode fazer compras até em supermercados lá. É o ponto de encontro dos velejadores que vêm do oceano Índico e vão atravessar o Mediterrâneo. O mar é limpo, claro e azul turquesa".

Brasil

Entre os lugares que adora no Brasil, está a desconhecida praia dos Carneiros , no litoral sul de Pernambuco. "É muito linda. Quase deserta... Não pode divulgar, senão estragam a beleza do lugar", brinca. Fernando de Noronha e Florianópolis entram na lista também , com a ressalva de que "em Floripa tem muita gente", e ela prefere lugares mais sossegados.

Em Santa Catarina, Schürmann diz gostar bastante da Costa da Esmeralda, especialmente de Bombinhas, onde mantém o Instituto Kat Schürmann de preservação e educação ambiental. "Fazemos um trabalho de preservação ambiental e trabalhamos com escolas públicas e privadas. De dezembro a fevereiro, abrimos o instituto ao público para visitação. Tem exposição de fotos dos lugares que percorremos, peças de artesanato de vários países, trilhas. É um museu da família mesmo. O espaço tem 30.000 metros quadrados e foi doado por um empresário", explica.

Apesar de ter perdido sua filha Kat, 14 anos, há cinco meses, não lhe faltam entusiasmo, vontade de viver e determinação para realizar novos projetos.

A corajosa desbravadora de mares e novos horizontes também revelou por que manter o espírito desprendido é essencial para quem busca novas aventuras e quer aproveitar bem cada minuto da vida.

"Meu pai morreu quando eu tinha quatro anos. Nos meus 12, minha mãe decidiu casar de novo com um americano e teve que deixar tudo para trás e se mudar para os Estados Unidos com dois filhos. Ela sempre me ensinou que você só leva desta vida a experiência que você tem. Quando ficar velhinha deve ter boas histórias para contar, me dizia. Assim, aprendi a enfretar as situações novas de peito aberto", explica.

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Divulgação

Heloísa (à esq) diz adorar as ilhas de Moorea, de Páscoa, de Coco's Keeling e a região da Patagônia

Heloísa (à esq) diz adorar as ilhas de Moorea, de Páscoa, de Coco's Keeling e a região da Patagônia

SERVIÇOS

Moorea

Polinésia Francesa

Patagônia

Sul da Argentina e Chile

Ilha de Páscoa

Oceano Pacífico (pertence ao Chile)

Ilha Coco's Keeling

Oceano Índico

Praia dos Carneiros

Litoral sul de Pernambuco

Fernando de Noronha

Pernambuco

Praia de Bombinhas

Santa Catarina

Florianópolis

Santa Catarina

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