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Praia do Forte oferece atrações ecológicas para toda a família

Renata Gama

Do UOL, na Bahia

26/07/2013 19h18

Praia do Forte não é só mar, areia e sol. Ecologia e história também fazem a diversão dos turistas. Quem viaja com crianças não deve perder a visita ao Projeto Tamar. O trabalho dos biólogos para preservar a vida de tartarugas, tubarões e outras espécies de animais marinhos em extinção na costa brasileira rende boas horas de entretenimento e consciência ambiental.

De setembro a abril, período reprodutivo das tartarugas, o ponto alto é o momento da abertura de ninhos. O evento acontece nos finais de tarde, toda vez que os biólogos identificam o nascimento de filhotes numa ninhada. As tartarugas mais saudáveis nascem primeiro, de madrugada, e vão para o mar longe do público. Já as retardatárias precisam de ajuda, por isso é feita a abertura manual dos ninhos. Esse procedimento pode ser acompanhado pelos turistas.

As desovas mantidas na área protegida pelo Tamar são aquelas retiradas de praias de risco. A cada filhote sobrevivente, o público comemora. O momento final e mais emocionante é quando as tartaruguinhas são colocadas na areia para a corrida até o mar. Os turistas assistem a tudo e torcem para que elas consigam alcançar seu objetivo o quanto antes.

Dentro da estrutura do Projeto Tamar, os tanques e aquários onde vivem espécies resgatadas para estudo podem ser observados pelos visitantes. Crianças e adultos adoram assistir ao nado das tartarugas, tubarões e arraias. No período da tarde, eles são alimentados por monitores. E o público pode tocar em alguns animais.

  • Construção do Castelo Garcia D'Ávila, atração da Praia do Forte tombada pelo Iphan

Resquícios de história medieval

Na Praia do Forte, a visita ao Castelo Garcia D’ávila é outro programa diferente. Com características medievais, as ruínas da primeira edificação portuguesa de arquitetura residencial militar no Brasil fogem do estilo colonial tão comum nas cidades históricas do país. É um exemplar raro de construção militar, que serviu de base para os portugueses em diversos momentos de conflito no país, como as invasões holandesas e a luta pela independência.

A construção do Castelo Garcia D’Ávila é tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e passou por restauração segundo projeto elaborado pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Hoje está aos cuidados da iniciativa privada, pela Fundação Garcia D'Ávila. Vídeos e maquetes, na entrada do local, explicam como foram feitas a pesquisa histórica e a restauração.

Alguns setores foram totalmente recuperados, como a capela de Todos os Santos, antiga capela de São Pedro dos Rates, a parte mais antiga do Castelo, datada do século 16. Embora nem tudo tenha sido restaurado, é possível desbravar a construção e visualizar o projeto arquitetônico caminhando pelas plataformas construídas sobre suas estruturas.