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Ecoturismo

Fauna marinha envolve e encanta turista na Grande Barreira de Corais

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Marcel Vincenti
Do UOL, em Hamilton Island (Austrália)*

A Grande Barreira de Corais não é um cenário inventado para vender historinhas de peixes-palhaço e tartarugas-marinhas ripongas. O local existe de verdade, ultrapassa qualquer tentativa de reprodução artística e, apesar da distância descomunal do Brasil (coloque pelo menos 30 horas de jornada na matemática da viagem), merece ser conhecido ao vivo e em cores – muitas cores.

Envolta pelo Oceano Pacífico, que adquire um aspecto cristalino em suas proximidades, a Grande Barreira é composta por uma rede de cerca de 2.900 recifes e mais de 900 ilhas, e se estende por 2.300 km ao longo da costa nordeste da Austrália. Em seu redor vivem cerca de 30 mamíferos marinhos (15% dos dugongos do mundo, parentes do peixe-boi, estão lá), 400 tipos de corais, seis espécies de tartarugas-marinhas, 200 variedades de pássaros e 1.500 espécies de peixe (sim, os peixes-palhaço, iguaizinhos ao Nemo, são fáceis de serem vistos aninhados em suas anêmonas-do-mar).

No meio de tanta natureza, aparecem os seres humanos, ávidos por explorar o cenário de todos os ângulos possíveis. Hoje, é possível admirar a Grande Barreira com máscaras de mergulho, a bordo de embarcações gigantescas e da janela de helicópteros e avionetas, que sobrevoam o mar australiano em voos rasantes e dispendiosos.

Uma das melhores de desbravar a área, porém, são os passeios que saem diariamente de Hamilton Island, ilha pertencente ao paradisíaco arquipélago de Whitsunday Islands, situado em um trecho quase central da Grande Barreira. Os tour são feitos em barcos com capacidade para 180 pessoas, que levam os viajantes até uma plataforma flutuante em Hardy Reef, um dos recifes mais lindos da região.  

  • Divulgação/Tourism Australia

    Nadadores mais experientes podem fazer scuba diving na Grande Barreira de Corais

Mergulho de profundidade e snorkeling são realizados a partir do local, onde é possível entrar em contato com boa parte da fauna marinha australiana: espécies como o peixe-napoleão e o peixe-papagaio cruzam o caminho do turista a todo o momento, que, se tiver sorte, também topará com tartarugas-marinhas e arraias entre os corais coloridos. No tour também se vê a parte triste da história: aqui e ali aparecem diversos corais opacos, cujo coloração está sendo perdida devido ao aquecimento global. 

Com duração de oito horas, a incursão ao mais belo recanto natural da Austrália, entretanto, não sai barato: o passeio de barco de um dia inteiro entre Hamilton Island e Hardy Reef com a empresa Cruise Whitsundays (cruisewhitsundays.com), por exemplo, custa 225 dólares australianos (R$ 470) para adultos e 99 dólares australianos (R$ 210) para crianças de 5 a 15 anos. O preço inclui o transporte até os recifes e o empréstimo de equipamentos de mergulho. 

Como chegar

Com 2.300 km de extensão e cobrindo uma área de 345 mil km², a Grande Barreira de Corais pode ser explorada entre seus dois extremos, a partir de uma infinidade de cidades na costa leste e nordeste da Austrália. Passeios são organizados desde Lady Elliot Island, perto da cidade de Bundaberg, até Cairns e Port Douglas, próximas da ponta norte da rede de recifes. Na escolha de um lugar-base para a viagem, o UOL recomenda Hamilton Island, ilha a 2h30 de Melbourne com ampla infraestrutura hoteleira e facilmente acessível desde os grandes centros australianos. Enquanto não chega a hora de ir até os corais, o turista pode se divertir nas lindas praias locais, nadando em águas cristalinas, se equilibrando no stand-up paddle e praticando windsurfe.   

O aeroporto de Hamilton Island é servido, em média, por sete voos diários vindos de cidades como Melbourne, Sidney e Brisbane (hoje os principais destinos visitados por brasileiros na Austrália). As companhias que operam viagem para a ilha são a Virgin Australia (www.virginaustralia.com) e a JetStar (www.jetstar.com). Os preços das passagens mudam de acordo com a temporada (de maio a julho, considerada baixa temporada na região, é possível encontrar boas promoções), mas, se compradas com antecedência, elas podem ser achadas por até 165 dólares australianos (R$ 345) o trecho, saindo de Melbourne ou Sydney.

Hospedagem e passeios

Há quatro grandes hotéis em Hamilton Island (com diárias a partir de 360 dólares australianos – R$ 750 – para o casal), além de aproximadamente 130 casas disponíveis para aluguel de temporada, com diárias a partir de 330 dólares australianos (R$ 690). Para circular na ilha, turistas alugam veículos parecidos com carrinhos de golfe, pagando diárias de 85 dólares australianos (R$ 180) ou usam ônibus gratuitos, que percorrem toda a área. Para mais informações sobre hospedagem em Hamilton Island, acesse: www.hamiltonisland.com.au

Vale lembrar também que Hamilton Island faz parte do arquipélago de Whitsunday Islands, composto por 74 ilhas paradísiacas abertas a visitação (muitas deles podem ser acessadas com embarcações que saem diariamente de Hamilton Island). Se quiser alugar um barco para fazer um tour do tipo, diárias custam a partir de 200 dólares australianos (R$ 420).

  • Stephen Nutt/Tourism Australia

    Imagem aérea mostra rede recifes que compõe Hardy Reef, parte da Grande Barreira de Corais que pode ser visitada a partir de Hamilton Island, na Austrália

Há diversos veículos que conduzem os forasteiros até Barreira de Corais: barcos, helicóptero e até hidroavião. Um dos tours aéreos mais recomendados, porém, é o realizado pelo empresa Hamilton Island Air (www.hamiltonislandair.com).

Se sua intenção for explorar as profundezas da área, é possível fazer um curso de mergulho com duração de quatro dias (e preço de 675 dólares australianos) com a Prodive (www.prodive.com.au).

A costa leste e nordeste da Austrália também está recheada de outras oportunidades para a observação da vida marinha. De julho a outubro, por exemplo, é possível ver a migração de baleias-jubarte a partir de Hervey Bay. Uma empresa conceituada que tem tours dedicados a essa atividade é a Spirit of Hervey Bay (www.spiritofherveybay.com). 

Para admirar a eclosão de ovos de tartarugas-marinhas, visite a praia de Mon Repos, a 20 km da cidade de Bundaberg (relativamente perto de Brisbane), entre novembro e março. A Footprints Adventures têm passeios focados nesse espetáculo da natureza (www.footprintsadventures.com.au).

Além de Hamilton Island, outras ilhas perfeitas para o mergulho entre os corais são as Southern Reef Islands e a North StradBroke Island (esta perto de Brisbane).

Quando ir

A alta temporada em boa parte dos destinos que ficam próximos da Grande Barreira de Corais vai de junho a agosto, quando as temperaturas estão agradáveis e há poucas precipitações pluviométricas. De janeiro a abril as temperaturas sobem (muitas vezes ultrapassando os 40 graus) e chove mais. Uma boa época para visitar a região é entre maio e julho, quando há poucos turistas na área (o que faz os preços caírem um pouco) e o clima é ameno.  

O que levar

  • Uma câmera fotográfica à prova d`água
  • Muito protetor solar
  • Chapéu e óculos de sol
  • Toalhas
  • Remédios para prevenir enjoo em viagens marítimas

*O jornalista Marcel Vincenti viajou a Hamilton Island a convite do Tourism Australia.

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