Tem pouco tempo em Portugal? Conheça o Porto em um fim de semana
Famoso pelo vinho, Porto é a segunda maior cidade de Portugal e disputa a atenção dos turistas com Lisboa – a rixa é antiga e é quase igual a São Paulo x Rio de Janeiro. O destino é cobiçado por mochileiros baladeiros e europeus, principalmente aos fins de semana, quando a cidade ferve.
Outro bom motivo para não deixar Porto de fora do seu roteiro pela Europa é a constante revitalização que a cidade passa nos últimos anos. Praças e fachadas de prédio se reinventaram e novos estabelecimentos têm surgido. E as reformas continuam acontecendo, portanto as chances de se deparar com novidades a cada visita são grandes.
Vai dar um pulo no Porto? Então veja o que não você pode perder por lá:
SÁBADO
Dia de bater perna: explore o centro histórico do Porto a pé. Prepare-se para subir e descer ladeiras, mas não desanime, pois a cada quarteirão você descobre uma lojinha bacana, um monumento histórico ou mesmo grafites bem humorados. Para cansar menos, uma possibilidade é começar de cima para baixo, com início no Mercado do Bolhão, descendo pela Rua Santa Catarina, tradicional ponto de compras, passando pelo Cafe Majestic, onde dizem vender o melhor chá da cidade. De lá, siga para a estação São Bento e depois a Torre dos Clérigos. Veja abaixo alguns pontos imperdíveis no caminho.
Estação São Bento
A charmosa estação de trem impressiona pela beleza de sua arquitetura, que promove uma viagem no tempo. Repare na fachada de pedra, nas colunas, no teto e em cada azulejo espalhado pelas paredes do lugar – alguns, bem divertidos, trazem o desenho de um trenzinho. O mais impressionante dali, no entanto, é o painel de 20 mil azulejos no saguão principal, que retrata batalhas históricas de Portugal. Fica no final da avenida dos Aliados, no centro histórico.
Feirinhas
É nos fins de semana que o centro histórico do Porto vibra - e durante o dia mesmo. As ruazinhas estreitas e íngremes recebem feiras de todos os tipos. Duas vezes por mês, aos sábados, acontece o Mercadinho dos Clérigos, bem próximo à torre, na rua Cândido dos Reis. Diversos comerciantes e artistas vendem revistas, discos, carrinhos e todo o tipo de bugiganga. Bijuterias e artefatos decorativos mais modernos também estão presentes e se misturam às peças antigas.
Há outras feiras e eventos na região central, como o Mercado Porto Belo, também aos sábados, na Praça Carlos Alberto, com estandes que vendem roupas e acessórios mais descolados, pufes espalhados pela praça num esquema lounge ao ar livre, com direito a DJ’s e bandas tocando ao vivo. Por ali apostam também na parte gastronômica e dão espaço a barraquinhas que vendem quitutes portugueses e drinques. Para ficar por dentro da programação desse e outros, entre no site: www.portolazer.pt
Livraria Lello e Irmão
Pequena e charmosa, a livraria é conhecida como uma das mais bonitas do mundo. Fica em um pequeno prédio com uma fachada neogótica e foi inaugurada em 1906, na região dos Clérigos. Ao entrar, guarde a câmera (é proibido tirar fotos) e se esbalde pelos corredores de livros. No centro há uma escadaria cheia de curvas que, reza a lenda, inspirou as escadas de Hogwarts da saga de Harry Potter, e no teto, um belo vitral com o monograma da livraria. No andar superior, há um café bastante disputado pelos visitantes. Fica na rua das Carmelitas, 144.
Passeio dos Clérigos
Um dos lugares que surgiu recentemente é esse complexo no topo do bairro antigo, aos pés da Torre dos Clérigos. A arquitetura moderna chama a atenção do espaço, que abriga restaurantes, bares e lojinhas de grife na parte de baixo, como uma galeria - uma ótima opção de parada para o almoço ou um café. Na cobertura do complexo, uma surpresa: há um jardim com 50 oliveiras e uma passarela de concreto. É um belo espaço de convivência - ou descanso para quem andou o dia todo. Mais informações: www.passeiodosclerigos.com
Galeria de Paris
É nessa rua, que também dá nome a um bar super tradicional, que os tripeiros (quem nasce no Porto) e turistas se divertem à noite – e o agito vai até tarde. Os “bares-galeria” mais interessantes estão por ali e nas ruas próximas, como a das Carmelitas, Cândido dos Reis e Conde de Vizela. Há dois deles que vale conhecer: o Café Candelabro, que funciona em uma antiga livraria, e o próprio Galeria de Paris, que é repleto de brinquedos e itens de decoração vintage.
DOMINGO
Depois de uma imersão no centro da cidade, o segundo dia pode ser dedicado a outras regiões. Fazer um passeio de barco pelo rio Douro é bastante turístico, mas se o tempo tiver bom, considere. Uma parada nas docas do Ribeira para almoçar ou do outro lado, na Vila Nova de Gaia, para degustar o vinho do Porto são também uma boa pedida. À tarde, dê um pulo no complexo cultural Serralves ou na Casa da Música.
Vila Nova de Gaia
Os cartões-postais de Porto geralmente mostram a cidade vista do outro lado do rio Douro, a partir do município de Vila Nova de Gaia. É ali que ficam as principais lojas e fábricas de vinho do Porto e de onde saem os passeios de barco - vale a pena experimentar se o tempo estiver bom. No percurso, você pode admirar as fachadas coloridas do casario à beira-rio, observar construções em pedra, gaivotas e ver a cidade por outro ângulo. Mais informações: Douroazul (douroazul.com) e Barcadouro (barcadouro.pt)
Aproveite o ensejo e faça uma visita a Sandeman, produtora de vinhos do Porto das mais antigas e tradicionais. No tour pelas caves, o guia explica a origem da bebida, suas variações e combinações e ao final os participantes fazem uma degustação de três tipos de vinho. Mais informações: www.sandeman.com
Fundação de Serralves
Ao entrar no complexo, uma escultura de uma pá gigante em uma praça já chama a atenção dos visitantes para esse lugar que comporta um parque, o Museu de Arte Contemporânea, auditório, biblioteca e uma casa em estilo art déco. Quem conhece Inhotim, perto de Belo Horizonte (MG), talvez identifique algumas semelhanças com Serralves por conta das obras de arte contemporânea e pelas áreas verdes amplas (o parque tem 18 hectares) e bem cuidadas.
A arquitetura e o paisagismo do complexo são os destaques da visita. E apesar de o museu ocupar bastante parte do tempo, vale a pena conhecer também a Casa de Serralves, uma mansão cor-de-rosa construída nos anos 30 para um conde e aberta para visitação, e a Biblioteca, que tem luminárias em formato de lâmpadas gigantes. Mais informações: www.serralves.pt
Casa da Música
O prédio em si já é uma atração à parte e chama atenção de longe: tem o formato de um meteorito (com 17 lados) e uma ampla área de concreto em seu entorno, bastante utilizada por skatistas – quando há eventos externos, o espaço vira a plateia. Foi projetado pelo aclamado arquiteto holandês Rem Koolhaas e inaugurado em 2005.
Ao entrar, a arquitetura moderna continua guiando o olhar dos visitantes: há duas salas principais para shows e concertos, todas projetadas priorizando a acústica, desde o acolchoado das poltronas até o piso do palco. Há visitas guiadas para conhecer detalhes da construção, mas vale mais ficar ligado na programação para não perder a viagem e assistir a algum um show por lá também. Mais informações: www.casadamusica.com
Ribeira
Podem achar clichê, mas passar o fim de tarde e a noite à beira do rio Douro, no bairro da Ribeira, é um clássico que merece ser vivido. Por ali há restaurantes que servem bacalhau, massas e todo tipo de culinária. Fique atento: alguns são caros e bem turísticos, mas a vista e o clima agradável talvez te convençam a investir um pouco mais. Se a grana estiver curta, sem problemas: passe ali nem que seja só para tomar uma taça de vinho e saborear um pastelzinho de Belém - mas peça pastel de nata para disfarçar, é assim que chamam o docinho por lá.
* A jornalista viajou para Portugal a convite da rede Hotéis Vila Galé
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