Até que o turismo orbital não se transforme em realidade para viajantes mais arrojados (e dispostos a desembolsar US$ 200 mil pela experiência, segundo a empresa organizadora da empreitada), resta-nos o consolo de ver a Terra do lado de cá.
Nada se compara ao ineditismo de observar a curvatura da Terra a bordo de um avião espacial, mas viajantes pés-no-chão e com uma certa vocação em realizar voos mais altos, literalmente, contam com uma infinidade de atrações turísticas e naturais que podem ser vistas desde perspectivas que nem sempre estão incluídas nos roteiros turísticos mais tradicionais.
O UOL Viagem fez uma seleção de passeios nos cinco continentes quem levam visitantes aos mais diversos níveis de altura. De passeios inocentes a bordo de teleféricos que deslizam suave sobre cidades até saltos de bungee jumping sobre uma torre a 223 metros do chão, ao sul da China, o viajante encontrará neste roteiro algumas das imagens aéreas mais belas ao redor do mundo.
Seja qual for a quantidade de metros a ser superada, a regra é sempre subir.
O centro de Johannesburgo, a principal porta de entrada para a África do Sul, é endereço do Carlton Centre, edifício de 50 andares considerado o prédio mais alto de todo o continente africano. Esta construção de 223 metros de altura abriga um mirante com vista panorâmica da cidade.
Já a litorânea Durban, às margens do Índico, oferece uma curiosa experiência no estádio Moses Mabhida (www.mmstadium.com). Construído para os jogos da Copa do Mundo que aconteceu, em 2010, no país, o local conta com passeios pela estrutura que cruza a construção como o funicular de vidro que sobe até seu topo por um de seus arcos e a caminhada pelos 550 degraus em direção a uma plataforma a 70 metros de altura.
No entanto, é na Cidade do Cabo que o viajante encontra uma das paisagens mais impressionantes de todo o país. Comparada ao Rio de Janeiro por conta de seus atrativos naturais, a cidade é exibida e faz questão de mostrar sua natureza em passeios de helicóptero que partem do complexo turístico V&A Waterfront e o funicular que sobe até o topo da Table Mountain ('Montanha da Mesa'), principal cartão postal do destino.
Opções de entretenimento não devem faltar para quem visita Sydney, um dos destinos mais visitados e cobiçados da distante Austrália. A Sydney Tower Eye (www.sydneytowereye.com.au) é considerada a construção mais alta de Sydney e abriga uma plataforma fechada de onde é possível ter uma vista de mais de 80 km de alcance. Do alto dessa torre de 250 metros de altura é possível observar os pontos turísticos da cidade, o oceano Pacífico e a região montanhosa de Blue Mountains. Os mais aventureiros contam também com caminhadas sobre uma plataforma de vidro externa.
A Sydney Harbour Bridge (www.bridgeclimb.com), ponte de aço que é um dos cartões postais mais conhecidos de toda a Austrália, também serve de cenário para experiências de tirar o fôlego, literalmente. É ali que acontece a escalada pelos 1332 degraus até o topo dessa construção de 1932 a 134 metros sobre o porto da cidade.
A 120 km de Sydney encontra-se Blue Mountains, área serrana com mais de um milhão de hectares famosa por suas trilhas entre florestas e cachoeiras. Essa região declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco abriga atrações naturais como as 'Three Sisters', três rochas com mais de 900 metros de altura interligadas por uma ponte e o parque Scenic World (www.scenicworld.com.au) com bondinhos que cruzam o vale local a 720 metros de altura e um carrinho que desce 415 metros pelo interior de antigos túneis usados no período da exploração das minas locais de carvão.
Do outro lado do país, às margens do Índico, Perth possui uma torre de vidro com seis níveis de observação do centro financeiro da cidade e do rio Swan, um dos símbolos naturais da cidade. Conhecida como The Bell Tower (www.thebelltower.com.au), a atração abriga 12 sinos do século 14 que foram doados pela Inglaterra.
Localizada a 50 km de Milão, esta cidade medieval tem como principal atração o setor histórico situado no alto de uma colina, conhecido como Cidade Alta. O roteiro, que começa com uma viagem a bordo de um funicular em funcionamento desde 1887, inclui típicas praças italianas, templos católicos, muralhas medievais do século 16 e mirantes com vistas cenográficas das montanhas deste destino da Lombardia, no norte da Itália. Mais informações: www.turismo.bergamo.it
Na capital alemã, a dica é subir até a Torre de TV (www.tv-turm.de) com 207 metros de altura erguida nos anos 60 na Alemanha Oriental. Do alto de sua estrutura com referência ao satélite soviético Sputnik é possível avistar atrativos locais como o Portão de Brandemburgo e a Ilha dos Museus. Sem a tradicional iluminação noturna de outras capitais europeias, o mirante só vale a pena durante o dia, embora o local esteja aberto para visitas até a meia-noite.
Bolívia
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Vista da Estrada da Morte, na Bolívia
O que um dia foi um perigoso caminho entre La Paz e Coroico, atualmente, é uma das experiências mais populares entre jovens mochileiros que visitam a Bolívia.
Conhecida como Estrada da Morte por conta do alto índice de acidentes ocorridos enquanto essa via esteve em funcionamento, a rota funciona, atualmente, com fins turísticos para quem se arrisca em um impressionante passeio de bicicleta que começa em La Cumbre, a 4650 metros de altitude, e segue até Coroico em um trecho de 64 km de extensão cortado por curvas sinuosas, penhascos e geografia típica do Altiplano e da Amazônia.
O ponto alto são as paradas em mirantes instalados, estrategicamente, em locais com vista panorâmica da região. O passeio de um dia de duração é, amplamente, comercializado pelas agências turísticas de La Paz.
Rica em construções de estilos medieval, alemã, austro-húngara, judaica e comunista, a simpática e discreta capital da Bratislava tem como principal símbolo o rio Danúbio, cujo percurso pode ser visto de locais como o mirante do Castelo da Bratislava, antiga moradia de celtas e monarcas húngaros, e o UFO (www.u-f-o.sk), um curioso bar-restaurante em forma de disco voador construído sobre uma ponte estaiada e com vistas de até 100 km de distância.
Localizada às margens do rio Danúbio, a capital da Hungria possui um dos cenários arquitetônicos mais belos de toda a Europa, sobretudo quando seus edifícios recebem a iluminação artificial no final de tarde como o impressionante Parlamento de Budapeste. Do alto de suas colinas, mirantes provam que o título de a 'Paris do Leste Europeu' não é exagero e garantem as mais impactantes imagens em toda a cidade.
Não deixe de subir até o Castle Hill, onde se encontra a Igreja de Mathias, e o Gellért Hill que abriga a Citadela, fortaleza de 1854. De ambos pontos é possível ver as clássicas pontes que unem Buda e Peste, como a Chain Bridge, a primeira erguida na cidade, entre 1839 e 1849. Mais informações sobre a cidade, acesse: www.budapestinfo.hu
Sem dúvida, a imagem mais conhecida em todo o mundo desta região localizada no centro da Turquia são a de dezenas de balões coloridos sobrevoando aquele território de ares lunares e construções subterrâneas. Localizada a oeste de Nigde, no Vale Ihlara, essa área abriga um desfiladeiro de 10 km de extensão sobre o qual sobrevoam os balões que saem pela manhã. O passeio é operado por empresas como Anatolian Balloons (www.anatolianballoons.com), Royal Balloon (www.royalballoon.com), Turkey Hot Air Balloons (www.turkeyhotairballoons.com) e Urgup (www.urgupballoons.com). Para mais informações sobre turismo no país, acesse: www.goturkey.com
Construções megalomaníacas parecem tendência em nações ricas (e em Cingapura não poderia ser diferente). Uma das atrações mais famosas deste pequeno país de 700 km², ao sul da Malásia, é a Singapore Flyer (www.singaporeflyer.com), considerada uma das rodas-gigantes mais altas do mundo. Com 165 metros de altura, tamanho equivalente a um edifício de 42 andares, a atração é equipada com 28 cabines e leva 30 minutos para dar uma volta completa. Do alto é possível avistar o centro financeiro da cidade e as vizinhas Malásia e Indonésia.
Este deserto de mais de 80 mil km², considerado um dos mais secos e primitivos de todo o planeta, guarda as impressionantes Dunas de Sossusvlei, consideradas as mais altas do mundo. Uma das experiências mais marcantes deste destino no sul da África são os voos de balão sobre aquelas imensas montanhas alaranjadas de areia que terminam com café da manhã e champanhe servidos no desembarque, em pleno deserto. O passeio de uma hora é operado pela Namib Sky (www.namibsky.com)
Com, aproximadamente, 60% de seu território coberto por florestas, este país de apenas 20 mil km² abriga atrativos naturais que merecem ser vistos do alto como o Parque Nacional Triglav, área verde com 838 km², situado nos Alpes Julianos. Bohini é uma das portas de entrada à região e abriga uma bem estruturada estação de esqui (www.vogel.si) com mirantes que proporcionam vistas do Lago Bohini e das montanhas nevadas da região como a Triglav, o ponto mais alto de todo o país (2865 metros). O acesso se dá por um teleférico construído a mais de 1500 metros sobre o nível do mar. Na capital Liubliana, um teleférico com paredes transparentes levam o viajante até o Castelo da Ljubljana, uma fortaleza do século 17 com uma torre que serve de mirante para o visitante. Para mais informações sobre o país, acesse: www.slovenia.info
Esta ilha portuguesa a 600 km da costa da África é conhecida por suas ladeiras e florestas de louros declaradas Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Para facilitar o transporte até a parte mais alta da capital Funchal, o visitante conta com teleféricos que ligam, em 15 minutos, o centro histórico da cidade e o Monte, vila serrana local, a mais de 3 km da zona baixa. É do alto que saem também os curiosos passeios em carros de cestos, trenós estofados criados em 1850 puxados por homens que usam as próprias botas como freios. Imperdível. www.telefericosdamadeira.pai.pt
Este fascinante destino da Ásia não só é o encontro do Ocidente com o Oriente, onde templos budistas e edifícios modernos estão lado a lado, mas também o lugar com diversas opções para ver a cidade do alto. A torre The Peak (www.thepeak.com.hk) está construída a 396 metros sobre o nível do mar e é um dos atrativos mais populares do destino, sobretudo quando os edifícios espelhados da cidade acendem suas luzes no final de tarde. Com acesso por um bondinho em funcionamento desde 1888, o complexo abriga mirantes, terraço panorâmico e restaurantes.
Outro ponto de observação é o 55º andar do International Finance Centre (www.ifc.com.hk), onde se localiza um pequeno museu sobre a história monetária do país. Alguns dos inúmeros parques espalhados pela cidade também facilitam observações panorâmicas como o Hong Kong Park, parque central de oito hectares que abriga um aviário com 600 animais e passarelas construídas na altura da copa das árvores, e o Ocean Park (www.oceanpark.com.hk), parque de diversões com 80 hectares, no sul da ilha Hong Kong, com áreas interligadas por teleféricos que margeiam as encostas de uma montanha.
Já o Teleférico Ngong Ping 360 (www.np360.com.hk) possui um trajeto de 5,7 km de extensão e é considerado o mais extenso do sudeste asiático. A viagem de 25 minutos até a ilha Lantau oferece vistas da baía Tung Chung Basuas, o aeroporto e a estátua de bronze do Giant Budha, um Buda gigante de bronze com 26 metros de altura, considerado a maior do mundo em seu gênero.
A bela capital portuguesa guarda alguns endereços que também garantem vistas panorâmicas dignas de antigas epopeias como a Torre de Belém (www.torrebelem.pt), fortificação de 1520 localizada no bairro histórico de Belém, cujos terraços parecem flutuar sobre o rio Tejo; e o Elevador de Santa Justa, monumento nacional erguido em 1902, a 45 metros de altura, em ferro fundido e com vistas panorâmicas da Baixa lisboeta e do Castelo de São Jorge.
Essa antiga colônia portuguesa localizada ao sul da China é recortada por colinas e mirantes que garantem boas vistas panorâmicas de toda a região e do centro declarado como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. No entanto, uma das imagens locais mais cobiçadas são as que podem ser vistas do alto da Torre de Macau (www.macautower.com.mo), construção de 338 metros de altura que abriga uma plataforma interna de observação a 223 metros do chão e conta com atividades radicais como a caminhada externa ao redor da torre e o bungee jumping, cuja descida pode chegar a 200 km por hora.
Dona de um dos skylines mais exibidos e cobiçados do planeta, a cidade é um convite para ser vista do alto. Mirantes ainda são os atrativos mais concorridos como o Top of the Rock (www.topoftherocknyc.com), terraço de três andares localizado no 70º do edifício Rockefeller Center, e o Empire State Building Observatory (www.esbnyc.com) , onde o visitante sobe a 320 metros até o 86º piso e pode estender, com ingresso pago à parte, o passeio a outro ponto de observação no 102º andar do até então edifício mais alto de Nova York.
Em nível não tão elevado, mas ainda assim com vistas panorâmicas da cidade, o High Line (www.thehighline.org) é um parque público construído em uma antiga via férrea elevada que cruzava o setor oeste de Manhattan, entre as ruas Gansevoort e West 34th que também garante boas vistas da cidade.
Porém se a ideia for acrescentar alguns metros de altura na viagem, inclua no roteiro um voo panorâmico de helicóptero sobre pontos turísticos clássicos como a Estátua da Liberdade, a ponte de Brooklyn e o Empire State. Os tours de até 30 minutos são operados por empresas como Heliny (www.heliny.com), Liberty Helicopter (www.libertyhelicopter.com) e New York Helicopter (www.newyorkhelicopter.com).
A rede hoteleira local também segue a tendência dos altos edifícios e terraços de observação e conta com opções interessantes de hospedagem como o luxuoso Mandarin Oriental (www.mandarinoriental.com), com quartos localizados entre os 35º e 54º andares; o Cassa (www.cassahotelny.com), a poucos metros da Times Square; e o The Surrey (www.thesurrey.com), conhecido por seu jardim suspenso do terraço no 17º andar.
Certos cartões-postais da capital francesa dispensam apresentações como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, só para citar algumas das atrações turísticas mais visitadas desta que é uma das cidades do mundo que mais recebem visitantes. Para avistar do alto uma das capitais mais belas de toda a Europa, o visitante conta com mirantes localizados ao longo da torre símbolo da cidade (www.tour-eiffel.fr), onde é possível subir 180 metros até seu topo ou parar no segundo andar desta construção de ferro do final do século 19.
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Na Torre Eiffel, o visitante conta com mirantes
Seja pelas escadas ou de elevador, prepare-se para longas filas e para o mal humor excessivo dos funcionários locais. O Arco do Triunfo (www.arcdetriompheparis.com), monumento do início do século 19 idealizado por Napoleão Bonaparte em plena Champs Élysées, também conta com um mirante de observação em seu topo, cujo acesso se dá por uma escada com 40 degraus.
A Cidade Maravilhosa continua linda, mas fica ainda melhor quando vista do alto. Um dos passeios imperdíveis são os voos panorâmicos de até uma hora sobre clássicos como as praias, o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque Nacional da Tijuca e o Maracanã.
Para os menos arrojados que não dispensam cenários únicos vistos do alto, as opções são o centenário bondinho até o morro do Pão Açúcar (www.bondinho.com.br) e o Trem do Corcovado até o Cristo Redentor (www.corcovado.com.br) que cruza trechos de Mata Atlântica por uma via férrea inaugurada em 1884 por D. Pedro I.
Conhecido como 'La Linda', esse destino de casario colonial preservado abriga duas atrações obrigatórias para quem quer ver do alto a paisagem andina desta região do noroeste da Argentina. Ainda em território urbano, o visitante pode tomar o teleférico até o topo do Cerro San Bernardo e realizar uma viagem de menos de dez minutos pelos mil metros de altura que separam as duas estações de embarque.
A vista do alto dessa colina a 258 metros de altura é uma das mais impactantes em toda a cidade e o acesso também pode ser feito a partir de uma subida por uma escada de 1070 degraus que, curiosamente, está decorada com 14 referências à Via Crúcis.
Para quem quer ir mais longe, o Tren a las Nubes (www.trenalasnubes.com.ar) percorre 434 km de vias férreas entre Salta e o Viaducto La Polvorilla, a 4200 metros sobre o nível do mar. O trajeto de 16 horas (ida e volta) é considerado um dos mais altos do mundo e cruza vales, montanhas coloridas e quebradas.
São Paulo não conta com arranha-céus como opção turística para ver a cidade do alto como em outros grandes centros financeiros mundiais, mas abriga dois clássicos arquitetônicos locais como a Torre do Banespa, edifício de 1947 com 35 andares e vista de até 40 km de distância, e o Martinelli (www.prediomartinelli.com.br), e o Martinelli, construção de 1929 que abriga um mirante 26º andar. Com entrada gratuita, ambas atrações estão localizadas no centro da cidade.
O tráfego de helicópteros em São Paulo aumentou não só entre executivos, mas também entre visitantes e locais que querem conhecer a cidade do alto. Os tours panorâmicos sobrevoam pontos como a avenida Paulista, o Centro Velho e o Estádio do Pacaembu). Os passeios começam no Campo de Marte, na zona norte, e têm duração de trinta minutos. Mais informações: www.helimarte.com.br
